O governo de Donald Trump suspendeu a autorização da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros, avança o The New York Times.
“Escrevo-vos para informar que, com efeitos imediatos, a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio da Universidade de Harvard foi revogada”, escreveu a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, numa carta enviada à universidade.
Segundo o jornal nova-iorquino, os estudantes estrangeiros foram informados pelo Departamento de Segurança Interna, através de um duro comunicado de imprensa, sobre a decisão do Governo: "Isto significa que Harvard já não pode matricular estudantes estrangeiros, e os estudantes estrangeiros existentes devem transferir-se ou perderão o seu estatuto legal."
Esta decisão surge depois de a administração de Donald Trump ter acusado as instituições de ensino superior de permitirem o florescimento do antissemitismo nos seus campus e exigido, numa carta enviada a Harvard no início do último mês, amplas reformas governamentais e de liderança na universidade, bem como mudanças nas suas políticas de admissão, de diversidade no campus e fim do reconhecimento de alguns clubes de estudantes.
Tal foi recusado pelo presidente de Harvard, Alan Garber, e horas mais tarde o governo congelou milhares de milhões de dólares de financiamentos federais, tendo a Universidade apresentado um processo judicial para impedir o congelamento.
A Universidade de Harvard, que se situa perto de Boston e tem cerca de 30 mil estudantes, está há anos firmemente estabelecida no topo da classificação mundial de Xangai dos estabelecimentos de ensino superior.
Cerca de 6800 estudantes estrangeiros frequentaram Harvard neste ano letivo, o que equivale a aproximadamente 27% do total de alunos matriculados, segundo dados da universidade.
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