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Há dois dias, o Público fazia uma manchete - "História dos Ciganos Entra nas Aprendizagens Essenciais Escolar" e dedicava duas páginas ao facto de a história dos ciganos entrar nessa área de ensino. Interroguei-me, na altura em que lia a notícia, quais seriam os valores provenientes dessa comunidade que fossem positivos para os jovens alunos em idade escolar. "O tempo ainda é de teste, mas já sabe a vitória para quem há muito sonha com a inclusão da história dos portugueses ciganos nos manuais escolares", salientava o jornal Público.
No final do ano lectivo, "haverá umas jornadas de balanço do trabalho desenvolvido. O plano é publicar um livro sobre história e literatura oral cigana, criar um Museu Virtual, construído com comunidades ciganas, fazer uma grande festa de lançamento", entre outras iniciativas, referia o jornal.
O ênfase dado a uma comunidade que representa apenas 0,5 % da população portuguesa parece-me algo exagerado. Mais ainda quando esses 0,5 % (cerca de 50 mil, de acordo com o Conselho da Europa) representam 5 % da população prisional - ou seja, um valor dez vezes superior às taxas normais de prisão. Um cigano tem dez vezes mais probabilidade de ser preso do que outros cidadãos portugueses.
A rejeição da escolaridade, sobretudo para as raparigas? O casamento combinado, com jovens de 13, 14 anos? Os episódios de violência, que são frequentes, por exemplo, em hospitais, onde famílias inteiras agridem, com relativa frequência, os profissionais de saúde, por não serem imediatamente atendidos? - casos frequentes, de que tenho conhecimento por ter família a trabalhar nessa área. A violência gratuita, contra toda a gente, por motivos fúteis, que se revela até no seio das próprias famílias?
A criminalidade que grassa na comunidade cigana é perceptível num estudo de José Gabriel Pereira Bastos, do CEMME – Centro de Estudos de Migrações e Minorias Étnicas - num trabalho elaborado em Janeiro de 2007 - "QUE FUTURO TEM PORTUGAL PARA OS PORTUGUESES CIGANOS?"
No final de Maio de 1998, encontravam-se detidos em prisões portuguesas, entre preventivos (34,7%) e condenados, 787 pessoas de etnia cigana, mais de dez vezes a taxa de população nacional (não cigana) encarcerada que, em 1997, era de 145 reclusos por 100 mil habitantes, e a proporção de mulheres ciganas presas (11, 6 % de todas as presas) mais do que duplicava a média nacional de encarceramento de ciganos, os quais constituíam 5,5 % de todos os presos à data (J. J. Moreira: 1998: 8)
Ainda há algumas semanas dois jornais diários noticiavam um caso de homicídio num "acampamento" (designação com a qual se pretende fugir à designação "cigano"). Tratou-se de um conflito entre familiares que terminou com um tiro de caçadeira e um jovem morto. Um dos jornais afirmava que se tinha tratado de um conflito em torno do casamento de uma jovem de 14 anos, o outro periódico afirmava que tinha sido uma quezília por causa da venda de um cavalo.
Ontem, uma notícia dava conta de um incauto cidadão ter tentado pacificar uma discussão entre a própria mulher e outras mulheres ciganas, na bicha de um supermercado. O episódio aconteceu no passado dia 3 de Setembro. Um total de TREZE CIGANOS agrediram violentamente o homem, utilizando paus e ferros.
Encheram-no de pontapés, até ele ficar no chão, inconsciente. A mulher também não escapou à violência. Tudo isto perante a filha de dois anos, filmado por um transeunte e transmitido na TVI, no noticiário da noite de ontem.
Na "abertura" da notícia, a "pivot" disse, textualmente, que o homem tinha sido espancado por uma família cigana. Ou seja, chamou os bois pelo nome, referindo que tinham sido ontem detidos, numa operação da GNR.
Hoje, 1 de Outubro, o "Correio da Manhã" faz-se de distraído e chuta para canto, ao escrever a notícia desse espancamento. Refere a agressão, pormenoriza que o agredido esteve dois dias internado em estado grave, lembra que a filha de dois anos assistiu a tudo. Mas não há sequer a habitual referência a um "acampamento" - eufemismo para "ciganos" - nem é referido que se tratava de uma família cigana.
Nas redes sociais, nomeadamente na Reddit, o vídeo é reproduzido e os agressores são identificados como fazendo parte do "Clã Baldeirão". Tudo isto será, sem dúvida, incluído nos manuais escolares sobre a história dos portugueses ciganos, prevista já para este ano. Também serão plasmados - estou certo disso - nesses manuais escolares "valores" da comunidade cigana como a rejeição da escolaridade mínima, sobretudo para as raparigas, o casamento combinado, com jovens de 13, 14 anos, etc. Isto, e repetindo o que o Público escreve é "uma vitória para quem há muito sonha com a inclusão da história dos portugueses ciganos nos manuais escolares."
Sugiro que acrescentem uma disciplina específica, `qual podem chamar MMAG (Mixed Marcial Artes Cigana) para permitir que os alunos ciganos se treinem e possam defender das agressões de que são constantemente alvo. Pode ser acrescentada uma outra disciplina, baseada na velha arte marcial tradicional portuguesa, o Jogo do Pau que utiliza um bastão de madeira para combate e defesa pessoal. Sempre lhes permitirá utilizar de forma mais eficiente os paus e ferros com que espancaram a vítima, no passado dia 3 de Setembro e que são visíveis no vídeo do bárbaro espancamento.






