quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mpox está em Portugal desde Novembro de 2023

A rápida propagação de uma nova variante do vírus da varíola dos macacos em África levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar, na semana passada, que se tratava novamente de uma emergência de saúde pública de âmbito internacional. 

Mas o que é, de onde veio e como pode o mundo lidar com esta ameaça, que inevitavelmente levanta o espetro de pandemias passadas como a da covid-19 e a propagação precoce de infeções por VIH?

Eis o que precisa de saber: 

O que é a Monkeypox? 

Esta doença viral pode propagar-se entre pessoas, principalmente através de contacto próximo e, ocasionalmente, do ambiente para as pessoas através de objetos e de superfícies que tenham sido tocados por uma pessoa infetada. 

Segundo a OMS, este vírus, originário da República Democrática do Congo em 1970, foi negligenciado quando surgiu no país. 

“É tempo de agir de forma decisiva para evitar que a história se repita”, afirmou o presidente do Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, Dimie Ogoina, que aconselha a OMS nestas áreas. 

Endémica na África Central e Ocidental, esta doença infecciosa causou mais tarde um surto mundial em 2022, levando a uma emergência de saúde pública da OMS em julho, quando se tornou um surto em vários países. 

Na sequência de uma série de consultas com peritos mundiais, a OMS começou a utilizar um novo termo “mpox” como sinónimo de varíola dos macacos.

A decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS), tomada esta semana, de declarar o surto como uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) irá provavelmente aumentar a sensibilização para o vírus da varíola e reforçar as medidas de resposta, afirmam os peritos, alertando para a importância de uma intervenção precoce. 

E em Portugal???

A autoridade de saúde realça que, entre 1 de junho e 30 de agosto deste ano (2023), foram identificados 97 casos laboratorialmente confirmados, 94 dos quais notificados no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, com perfil clínico semelhante ao surto anterior, de acordo com o site de notícias NIT (https://www.nit.pt)

A maioria dos casos são homens, entre os 20 e os 55 anos, que vivem na região de Lisboa e Vale do Tejo, que tiveram comportamentos de risco, como múltiplos parceiros durante um mês.
Entre 3 de maio de 2022 e 30 de agosto de 2023, foram identificados 1.050 casos de Mpox em Portugal, incluindo dois óbitos. Mais de 3550 pessoas foram vacinadas contra a doença.
 

 

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