terça-feira, 23 de setembro de 2025

Estreia a série inspirada no escândalo sexual de Tomás Taveira

 

A trama de época dos anos 80 e 90 do século passado que se estreia na TVI nesta segunda-feira, 22 de setembro, explora a vida de um arquiteto em ascensão chamado Tomé Serpa e a vida dupla que mantinha com mulheres, filmando-as na intimidade sem consentimento. Uma história que traz as temáticas do abuso, manipulação emocional e luta feminina para o epicentro de debate, invocando factos públicos que envolveram o conhecido arquiteto Tomás Taveira.

Diz não ser uma trama biográfica, mas alicerça-se numa história sobejamente conhecida que abalou a sociedade portuguesa no final dos anos 80 e início dos anos 90 do século passado e que foi protagonizada pelo arquiteto Tomás Taveira. A nova produção nacional da TVI, intitulada "O Arquiteto", estreia-se nesta segunda-feira à noite, 22 de setembro, às 22.30 horas.

A estação refere a que a trama é "inspirada em factos públicos da sociedade portuguesa" e "aborda temas universais e cada vez mais atuais como o abuso de poder, as filmagens de cariz sexual sem consentimento, a manipulação emocional e a luta feminina contra sistemas dominados por figuras aparentemente intocáveis".

Com argumento de Patrícia Müller e realização de João Maia, a série conta a história do arquiteto Tomé Serpa, interpretado pelo ator Rui Melo, que, para lá de uma vida profissional de sucesso nacional e de um casamento aparentemente sólido, esconde outra vida. "Envolve-se com várias mulheres e grava, sem consentimento, os encontros íntimos que mantém", descreve a estação. 

O caso ganha dimensão pública quando uma das amantes, Carolina, descobre as gravações e percebe que não é a única. "Desiludida e em busca de justiça, alia-se a Elsa, a secretária de Tomé Serpa, numa missão ousada. Com apenas alguns dias para agir, as duas mulheres unem forças, movidas por motivações distintas, mas complementares - vingança e redenção - com o objetivo comum de proteger outras vítimas e pôr fim ao ciclo de abuso", descreve a TVI.

A indicação de se tratar de uma história baseada em factos como se de uma biografia se tratasse, tem sido arredada. Contudo, as semelhanças desta trama que conta com elenco com nomes como, entre outros, Lucas Dutra, Mikaela Lupu, Filipe Amorim, Guilherme Amaro, Diogo Branco e Paula Lobo Antunes, lembram essa mesma polémica.

(Continua

 

 

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A estranha (e suicida) aliança entre esquerdistas e imigrantes muçulmanos

 


A forma mais visível de nos apercebermos da distorção mental do Esquerdismo é a sua posição em relação à imigração. Slogans como o que este cidadão indiano, de religião Sikh, ostentava numa das recentes manifestações de imigrantes, aqui em Lisboa, são uma cópia perfeita do elucidário da dita Esquerda: não há ilegais, somos todos ilegais, bem-vindos refugiados e o supra-sumo de todos os cartazes já paridos por esses seres dementes:

 

A política de António Costa, ao abrir completamente as portas à imigração, transformou este país, para as próximas décadas. O largo número de brasileiros é mais do que bem-vindo. Têm a mesma cultura, falam a mesma língua e integram-se com toda a facilidade.

O maior problema da imigração autorizada pelo homem demitido por um parágrafo terá a ver, em pouco mais de cinco anos, com a imigração indostânica, uma fatia substancial da imigração. Na sua larga maioria provenientes do Bangladesh e do Paquistão, são muçulmanos na quase totalidade. As mudanças que esses imigrantes trarão ao tecido social deste país já começam a ser visíveis. Sinais do que estará para vir são os escândalos das residências onde estão registados 600 moradores ou as empresas de vão-de-escada que têm 700 ou 800 trabalhadores. 

O "modus operandi" dos muçulmanos, na "conquista" dos países ocidentais, tem duas fases distintas: uma primeira implantação, aparentemente pacífica e com a integração como objectivo externo - para inglês ver, como se diz. À medida que o seu número aumenta, têm a tendência de "colonizar" bairros específicos, quase sempre zonas onde já existam lugares de culto ou mesquitas (Martim Moniz é o melhor exemplo) ou localidades onde funcionem empresas de mão-de-obra intensiva, como as zonas de estufas no Sudoeste Alentejano. 

 


Mal o seu número atinja um "valor crítico", alteram a sua política e passam à segunda fase: a conquista e o domínio, nas zonas onde se concentram. A cidade de Londres é um exemplo claro dessa estratégia. Embora os muçulmanos sejam apenas 15 % dos habitantes da capital inglesa, conseguiram eleger para presidente da câmara um muçulmano - graças à concentração de votos no seu candidato. 

Por cá, a principal campanha de domínio dos muçulmanos passa actualmente pela construção de uma mesquita na zona do Martim Moniz - que será seguramente rejeitada, por contribuir para uma completa descaracterização daquela zona turística, uma das mais tradicionais de Lisboa e que já sofre com a proliferação de lojas de souvenirs, sem clientes e com rendas de 5 mil euros.

A atitude dos portugueses, especialmente da classe política (*), é aquilo que se designa pela aceitação da condição de dhimmi, pagando uma taxa chamada jizya. Em termos concretos, é a aceitação, por parte dos muçulmanos, que os cristão e judeus vivam em territórios por eles dominados, pagando essa taxa e usufruindo de menos direitos do que os muçulmanos.  

A ocupação da praça do Martim Moniz, na oração de fecho do Ramadão, é o principal símbolo, hoje em dia, daquilo que é já uma demonstrações de força dos muçulmanos. Uma questão óbvia, aqui, é muito simples: onde rezam os milhares de muçulmanos que usam a praça Martim Moniz, nas outras sextas-feiras do ano? Porque razão utilizam aquela praça, quando poderiam - se fosse uma questão de espaço, utilizar o Terreiro do Paço? 

A explicação é simples: Martim Moniz é um herói - mítico ou não - da conquista do castelo de S.Jorge aos mouros. Que melhor demonstração de força do que ocupar essa praça com aqueles que professam a mesma religião dos que foram derrotados em 1147? Por todo o país, nesta segunda fase de conquista, estão a surgir escolas islâmicas e madrassas, escolas religiosas. As tentativas de construção de mesquitas têm sofrido alguns percalços, como aconteceu em Samora Correia, onde a população em peso se manifestou contra essa hipótese.

Mas em Odivelas, por exemplo, um número substancial de escolas já serve refeições "halal", confeccionadas à maneira islâmica, por exigência dos pais dos alunos e submissão das autarquias, mais acentuada com a época de eleições que se aproxima. A pouco e pouco, nas zonas dominadas por muçulmanos ter-se-á a sensação de estar não em Portugal, mas no Paquistão ou no Bangladesh. Essas zonas passarão a ser "no-go" zones para as mulheres ocidentais, por exemplo, um fenómeno que já hoje é comum nas principais capitais europeias. 

Discretamente, outras forças islâmicas se movem em Portugal: os Tablighi Jaamat e as células da Irmandade Muçulmana. Os primeiros são uma espécie de "testemunhas de Jeová" do islamismo, visitando a casa dos crentes, para estarem certos de que seguem à risca os princípios da doutrina islâmica. Por exemplo, verificam se há ou não uma televisão nessas casas - algo que é completamente proibido. 

Mas o "rigoroso tradicionalismo, dos Tablighi Jaamat, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa (...) um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", salienta Abdool Karim Vakil (Filho), numa investigação intitulada “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades. Hoje em dia, ainda segundo Abdul Karim Vakil, os Tablighi Jaamat são "a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal".

 Em alguns países, as organizações filiadas na Irmandade Muçulmana são vistas como atores legítimos e parceiras do governo, no diálogo sobre as comunidades muçulmanas. No entanto, muitos serviços de secretos e governos (em países como a França, a Alemanha e a Áustria) veem a Irmandade com desconfiança. As críticas focam-se em acusações de a Irmandade Muçulmana ter uma agenda oculta e que a sua fachada de "moderação" esconde uma ideologia mais radical, com o objetivo final de promover uma separação social e política em vez de uma verdadeira integração. A Irmandade Muçulmana, que luta para estabelecer a "sharia" como base dos estados e das sociedades, é considerada a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, que, a partir de cisões, deu origem a grupos mais violentos como o Hamas e a al-Qaeda.

A Irmandade Muçulmana promove uma ideologia  com uma interpretação conservadora e por vezes fundamentalista do Islão, o que pode entrar em conflito com os valores europeus, como a igualdade de género e a liberdade individual. É ponto assente que a Irmandade Muçulmana, em países europeus, funciona como uma rede de influência social e política, operando dentro do quadro legal e democrático. No entanto, a sua presença e os seus objetivos a longo prazo continuam a ser um ponto de discórdia entre os defensores da integração e os que alertam para os riscos de uma ideologia vista como separatista e antagónica aos valores liberais europeus.

Com "Gemini" 


(*) Uma das chamadas "cerimónias ecuménicas" mais ridículas foi protagonizada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se ajoelhou como se estivesse a rezar, numa visita à Mesquita de Lisboa. Curiosamente, embora haja notícias várias de cerimónias deste género, até hoje nunca houve uma "cerimónia ecuménica" que tivesse lugar numa igreja, com a presença do xeque David Munir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A pena de morte, a homossexualidade e o islamismo

 

 

Espero que a flotilha que navega (?) em direcção a Gaza (principalmente os pobres coitados do LGTBQ+) não se perca por aqueles mares turbulentos e não vá encalhar num destes países:

     Irão: A pena de morte é aplicada para atos homossexuais entre homens.

    Arábia Saudita: As punições variam de acordo com a interpretação de um juiz. Podem ir do açoitamento e prisão até à pena de morte.

    Iémen: A pena de morte é legalmente prevista para homens.

    Afeganistão: Sob o governo talibã, a homossexualidade é ilegal e punível com a pena de morte.

    Brunei: A pena de morte por apedrejamento foi introduzida em 2019, embora as autoridades tenham afirmado que não a aplicarão.

    Nigéria: A pena de morte está em vigor em 12 estados do norte do país, onde a lei islâmica se sobrepõe ao código penal federal.

    Somália: A pena de morte é legalmente prevista em alguns estados e regiões do país.

    Mauritânia: A pena de morte é a punição legal para homens, mas a sua aplicação é extremamente rara. 

 

Greta Thunberg removed from flotilla leadership amid infighting

 

The tension and delays created cracks in the organizing committee. Early this week, Greta Thunberg was spotted dragging her suitcase on the dock, leaving the ship "Family," which hosts the executive committee, and moving to the ship "Alma."

The ships of the "largest ever" flotilla to Gaza – dubbed "Sumud" – continue sailing toward Gaza's shores, aiming to "break the Israeli blockade," with more than 40 vessels having passed Malta and six additional ships waiting in Greece. But the major drama unfolded among flotilla members themselves – climate activist Greta Thunberg was removed from the executive committee and forced to switch ships, while the media advisor left the flotilla entirely.

The Italian leftist newspaper Il Manifesto, along with the Spanish newspaper El Mundo, provided a glimpse behind the scenes of the Gaza flotilla this week. According to initial plans, the flotilla was expected to have reached Gaza since departing from Barcelona's shores on August 31. Instead, the ships became stuck for weeks in Tunisia, experiencing a series of malfunctions and crises.

The problems began, as recalled already in Port Sidi Bou Said, where on September 9 and 10, flotilla members claimed two ships were attacked by drones with incendiary bombs, causing fires on deck, and also distributed documentation of the incident.

Following the attacks, Tunisian authorities cast doubt on this version and also ordered the fleet to move to Bizerte port in the north, where additional delays began – police demanded to photograph and take fingerprints of all participants, and simultaneously, fuel ran out at the port after a mega-yacht depleted the port's fuel reserve. Several activists left the mission, claiming they couldn't withstand the mental and physical pressure.

The tension and delays created cracks in the organizing committee. Early this week, Greta Thunberg was spotted dragging her suitcase on the dock, leaving the ship "Family," which hosts the executive committee, and moving to the ship "Alma," according to the Italian newspaper. Her name was also removed from the list of management members on the official website. According to sources who spoke with Il Manifesto, Thunberg opposed the flotilla's media policy, which focused too much on the flotilla's internal dramas and too little on the situation in the Gaza Strip.

(Continue

 


Militantes LGBTQI+ provocam revolta na flotilha de Gaza

 


O coordenador da flotilha de Gaza, Khaled Boujemâa, anunciou a sua demissão em protesto contra a presença de activistas LGBTQI+ na flotilha, incluindo Saif Ayadi, que se identifica como 'activista queer'."  

Continua a palhaçada na flotilha. Agora a linha dura pro-Hamas revolta-se contra a toada "gayzada" na flotilha. "Começou como flotilha para 'salvar' Gaza, vai ficar para a história como uma anedota. (Via Sofia Ferreira - Via Arnaldo Gonçalves)


Oxalá eles não consigam (coitados...) chegar a Gaza. 2/3 seriam imediatamente liquidados, incluindo a Mortágua que, em directo e na televisão portuguesa, confessou ser lésbica. Ttodos os LGBTQ+ teriam o tratamento definido na lei islâmica: um vôo sem pára-quedas do alto de um edifício de cinco andares (no mínimo) ou a lapidação.

A homossexualidade é considerada um crime e é punida com a morte em muitos países islâmicos, como na Arábia Saudita, no Sudão, na Somália, na Mauritânia ou no Irão. 

A invasão de imigrantes continua, em Portugal - mais 80 mil inscritos no SNS em 4 meses

 

 

No final de Agosto deste ano havia mais 8.113 utentes do Serviço Nacional de Saúde sem médico de família. De acordo com o Correio da Manhã, os números globais apontam para 1,5 milhões de utentes do SNS sem médicos de família.

Esta subida, refere o jornal, tem a ver com a inscrição de mais imigrantes nos centros de Cuidados de Saúde Primários (CSP). Nos quatro meses entre Maio e Agosto, os imigrantes inscritos nos CSP aumentaram em 80 mil.

 

PÁGINA UM: "Mas afinal, quem é que vota no Chega?"

 

Francisco Abreu (*) - 19/09/2025

Os portugueses que votam no Chega serão fascistas? Serão xenófobos e racistas? Serão broncos de extrema-direita?

Garantidamente, os portugueses que votam no Chega têm problemas; problemas gravíssimos.

Ganham salários inferiores a 1.000€ (mais de metade dos jovens adultos, entre os 18 e os 35 anos); ganham reformas inferiores a 500€ (cerca de metade dos pensionistas); não conseguem comprar casa; não conseguem arrendar casa; trabalham em situação de precariedade (uma percentagem assustadora dos jovens adultos a trabalhar com contratos a prazo e, portanto, sujeitos à ‘montanha russa’ do ‘emprego-desemprego-emprego-desemprego’).

Continuando: os portugueses que votam no Chega não conseguem encontrar em Portugal condições de vida que lhes proporcionem estabilidade profissional, autonomia residencial, capacidade financeira para sustentar filhos, e então… emigram. ↓

Os portugueses que votam no Chega têm filhos, jovens adultos, que não conseguem arranjar trabalho nem conseguem comprar casa; ou têm filhos, jovens adultos, que compraram uma casa com muita dificuldade (o valor da entrada, as despesas no dia da escritura, a prestação ao Banco) e que trabalham contratados a prazo, com um salário baixo; mas ao mesmo tempo sabem que há uns felizardos, membros da comunidade de etnia cigana, que não trabalham porque não querem trabalhar, que recebem subsídios e que, de vez em quando, fazem cursos profissionais para continuarem a não trabalhar, e que têm direito a uma casa, sem nada pagarem, apenas porque são uns coitadinhos.

Coitadinhos? Curiosamente, quem se cruza com eles aqui e acolá, porque os tem como vizinhos, vota no Chega. Talvez porque os que votam no Chega são uns sociopatas sem um pingo de amor pelo próximo?

Por falar em sociopatas, e por muito que nos custe acreditar, há portugueses que fazem licenciaturas e mestrados em Serviço Social, que, com dificuldade, conseguem arranjar trabalho, lidando no dia-a-dia com ‘famílias carenciadas’ em termos de ‘inclusão social’, e que, a dada altura, constatam que têm um rendimento, proveniente do trabalho, inferior ao rendimento dessas famílias que são apoiadas pelos nossos impostos. Ora, estes portugueses, que estudaram, que trabalham e que ganham menos que os ‘carenciados’, votam em quem?

Os portugueses que votam no Chega, na sua maioria, pertencem a uma classe média empobrecida e a uma classe média-baixa revoltada.

Não são fascistas, não são racistas, não são broncos, nem são sociopatas.

E depois há os portugueses que têm medo de passear à noite e que dizem às filhas que estão proibidas de chamar um UBER. E estes também votam no Chega.

E há ainda aqueles portugueses, que também votam no Chega, que, em certas regiões do país e em certos setores de atividade, não conseguem arranjar trabalho com um salário digno porque há imigrantes que aceitam trabalhar, sem recibo, auferindo salários de miséria.

Há finalmente portugueses que levam muito a sério a problemática da ética e da moralidade na vida política. Estes portugueses acham que os políticos deveriam cuidar dos cidadãos e do país, em vez de cuidarem de si próprios e dos interesses que, às escondidas, representam. E ficam irritadíssimos com os casos eticamente vergonhosos e com os escândalos moralmente deprimentes que se vão sucedendo, impunemente alimentados por uma classe política que não tem vergonha.

Querem que vos diga como é que estes portugueses votam?

Há entretanto uns partidos políticos que andam com um lenço palestino ao pescoço, que falam de multiculturalidade e inclusão, que pugnam, em abstrato, pelos direitos das mulheres (o que é altamente contraditório com o lenço palestino), dos mais vulneráveis (confundindo vulnerabilidade com recusa de integração) e dos LGBT+, que desculpam os bandidos e achincalham os polícias, que se propõem combater, sempre em abstrato, as desigualdades sociais… em suma, que defendem os palestinianos, os imigrantes, os transsexuais, os criminosos, mais a diversidade cultural e a integração a todo o custo.

E há portugueses que ficam de boca aberta; que perguntam a si próprios em que país é que estes partidos políticos vivem; que se interrogam acerca do conhecimento que estes partidos políticos têm da realidade em que, em Portugal, estamos todos mergulhados.

E estes portugueses votam no Chega.

Há também uns partidos políticos que governam Portugal há várias décadas e que, objetivamente, são responsáveis por aquilo que antes se retratou.

E há portugueses que dizem… basta!

E estes portugueses votam no Chega.

Os intelectuais da esquerda e os espertalhões do poder instalado vão algum dia conseguir perceber porque é que há portugueses a votar no Chega?

Vão continuar a dizer que quem escreveu estas linhas mete no mesmo saco transsexuais e criminosos, inclusão e recusa de integração, e assim por diante, quando a verdade é que o autor destas linhas, longe de meter tudo isto no mesmo saco, está simplesmente a afirmar que estas não são as causas relevantes para muitos e muitos portugueses – o sofrimento do povo palestiniano, o respeito pelos LGBT+ e o bem-estar dos imigrantes, não são as questões que mais atormentam uma parte não despicienda da população portuguesa.

Os intelectuais da esquerda e os espertalhões do poder instalado vão continuar a dizer que é preciso proteger as minorias, uns, e que é preciso fazer reformas, os outros, quando a verdade é que há muitos e muitos portugueses convencidos de que é preciso cuidar da maioria e que não acreditam na conversa estafada das reformas.

Mais confrangedor ainda: vão continuar a dizer que os jovens adultos votam no Chega por causa das redes sociais; e que os pais dos jovens adultos votam no Chega porque têm fracas habilitações literárias; e que os reformados votam no Chega porque estão esclerosados; e que aqueles que conhecem os ciganos de ginjeira votam no Chega porque são racistas e porque querem incitar ao ódio; e que os emigrantes votam no Chega sabe-se lá porquê, quando a verdade é que…

Enfim, já chega!

Adenda: Como nota final, à luz do que ficou escrito neste artigo, serei seguramente considerado, por uns quantos, um protofascista e um bronco iletrado, que não consegue ler um parágrafo com mais de duas linhas, nem consegue articular uma ideia que seja compatível com o politicamente correto, e neste ponto, pasme-se, estão carregados de razão.

(*) Francisco Abreu é gestor, consultor e editor, doutorado em Filosofia das Ciências pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido docente do ensino superior.

N.D. Os textos de opinião expressam apenas as posições dos seus autores, e podem até estar, em alguns casos, nos antípodas das análises, pensamentos e avaliações do director do PÁGINA UM

 

domingo, 21 de setembro de 2025

Esta rua de Lisboa tem 400 metros e 10 mil habitantes

 


Há redes a vender milhares de moradas falsas a imigrantes. Em Lisboa, há prédios de três, quatro andares com 1400 residentes atestados pelas Juntas de Arroios, Penha de França e Santa Maria Maior, mas nem um décimo lá cabe e quase nenhum lá vive. SEF identificou casos também no Porto, Setúbal e Braga.

São apenas 400 metros de rua de uma ponta à outra, entre o Martim Moniz e o Largo do Intendente, ladeada de prédios estreitos e não mais altos do que um terceiro ou quarto andar. Há alguns fechados pela degradação, que vomita reboco e telhas para os passeios, e outros tantos em recuperação para imóveis de luxo e hostels turísticos, que a zona é localização premium. Os r/c são todos comerciais: restaurantes asiáticos, barbeiros a €5 o corte, agências de viagens para o Oriente, lojas de câmbios e transferências, minimercados étnicos, armazéns de revenda, bazares de bugigangas e talhos halal, propriedade de nepaleses, paquistaneses, indianos e bengalis, e de uns poucos portugueses que ali resistem de tempos mais marginais.

Vive-se uma outra Lisboa no Benformoso, sem a perda populacional das artérias vizinhas, sempre cheia de gente, com muitos homens e raras mulheres, sentados nos passeios e soleira das portas, a conversar na estrada ou a assomar nas janelas escancaradas das casas. Mas por mais mestria e despudor que se tenha no tetris humano da sobrelotação habitacional em que vivem tantos imigrantes, com o espaço alugado limitado a um colchão de beliche, não se consegue enfiar mais de 10 mil pessoas em simultâneo numa dúzia de edifícios pequenos.

(Continua