A minha leitura matinal resume-se ao Público e ao Correio da Manhã. No primeiro, tenho a visão esquerdista deste país, com muita sapiência e textos de página inteira, que requerem um esforço para digerir e ler até ao fim. Notías, poucas e muito woke.
O Correio da Manhã traz-me um país mais real. Hoje, por exemplo, tinha lá uma notícia sobre um indivíduo que está em prisão preventiva, por ter assassinado a ex-namorada. Fez-lhe uma espera à saída do trabalho e a seguir passou por cima dela, com o carro, sete vezes, esmagando-lhe completamente o crânio. Infelizmente, isto é o tipo de notícia diária, com o Correio da Manhã a dar sempre algum destaque.
No Público, nem vê-las. Por isso é que, nos cafés deste país se encontra, quase, sempre um exemplar do Correio da Manhã. Não me lembro de ter visto uma edição do Públcos nesses cafés. Só, talvez, no café que eu frequento, uma vez que deixo por lá os periódicos que consumo.
Mas voltando à notícia do assassino da ex-namorada. Está em prisão preventiva e vai ser julgado. Acontece que esta é a segunda vez que esse mesmo indivíduo, agora na casa dos 30 anos, será julgado, por matar uma ex-namorada. No seu primeiro assassínio, deram-lhe uma pequena pena de 10 anos.
Cumprida a pena, saiu e, passado menos de um ano, voltou a matar. Só juízes assassinos é que podem aplicar este tipo de sentenças. E, infelizmente, daqui a 25 anos o indivíduo estará novamente em liberdade. Não seria surpresa que, mesmo com 55, 60 anos, voltasse a cometer este tipo de crimes.
A lei, neste país, é uma palhaçada que tem como objectivo fundamental "recuperar" e "reintegrar" na sociedade, os criminosos. Por isso é que raramente se aplica a pena máxima, 25 anos. Quanto vale uma vida? Não temos prisão perpétua para um assassino de duas mulheres. Deixamos em liberdade assassinos, com suaves penas de 10 aninhos. Com este resvalar da Justiça para uma clemência inqualificável, com juízes a estimularem - graças às suas sentenças - a prática de crimes, qualquer dia só nos resta fazer Justiça pelas nossas próprias mãos.
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