sábado, 22 de fevereiro de 2025

36% dos migrantes da Mouraria partilha casa com não familiares, 2% vive com mais de 25 pessoas

 

De vez em quando a Mouraria entra nas notícias e nem sempre pelas melhores razões, como aconteceu recentemente com o incêndio que vitimou duas pessoas.

Mas este território de muitas cores, sabores e línguas, onde o Bangladesh, o Nepal, o Paquistão e a Índia se encontram nos cheiros do Martim Moniz e do Intendente tem muitas históras para contar. Quem são estas pessoas? Que histórias são estas que chegam a Lisboa? De onde vieram, para onde pensam ir? E que desafios encontram nesta nova terra a que agora chamam casa?

Faltavam dados para contar as histórias da Mouraria. Foi por isso que o Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes (CNAIM) propôs à associação Renovar a Mouraria um estudo no âmbito do projeto ALI – Atendimento Local para a Inclusão.

Liderado pelo técnico Ivan Bustillo, o estudo passou pelas mãos de duas estagiárias da associação, Maria Mascarenhas e Astrid Hardeel, e de um grupo de mediadoras culturais que levaram o inquérito para o terreno (Larib Mujahid, Farhana Akter, Sabee Shrestha, Shari). O estudo foi apresentado num workshop participativo no Centro de Inovação da Mouraria.
Quem faz parte desta comunidade migrante?

A amostra deste estudo foi de 302 pessoas, o que corresponde a cerca de 10% da população da Mouraria. Aqui, abordaram-se quatro tópicos principais: as nacionalidades do bairro, a composição dos agregados familiares, as profissões e os tipos de habitação.

A maioria destes migrantes chega à Mouraria vinda do estrangeiro ou de outra zona do país (89% são imigrantes, 11% são migrantes internos).

Nepal, Bangladesh e Paquistão são os países de origem mais comuns e as principais línguas maternas o português, o bengalês e o nepalês. Entre os migrantes inquiridos, falam-se 40 línguas maternas
(Continua)

Facadas na Mouraria

 

As autoridades receberam relatos de um "indivíduo esfaqueado, com bastantes cortes nos braços, cara e tronco".
Notícia

De acordo com a mesma fonte, o incidente ocorreu cerca das 08h20, tendo as autoridades recebido informação de um "indivíduo esfaqueado, com bastantes cortes nos braços, cara e tronco".

A vítima foi transportada ao hospital, consciente, segundo a mesma fonte, que avançou ainda ter sito detida uma suspeita que "poderá não ter estar envolvida no esfaqueamento, porém foi detida por posse de armas brancas".

Entretanto, num comunicado enviado às redações, pelas 15:00, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP esclareceu que os policias da 1.ª Divisão Policial foram alertados para uma ocorrência de ofensas à integridade física na freguesia de Santa Maria Maior.

Ao chegar ao local, os agentes deram conta de um homem com ferimentos de arma branca, tendo solicitado a presença dos meios de emergência médica, que levaram a vítima para o hospital.

O homem ferido adiantou às autoridades que o agressor era seu conhecido, "compatriota, e já não se encontrava no local".

Entretanto, os polícias foram ainda informados por uma pessoa no local de que uma mulher estaria a percorrer a rua "também na posse de armas brancas".

Posteriormente, ao abordarem a mulher verificaram que esta tinha na sua posse "três facas de cozinha de grandes dimensões -- uma na mão e duas no interior da mochila" -, daí a sua detenção.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Empresas suspeitas têm morada fiscal na sede do Bloco de Esquerda

 


As duas empresas Hello Dreams e Vision For Tomorrow, com morada fiscal na sede do Bloco de Esquerda estão ligadas. Ambas são sociedades unipessoais com capital de € 5.000,00 e foram constituídas em 2022.
A empresa Hello Dreams desenvolve a sua atividade principal no âmbito de Outras actividades de consultoria para os negócios e a gestão.
Com o CAE 70220, compreende as actividades de consultoria, orientação e assistência operacional às empresas ou a organismos (inclui públicos) em matérias muito diversas, tais como planeamento, organização, controlo, informação e gestão; gestão financeira; estratégias de compensação pela cessação de vínculo laboral; consultoria sobre segurança e higiene no trabalho; concepção de programas contabilísticos e de processos de controlo orçamental; objectivos e políticas de marketing; transporte ocasional de passageiros em veículos descaracterizados de até nove lugares, incluindo o condutor, próprios ou de terceiros, por meio de plataformas digitais (TVDE); entrega de comidas em formato take away através de plataformas digitais ou através do próprio consumidor, realização de contratos com editores, produtores e outros no que concerne a publicidade ou outros similares, concepção, preparação, realização e difusão de publicidade através de qualquer meio de comunicação; atividades de ensino para novos condutores; atividades hoteleiras e de alojamento local, alojamento mobiliado para turistas, outras atividades de exploração de alojamento de curta e longa duração, entre outros.
As empresas operam duas agências, uma de viagens, Martim Moniz Travels, onde oferecem vários serviços como passagens aéreas, reservas de hotel, transferência de dinheiro, atestados do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Direito do Bangladesh, consulta familiar e apoio na Índia, suporte para agendamento online para o processo de visto, traduções de documentos notariais para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, carta de condução, TVDE, pedidos de entrega para a Uber Bolt e apoio de advogados, entre outros.
A segunda agência, Vision For Tomorrow, oferece serviços relacionados com a Agência para a integração Migrações e Asilo (AIMA) – serviços de Notário e tradução, envio de documentos e acompanhamento de advogado para a AIMA, pedido de registo criminal (Bangladesh e outros países europeus), abertura de nova empresa, pedido de Cartão de Residência e encontro de família através de processo judicial e aplicação para obtenção de nacionalidade e admissão na universidade, entre outros.
O motivo destas duas empresas terem o domicílio fiscal na sede do Bloco de Esquerda é um mistério que convinha ao partido esclarecer.

Judge orders Mississippi newspaper to delete editorial criticizing public officials

 

First Amendment lawyers and press freedom advocates are sounding alarms after a Mississippi newspaper was forced by a judge to delete an editorial criticizing city officials in Clarksdale.

The city sued the publishers of the Clarksdale Press Register over an editorial from February 8, which criticized officials for failing to notify the public about a hearing on proposed tax increases.

On Tuesday, without a hearing to review the allegations, Hinds County Chancery Court Judge Crystal Wise Martin ordered the newspaper to “remove” the column from its website.

In her order, the judge noted that the case involves allegations of “defamation against public figures through actual malice in reckless disregard of the truth and interferes with their legitimate function to advocate for legislation they believe would help their municipality during this current legislative cycle.”

The editorial was removed from the newspaper’s website on Wednesday.

 

 

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Mother, daughter die after being injured in Munich car ramming


 

A two-year-old girl and her mother have died from injuries suffered in car-ramming attack earlier this week in Munich. Dozens of injuries from car ramming in Germany’s Munich

A two-year-old girl and her mother have died from injuries suffered in a car-ramming attack earlier this week in the German city of Munich that left 37 others injured.

“Unfortunately, we have to confirm the deaths today of the two-year-old child and her 37-year-old mother,” police spokesman Ludwig Waldinger told the AFP news agency.
An Afghan man was arrested on suspicion of deliberately driving a car into a trade union demonstration on Thursday.

According to prosecutor Gabriele Tilmann, the 24-year-old Afghan national admitted to having deliberately driven a white Mini Cooper into a labour union demonstration in the Bavarian capital on Thursday.

Tilmann said the motive remained unclear, and there was no evidence to suggest the suspect was affiliated with any “Islamist” or “terrorist” organisations. She added that there was no indication of any accomplices.
A damaged car is seen at the scene after a vehicle was driven into a Ver.di demonstration in Munich, Germany
The man was in Germany legally and had no previous convictions.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Os imigrantes da Rua do Bemformoso não trabalham?

 


Até agora, ninguém fez uma pergunta muito simples, em relação à rusga na rua do Bemformoso. O que faziam cerca de uma centena de indivíduos, entre os 20 e os 50 anos, naquela zona da cidade, às quatro da tarde? Era visível que se tratavam de imigrantes da Índia, Bangladesh e Paquistão. Todos eles perfeitamente legais. Porque razão estavam ali, plantados nos passeios, em grupos de 3/4, às quatro da tarde, falando com frequência ao telemóvel? Às quatro da tarde, só não está a trabalhar quem está desempregado. De que vivem esses imigrantes, a quem as tolinhas do costume andaram a distribuir rosas, lambendo-lhes as botas? Que tipo de negócios fazem estes imigrantes, parados nos passeios da rua do Bemformoso, de manhã à noite? 

Mais um branqueamento do "Correio da Manhã"

 


O Correio da Manhã oferece-nos hoje mais um exemplo da camuflagem que está em curso, em matéria de crimes. Refere-se um episódio ocorrido na "Escola Primária nº 1, no Bairro do Operário de Lagos", que lançou o pânico entre alunos, professores e o resto do pessoal. Um grupo de "quatro assaltantes estrangeiros" entrou na escola, perseguidos pela PSP, que atingiu um deles a tiro. Mais uma vez se ignora a nacionalidade dos delinquentes, recorrendo ao eufemismo de "estrangeiros". 

Falta aqui uma informação: qual era a nacionalidade desses estrangeiros? De que países eram naturais? Porque razão se faz esta camuflagem da nacionalidade dos criminosos? Será que é por serem indostânicos e a polícia ter medo de ser acusada de racismo? 

Isto lembra os episódios que ocorreram em Inglaterra, há dez anos, quando gangues de paquistaneses atraíam e violavam jovens inglesas. Apenas na cidade de Rotherham cerca de 1.400 jovens, algumas com 11/12 anos de idade, muitas delas provenientes de famílias disfuncionais, foram atraídas por gangues de paquistaneses e alvo de violações colectivas e prolongadas. 

A polícia e os assistentes sociais estavam perfeitamente ao corrente do que se passava, mas fecharam os olhos, com receio de serem acusados de racismo. Pelos vistos, as autoridades policiais, os elementos da Segurança Social e os media, em Portugal, estão a seguir a mesma estratégia, ao classificar sistematicamente como "homens estrangeiros" os autores de uma série de crimes - muitos deles, violações - nos últimos meses. Qual a razão de esconderem a nacionalidade dos criminosos e se limitarem a usar o termo "estrangeiros", que nada quer dizer?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Um novo país "inventado" pelas autoridades e media portugueses: o "Estrangeiro"

 


Nos últimos meses têm surgido notícias sobre crime - com especial relevo tentativas de violação e violações - onde os criminosos são sistematicamente classificados como "sendo de nacionalidade estrangeira", "grupo de homens estrangeiros", "grupo de homens de nacionalidade estrangeira", etc.

Ainde hoje o Correio da Manhã noticiava que uma motorista da TVDE "foi vítima de um ataque sexual por quatro homens estrangeiros (...) falaram em inglês (...) Recusaram-se a dar-lhe o código para inserir na plataforma e ela recusou continuar a viagem. Os "quatro homens estrangeiros", que "falavam inglês (...) agrediram-na e atacaram-na com um spray". A motorista, de 56 anos, fugiu para a rua e gritou por socorro. Os supostos clientes, de acordo com a condutora, tinham más intenções: "Queriam-me atacar sexualmente, violar, sem dúvida". 

Temos assim, uma nacionalidade nova: os estrangeiros. Provavelmente provenientes de um país chamado "Estrangeiro". Nas muitas notícias de crimes nos últimos três meses, é sistemática a identificação dos autores como sendo de "nacionalidade estrangeira". Isto sem que a polícia os tenha identificado, detido ou, sequer, visto. A classificação de "estrangeiros" é unicamente baseada nas descrições das vítimas, descrições essas que são, obviamente, visuais. E alguém "transforma" descrições de cidadãos "indostânicos" em "cidadãos estrangeiros"

Por exemplo, em Felgueiras, duas jovens, de 18 e 23 anos de idade, terão sido violadas, em Felgueiras, durante as festas de S. Pedro. O primeiro caso, com uma jovem de 23 anos, ocorreu na Rua Rebelo de Carvalho, cerca das 04 horas da madrugada de sábado. A violação terá sido perpetrada por um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. A vítima foi pelos próprios meios ao Hospital de S. João no Porto.

O outro, com uma jovem de 18 anos, residente em Amarante, foi na Praça da República, pelas 03h53, avança o Correio da Manhã, e também envolveu um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. Esta jovem foi assistida pelos Bombeiros de Felgueiras e levada ao hospital. A Polícia Judiciária está a investigar. Os homens ainda não foram identificados. 

É mais do que claro que as autoridades policiais e/ou os media estão a levar a cabo uma manobra de camuflagem, para evitar a todo o custo chamar os bois pelo nome: os crimes de violação praticados por cidadãos "indostânicos" têm vindo a aumentar e são, regra geral, violações em grupo - mas o termo utilizado para os designar é "nacionalidade estrangeira"

Há casos que espantam, pelo insólito. Nas duas violações em Felgueiras, os violadores não foram detidos em flagrante delito nem identificados pelas autoridades policias. Claro que as duas jovens identificaram os violadores, indivíduos de "nacionalidade estrangeira", vulgo indostânicos. Poderemos ter aqui, duas situações diferentes: a polícia tem medo de ser acusada de racista, à semelhança do escândalo de violação de jovens, em Inglaterra, por gangues de paquistaneses, e nem sequer divulga a raça dos criminosos aos media, não investigando sequer esses casos. 

Outra situação possível será o facto de os próprios media, numa manobra de auto-censura, substituírem sempre a palavra "indostânicos" por "homens de raça estrangeira". Teremos, assim, um novo país: O "Estrangeiro", cujos nacionais são "cidadãos estrangeiros". Não são suecos, angolanos, brasileiros, etc. São de "nacionalidade estrangeira". A única forma de identificar se um cidadão poderá ser estrangeiro é verificar o seu passaporte. Usar o termo politicamente correcto de "nacionalidade estrangeira" é estar a camuflar um problema sério.

As autoridades policias e os media estão a colaborar numa manobra de desinformação que, mais cedo ou mais tarde, terá resultados graves. Como escrevia hoje - e muito bem - Manuel S. Fonseca, no Correio da Manhã, sobre a questão do crime em Portugal, "saber quem são as vítimas, de onde vêm, que cor de pele têm ajuda-nos a estabelecer padrões e a prevenir. Se soubermos quem são os criminosos, de que origem, de que cor, a planificação e prevencão do crime assentará em bases fundadas e pode ser elaborada com outro grau de certeza."