O Correio da Manhã oferece-nos hoje mais um exemplo da camuflagem que está em curso, em matéria de crimes. Refere-se um episódio ocorrido na "Escola Primária nº 1, no Bairro do Operário de Lagos", que lançou o pânico entre alunos, professores e o resto do pessoal. Um grupo de "quatro assaltantes estrangeiros" entrou na escola, perseguidos pela PSP, que atingiu um deles a tiro. Mais uma vez se ignora a nacionalidade dos delinquentes, recorrendo ao eufemismo de "estrangeiros".
Falta aqui uma informação: qual era a nacionalidade desses estrangeiros? De que países eram naturais? Porque razão se faz esta camuflagem da nacionalidade dos criminosos? Será que é por serem indostânicos e a polícia ter medo de ser acusada de racismo?
Isto lembra os episódios que ocorreram em Inglaterra, há dez anos, quando gangues de paquistaneses atraíam e violavam jovens inglesas. Apenas na cidade de Rotherham cerca de 1.400 jovens, algumas com 11/12 anos de idade, muitas delas provenientes de famílias disfuncionais, foram atraídas por gangues de paquistaneses e alvo de violações colectivas e prolongadas.
A polícia e os assistentes sociais estavam perfeitamente ao corrente do que se passava, mas fecharam os olhos, com receio de serem acusados de racismo. Pelos vistos, as autoridades policiais, os elementos da Segurança Social e os media, em Portugal, estão a seguir a mesma estratégia, ao classificar sistematicamente como "homens estrangeiros" os autores de uma série de crimes - muitos deles, violações - nos últimos meses. Qual a razão de esconderem a nacionalidade dos criminosos e se limitarem a usar o termo "estrangeiros", que nada quer dizer?

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