A rápida propagação de uma nova variante do vírus da varíola dos macacos em África levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar, na semana passada, que se tratava novamente de uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Mas o que é, de onde veio e como pode o mundo lidar com esta ameaça, que inevitavelmente levanta o espetro de pandemias passadas como a da covid-19 e a propagação precoce de infeções por VIH?
Eis o que precisa de saber:
O que é a Monkeypox?
Esta doença viral pode propagar-se entre pessoas, principalmente através de contacto próximo e, ocasionalmente, do ambiente para as pessoas através de objetos e de superfícies que tenham sido tocados por uma pessoa infetada.
Segundo a OMS, este vírus, originário da República Democrática do Congo em 1970, foi negligenciado quando surgiu no país.
“É tempo de agir de forma decisiva para evitar que a história se repita”, afirmou o presidente do Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, Dimie Ogoina, que aconselha a OMS nestas áreas.
Endémica na África Central e Ocidental, esta doença infecciosa causou mais tarde um surto mundial em 2022, levando a uma emergência de saúde pública da OMS em julho, quando se tornou um surto em vários países.
Na sequência de uma série de consultas com peritos mundiais, a OMS começou a utilizar um novo termo “mpox” como sinónimo de varíola dos macacos.
A decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), tomada esta semana, de declarar o surto como uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) irá provavelmente aumentar a sensibilização para o vírus da varíola e reforçar as medidas de resposta, afirmam os peritos, alertando para a importância de uma intervenção precoce.
E em Portugal???
A autoridade de saúde realça que, entre 1 de junho e 30 de agosto deste ano (2023), foram identificados 97 casos laboratorialmente confirmados,
94 dos quais notificados no Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica, com perfil clínico semelhante ao surto anterior, de
acordo com o site de notícias NIT (https://www.nit.pt)
A maioria dos casos são homens, entre os 20 e os 55 anos, que vivem na região de Lisboa e Vale do Tejo, que tiveram comportamentos de risco, como múltiplos parceiros durante um mês.
Entre 3 de maio de 2022 e 30 de agosto de 2023, foram identificados 1.050 casos de Mpox em Portugal, incluindo dois óbitos. Mais de 3550 pessoas foram vacinadas contra a doença.
Sem comentários:
Enviar um comentário