segunda-feira, 8 de julho de 2024

“Racismo Woke”, uma nova religião

 

Em “Racismo Woke”, John McWhorter desfaz a linguagem e a lógica, ou ausência desta, naquilo que ele descreve como a terceira vaga do antirracismo e uma nova religião – uma ideologia fanática que exige arrependimento e submissão perpétua dos brancos em expiação de pecados ancestrais.

John McWhorter é um homem muito inteligente. Esta a primeira constatação que se nos depara em “Racismo Woke”. Página após página encontramos parágrafos brilhantes que exploram (isto é, desfazem) a linguagem e a lógica, ou ausência desta, naquilo que ele descreve como a terceira vaga do antirracismo e uma nova religião — uma ideologia fanática que exige arrependimento e submissão perpétua dos brancos em expiação de pecados ancestrais.

“Como é que um país tão grande, heterogéneo e politicamente dividido como os EUA chegaria alguma vez a um consenso final e abrangente que ‘resolvesse’ o racismo? Os brancos ‘radicais’ são gentios incorrigíveis, dizem-nos eles. Está bem, mas, se assim é, o que os vai levar a mudar de opinião? Ler o ‘Fragilidade Branca’?”, escreve McWhorter. “Os eleitos não gostam de ouvir estas perguntas, e até as consideram arrogantes, como se nos perguntassem como ousamos questionar o divino. A própria linguagem é litúrgica, referindo-se apenas aproximadamente à existência real, e só compreensível na sua totalidade como poesia, espírito ou profecia.”
(Continua)

Neto Valente: "Ninguém é substituído" na Escola Portuguesa de Macau



O Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau (CAEPM) aprovou esta semana a abertura das aulas a 9 de Setembro, o calendário do ano letivo, e o esboço da distribuição de serviços, refere o jornal PLATAFORMA. Neste último ponto enquadram-se 12 novos professores, “vindos de vários sítios do mundo”. Os primeiros 10, explica Neto Valente ao PLATAFORMA, estão validados curricularmente e viram aprovada a sua vinda, por parte da RAEM. Os últimos dois - já validados - esperam essa autorização. O que causa “muita preocupação” ao presidente da Fundação Escola Portuguesa - e também do CAEPM - é não haver ainda confirmação das licenças especiais por parte do Ministério da Educação, em Portugal.

“Estão mais de um mês atrasados”, e “nem sequer há indicação” sobre a data dessas confirmações. “Queremos é abrir a escola em condições”, desabafa Neto Valente, “mas receamos que, se continuarem a arrastar, as pessoas se desinteressem”. Afinal, “já informaram as escolas onde estão de que querem vir para Macau, mas não é a 15 dias das aulas que vão organizar a sua vida”. E se falhar essa confirmação? “A escola fica numa situação muito difícil”, remata Neto Valente. O atraso verifica-se em várias escolas portuguesas no exterior – não só em Macau. Ou seja, vai tudo para férias, e os timings derrapam, acrescenta o presidente do Administração da Escola Portuguesa de Macau.

Renovação polémica

A renovação do quadro docente na EPM tem sido polémica, sobretudo em torno dos quatro professores – e uma técnica – que a 27 de Maio foram informados de que seriam dispensados. Nessa data, sete deles haviam decidido não continuar cá, tendo recentemente outros dois tomado a mesma decisão. Neto Valente aborda a questão mais sensível: “Ninguém vem substituir os professores a quem foi comunicado que não seria renovado o pedido da licença especial. O milagre é que a distribuição do serviço, noutros moldes, não os inclui porque não fazem falta. A distribuição era feita de uma maneira não correta”. E esclarece: “Esses professores lecionavam português e geografia; e as aulas que davam – não eram muitas – serão garantidas pela melhor organização do quadro docente. Os novos vêm suprir necessidades identificadas, pelo diretor da Escola, nas áreas de matemática, físico-química, informática, inteligência artificial, e ensino primário”.

Ninguém é substituído

Este ponto é particularmente importante, porque o Ministério da Educação, alegando falta de professores em Portugal, recusa substituir os docentes dispensados, de acordo com o presidente do Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau. Neto Valente repetiu a informação, frisando: “Ninguém é substituído”. E esclarece a tutela de Acácio de Brito, actual detector da EPM: “A Fundação não gere a escola, nem escolhe professores; compete ao diretor contratar e gerir o pessoal docente – e não docente”. Assim, Neto Valente desmente a ideia, “que anda por aí”, de que estaria pessoalmente empenhado em decidir quem sai e quem entra. Garante, contudo, a “qualidade” das escolhas. “Segundo pessoas ligadas ao meio, nunca houve pessoas com tanta qualidade. Antigamente, bastava mostrar um canudo e ninguém ia ver se era por equivalência, ou em que universidade. Agora, os que vêm têm de ser validados pela Educação; que analisa currículo, cadeiras, formação pedagógica, estágio e experiência”.

O quadro da EPM é de 79 professores, 12 dos quais aguardam então pela confirmação da licença especial. O custo operacional ultrapassa 70 milhões de patacas/ano; suportados por 9 milhões da Fundação Macau e pelo Fundo Educativo – que abrange por lei todas as escolas da rede pública – e a EMP por opção política, destaca o jornal PLATAFORMA. As propinas, e o subsídio do Estado Português – 6.6 milhões – estão “longe de cobrir as despesas”, alerta Neto Valente, explicando que a Fundação Escola Portuguesa, ainda assim, “todos os anos recorre ao fundo de que dispõe para cobrir o que falta”. A Fundação “não tem despesas de pessoal, nem despesas operacionais; os subsídios que recebe canaliza para a escola. Mas, a continuar assim, qualquer dia não temos dinheiro”. Portugal, por obrigação estatutária, teria de financiar a escola em 51 por cento do défice, “mas nem em 10 por cento cumpre”, lamenta Neto Valente
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Inspecção à EPM

“A notícia de que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) determinou à Inspecção-Geral da Educação e Ciência a abertura de um processo de averiguações é uma boa notícia e um bom começo de diligências, que certamente permitirão ao Ministério e da realidade da Escola, e dos problemas que é necessário resolver", afirmou em 3 de Julho o presidente do Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau (EPM)

Foi desta forma que Neto Valente reagiu à notícia da abertura de um processo de averiguações à escola para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa de quatro professores e um técnico superior, num comunicado assinado pelo presidente do conselho Jorge Neto Valente.

O responsável vincou que pedira ao MECI, há cerca de um mês, uma inspecção integral ao “funcionamento da Escola de Macau (avaliação externa das escolas) a fim de serem investigadas situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. Jorge Neto Valente afirma que a fundação que gere a EPM tem insistido na necessidade da inspecção, “e não apenas uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”. 

MNE pede explicações 

Entretanto o Ministério da Educação determinou à Inspecção-Geral da Educação e Ciência a abertura, a pedido do ministro da Educação de Portugal, de um outro processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau (EPM) para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa dos docentes, noticiou a agência Lusa. Ontem à noite, a Fundação EPM indicou que foi a própria Fundação a solicitar a investigação ao Ministério da Educação português para que fossem averiguadas “situações irregulares” e “ilegalidades”.

Neto Valente: Professores dispensados da Escola Portuguesa de Macau (EPM) "não fazem falta"

 
Neto Valente, presidente da Fundação e do Conselho de Administração da EPM garantiu ao jornal Plataforma que os quatro professores dispensados na Escola Portuguesa não serão substituídos. "O milagre é que a distribuição de serviço noutros moldes, não os incluiu porque não fazem falta", afirmou. Ou seja, os 12 novos escolhidos virão leccionar outras disciplinas. O problema, agora, é a espera, que desespera, das licenças especiais por confirmar pelo Ministério da Educação, em Portugal. "Estão mais de um mês atrasados". E, se não as derem..., alertou Neto Valente "a Escola fica muma situação muito difícil", salientou o presidente da Fundação e do Conselho de Administração da EPM".

 

sexta-feira, 5 de julho de 2024

PJ investiga violação de jovens nas festas de Felgueiras

 

Duas jovens, de 18 e 23 anos de idade, terão sido violadas, em Felgueiras, durante as festas de S. Pedro. O primeiro caso, com uma jovem de 23 anos, ocorreu na Rua Rebelo de Carvalho, cerca das 04 horas da madrugada de sábado. A violação terá sido perpretada por um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. A vítima foi pelos próprios meios ao Hospital de S. João no Porto.

O outro, com uma jovem de 18 anos, residente em Amarante, foi na Praça da República, pelas 03h53, avança o Correio da Manhã, e também envolveu um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. Esta jovem foi assistida pelos Bombeiros de Felgueiras e levada ao hospital. A Polícia Judiciária está a investigar. Os homens ainda não foram identificados.

Felgueiras Diário
Data - Julho 4, 2024


quinta-feira, 4 de julho de 2024

Grupos de "estrangeiros" violam duas jovens em Felgueiras


 A notícia é do Correio da Manhã de hoje. Em dois episódios diferentes, duas jovens, de 18 e 23 anos foram violadas por "um grupo de homens, de nacionalidade estrangeira". Os crimes aconteceram em plena via pública, nas duas noites do fim de semana das festas do concelho de Felgueiras em honra de S. Pedro. 

Como é que as autoridades (e o Correio da Manhã...) sabiam que se tratava de um grupo de homens de nacionalidade estrangeira? Alguém viu os seus bilhetes de identidade? Ou será o caso de pessoas que se distinguem claramente, pelo seu aspecto físico e forma de vestir, como sendo cidadãos estrangeiros, sem ser necessário ver os seus bilhetes de identidade? 

A partir destes dados e seguindo uma lógica óbvia, não será difícil calcular de que nacionalidade serão estes homens. Até porque as vítimas terão feito, às autoridades, uma descrição pormenorizada do aspecto e forma de vestir dos dois grupos de homens "de nacionalidade estrangeira". Esconder qual é a exactamente a sua nacionalidade e origem, como faz o Correio da Manhã, é politicamente correcto. Mas nunca se consegue esconder um elefante na sala...

 

Britânica revela que matou filho com cancro terminal

 

Mais de 40 anos após a morte do filho, Antonya Cooper, que se tornou ativista pela eutanásia, contou que matou o próprio filho. Antonya Cooper, uma mulher de Abingdon, Inglaterra, que tem lutado pelo direito à morte medicamente assistida, admitiu, recentemente, que administrou uma grande dose de morfina ao filho, com cancro terminal, para acabar com o seu sofrimento e "silenciosamente pôr fim à sua vida".

O caso aconteceu em 1981, mas só esta semana foi conhecido, depois de Antonya Cooper ter admitido o que fez numa entrevista à Radio Oxford, da BBC, como parte do seu esforço para mudar a legislação sobre a eutanásia.

A mulher, que tem 77 anos, e que também ela enfrenta um diagnóstico de doença terminal, lembrou que o filho, Hamish, então com 7 anos, tinha um neuroblastoma, um cancro raro em fase terminal, e sentia "muita dor".
A criança tinha apenas cinco anos quando foi diagnosticada com a doença e, inicialmente, foi-lhe dado um prognóstico de três meses de vida. Depois, passou por um tratamento oncológico "brutal" durante 16 meses no Great Ormond Street Hospital, em Londres, que acabou por prolongar a sua vida, mas não diminuiu o sofrimento.

"Na última noite de Hamish, quando ele disse que estava com muita dor, eu falei: 'Gostarias que eu acabasse com a dor?', e ele respondeu: 'Sim, por favor, mamã'", recordou Cooper. "E por meio do cateter de Hickman, dei-lhe uma grande dose de morfina que pôs fim silenciosamente à sua vida", admitiu.

Interrogada sobre se acreditava que o filho sabia que ela pretendia pôr termo à sua vida, respondeu: "Tenho uma forte sensação de que no momento em que o Hamish me disse que estava com dor, e me perguntou se eu poderia acabar com sua dor, ele sabia, ele sabia de alguma forma o que iria acontecer".

"Mas, obviamente, não posso dizer (...) mas eu era mãe dele, ele amava a mãe dele, e eu amava-o por completo, e não ia deixá-lo sofrer. Sinto que ele realmente sabia para onde estava a ir", acrescentou, frisando que "foi a coisa certa a fazer". "O meu filho estava a enfrentar o sofrimento mais terrível e a dor mais intensa, eu não iria permitir que ele passasse por isso", disse ainda, admitindo que entendia que estava a admitir um homicídio.

"Se eles vierem atrás de mim 43 anos depois de eu ter permitido que Hamish morresse pacificamente, então terei de enfrentar as consequências. Mas eles terão de ser rápidos, porque eu também estou a morrer", afirmou. Antonya Cooper explicou que o sofrimento do filho e os seus próprios problemas de saúde consolidaram o seu posicionamento face à morte medicamente assistida, que é ilegal em Inglaterra. Depois desta entrevista, a polícia confirmou que estava a "fazer investigações".

Notícias ao Minuto

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Fundação EPM solicitou inspecção ao Ministro da Educação devido a irregularidades

 

“A notícia de que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) determinou à Inspecção-Geral da Educação e Ciência a abertura de um processo de averiguações é uma boa notícia e um bom começo de diligências, que certamente permitirão ao Ministério e da realidade da Escola, e dos problemas que é necessário resolver.”

Foi desta forma que o Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau (EPM) reagiu à notícia da abertura de um processo de averiguações à escola para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa de quatro professores e um técnico superior, num comunicado assinado pelo presidente do conselho Jorge Neto Valente.

O responsável vincou que pedira ao MECI, há cerca de um mês, uma inspecção integral ao “funcionamento da Escola de Macau (avaliação externa das escolas) a fim de serem investigadas situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. Jorge Neto Valente afirma que a fundação que gere a EPM tem insistido na necessidade da inspecção, “e não apenas uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”.

À espera de Lisboa

À medida que se aproxima o arranque de um novo ano lectivo, a demora do MECI na confirmação das autorizações das renovações de licenças especiais de professores, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação foi autorizada em Maio pelas autoridades da RAEM, “começa a preocupar os alunos da EPM, e os respectivos pais e encarregados de educação e, naturalmente, também os órgãos da EPM”, acrescenta o presidente do conselho de administração da Fundação da EPM.

Por fim, Jorge Neto Valente esclarece que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro docentes e de uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.

O responsável adianta ainda que os órgãos da EPM têm mantido reserva sobre tudo o que pode afectar a actividade da Escola, bem como a vida das pessoas a ela ligadas.

Aberto processo de averiguações à EPM

 

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu, a pedido do ministro da Educação de Portugal, um processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau (EPM) para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa dos docentes, noticiou a agência Lusa. Ontem à noite, a Fundação EPM indicou que foi a própria Fundação a solicitar a investigação ao Ministério da Educação português para que fossem averiguadas “situações irregulares” e “ilegalidades”.

O Governo português abriu um processo de averiguações para apurar o que levou à dispensa de quatro professores e um técnico superior na Escola Portuguesa de Macau (EPM), noticiou a Agência Lusa.

Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que o ministro da Educação português, Fernando Alexandre, solicitou a abertura de um processo para “apurar as circunstâncias e a forma como o director dispensou quatro docentes e um técnico superior”.

Durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação da EPM, que decorreu na quinta-feira passada, foram dadas instruções para que os professores e o técnico superior permaneçam na escola até à conclusão do processo de averiguações. “Caso seja apurado pela IGEC [Inspecção-Geral da Educação e Ciência] que não existiam fundamentos para a dispensa daqueles cinco trabalhadores, não será autorizada a sua substituição”, acrescenta a tutela.

FUNDAÇÃO EPM DIZ QUE INVESTIGAÇÃO ESTÁ A SER FEITA A SEU PEDIDO

Ontem à noite, a Fundação EPM divulgou um comunicado em que indica que a investigação está a ser feita a pedido da própria Fundação. Segundo a nota de imprensa, “há cerca de um mês, o presidente do conselho de administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau solicitou ao ministro da Educação, Ciência e Inovação a realização de uma inspecção integral ao funcionamento” da instituição de ensino.

O comunicado, assinado por Jorge Neto Valente, presidente da Fundação, diz que o objectivo era que fossem investigadas “situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. A nota não dá detalhes sobre estas alegadas ilegalidades.

“Desde então, em diversas oportunidades, quer o presidente do conselho de administração da Fundação, quer o próprio conselho, têm vindo a insistir na necessidade dessa inspecção e não apenas de uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”, lê-se no esclarecimento.

A Fundação descreve a abertura do processo de averiguações por parte do Ministério português como “uma boa notícia e um bom começo de diligências que certamente permitirão ao Ministério aperceber-se da realidade da escola e dos problemas que é necessário resolver”.

A Fundação aproveita para dizer que continua a aguardar a confirmação, por parte do Ministério da Educação português, de que serão autorizadas a renovação das licenças especiais dos professores que as solicitaram e que a escola pretende ver renovadas, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação já foi autorizada em Maio último pelas autoridades da RAEM e que visam preencher vagas deixadas por docentes que manifestaram vontade de deixar a escola. A demora do Ministério “começa a preocupar os alunos da EPM e os respectivos pais e encarregados de educação; e, naturalmente, também os órgãos da EPM”.

Por fim, na nota de imprensa, Neto Valente reitera que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro professores e uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.

Recorde-se que, no final de Maio, a direcção da EPM comunicou a cinco professores e a uma técnica da instituição – cinco deles em Macau ao abrigo de uma licença especial de Portugal – que não ia renovar o vínculo laboral para o próximo ano lectivo, alegando motivos de gestão. Só no departamento de Português da EPM, três professores viram o contrato terminado, todos detentores de bilhete de residente permanente.

Uma das docentes dispensadas foi Alexandra Domingues, também representante dos professores junto do Conselho de Administração, e que dava aulas no território há 33 anos, estando ligada à EPM quase desde o seu início. A sua dispensa fez com que circulasse na internet uma petição pela sua continuidade na escola, reunindo mais de um milhar de assinaturas.

Acácio de Brito, director da instituição desde Dezembro do ano passado, assegurou depois que a EPM já tinha autorização da parte do Ministério da Educação de Portugal para contratar docentes em substituição daqueles que tinham sido dispensados. No entanto, o Governo português indicou à TDM Canal Macau que não foi dada autorização para a contratação de docentes para a EPM em substituição dos que foram afastados.

A polémica adensou-se quando começou a circular a informação de que os professores que a direcção da EPM queria contratar para substituir os dispensados seriam amigos de Acácio de Brito e de Alexandre Leitão, cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A denúncia foi feita pela secção de Macau do Partido Social Democrata (PSD). Jorge Neto Valente, presidente do Conselho de Administração da Fundação EPM, tinha anteriormente garantido que não seriam contratados amigos pessoais do director.

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu, a pedido do ministro da Educação de Portugal, um processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau (EPM) para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa dos docentes, noticiou a agência Lusa. Ontem à noite, a Fundação EPM indicou que foi a própria Fundação a solicitar a investigação ao Ministério da Educação português para que fossem averiguadas “situações irregulares” e “ilegalidades”.

O Governo português abriu um processo de averiguações para apurar o que levou à dispensa de quatro professores e um técnico superior na Escola Portuguesa de Macau (EPM), noticiou a Agência Lusa.

Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que o ministro da Educação português, Fernando Alexandre, solicitou a abertura de um processo para “apurar as circunstâncias e a forma como o director dispensou quatro docentes e um técnico superior”.

Durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação da EPM, que decorreu na quinta-feira passada, foram dadas instruções para que os professores e o técnico superior permaneçam na escola até à conclusão do processo de averiguações. “Caso seja apurado pela IGEC [Inspecção-Geral da Educação e Ciência] que não existiam fundamentos para a dispensa daqueles cinco trabalhadores, não será autorizada a sua substituição”, acrescenta a tutela.

FUNDAÇÃO EPM DIZ QUE INVESTIGAÇÃO ESTÁ A SER FEITA A SEU PEDIDO

Ontem à noite, a Fundação EPM divulgou um comunicado em que indica que a investigação está a ser feita a pedido da própria Fundação. Segundo a nota de imprensa, “há cerca de um mês, o presidente do conselho de administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau solicitou ao ministro da Educação, Ciência e Inovação a realização de uma inspecção integral ao funcionamento” da instituição de ensino.

O comunicado, assinado por Jorge Neto Valente, presidente da Fundação, diz que o objectivo era que fossem investigadas “situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. A nota não dá detalhes sobre estas alegadas ilegalidades.

“Desde então, em diversas oportunidades, quer o presidente do conselho de administração da Fundação, quer o próprio conselho, têm vindo a insistir na necessidade dessa inspecção e não apenas de uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”, lê-se no esclarecimento.

A Fundação descreve a abertura do processo de averiguações por parte do Ministério português como “uma boa notícia e um bom começo de diligências que certamente permitirão ao Ministério aperceber-se da realidade da escola e dos problemas que é necessário resolver”.

A Fundação aproveita para dizer que continua a aguardar a confirmação, por parte do Ministério da Educação português, de que serão autorizadas a renovação das licenças especiais dos professores que as solicitaram e que a escola pretende ver renovadas, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação já foi autorizada em Maio último pelas autoridades da RAEM e que visam preencher vagas deixadas por docentes que manifestaram vontade de deixar a escola. A demora do Ministério “começa a preocupar os alunos da EPM e os respectivos pais e encarregados de educação; e, naturalmente, também os órgãos da EPM”.

Por fim, na nota de imprensa, Neto Valente reitera que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro professores e uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.

Recorde-se que, no final de Maio, a direcção da EPM comunicou a cinco professores e a uma técnica da instituição – cinco deles em Macau ao abrigo de uma licença especial de Portugal – que não ia renovar o vínculo laboral para o próximo ano lectivo, alegando motivos de gestão. Só no departamento de Português da EPM, três professores viram o contrato terminado, todos detentores de bilhete de residente permanente.

Uma das docentes dispensadas foi Alexandra Domingues, também representante dos professores junto do Conselho de Administração, e que dava aulas no território há 33 anos, estando ligada à EPM quase desde o seu início. A sua dispensa fez com que circulasse na internet uma petição pela sua continuidade na escola, reunindo mais de um milhar de assinaturas.

Acácio de Brito, director da instituição desde Dezembro do ano passado, assegurou depois que a EPM já tinha autorização da parte do Ministério da Educação de Portugal para contratar docentes em substituição daqueles que tinham sido dispensados. No entanto, o Governo português indicou à TDM Canal Macau que não foi dada autorização para a contratação de docentes para a EPM em substituição dos que foram afastados.

A polémica adensou-se quando começou a circular a informação de que os professores que a direcção da EPM queria contratar para substituir os dispensados seriam amigos de Acácio de Brito e de Alexandre Leitão, cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A denúncia foi feita pela secção de Macau do Partido Social Democrata (PSD). Jorge Neto Valente, presidente do Conselho de Administração da Fundação EPM, tinha anteriormente garantido que não seriam contratados amigos pessoais do director.

André Vinagre - Ponto Final - 1 de Julho de 2024