O nome de Sebastião Bugalho, comentador político que já foi candidato a deputado pelo CDS-PP, surge nas escutas do processo ‘Tutti Frutti’, a dar o número de uma conta bancária ao deputado do PSD Carlos Reis. Segundo a revista ‘Sábado’, a Polícia Judiciária gravou um telefonema entre Carlos Reis e Sebastião Bugalho, então jornalista, com o empresário a pedir o NIB a Bugalho porque tinha “uma loja para despachar”. O jornalista mandou-lhe a informação por SMS escrevendo: “O que me pediste, primo.”
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Entre as escutas recolhidas durante a operação Tutti Frutti em 2017 foi
gravado um telefonema entre Carlos Reis e Sebastião Bugalho na qual o
empresário pediu o NIB ao comentador porque tinha "uma loja para
despachar". Bugalho forneceu-lhe a informação através de um SMS e
adicionou ainda: "O que me pediste primo".
A 3 de janeiro de 2018 a PJ pediu mesmo a quebra do sigilo bancário da
conta de Bugalho colocando a hipótese de "Carlos utilizar a conta do
primo para esconder movimentos bancários". Dois dias depois deste pedido
o agora candidato às europeias recebe uma nova mensagem: "Confirmaste
receção da massa?" e responde: "Sim, confirmado".
Para a PJ, Bugalho estaria a intervir em vários negócios de Carlos Reis
pelo que a 8 de janeiro a procuradora Andrea Marques aceitou quebrar o
sigilo de uma das suas contas bancárias.