sexta-feira, 3 de outubro de 2025

How the muslims conquer a country

 


Lista de algumas das principais Zonas Urbanas Sensíveis (ZUS) em Portugal

 


Lista de algumas das principais Zonas Urbanas Sensíveis (ZUS) de acordo com a classificação da polícia, em Portugal, acompanhadas da sua caracterização étnica predominante:

Grande Lisboa
    Bairro da Cova da Moura (Amadora)
    – Maioritariamente de origem cabo-verdiana.
    Bairro da Jamaica (Seixal)
    – População maioritariamente de origem africana (Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau).
    Bairro da Quinta do Mocho (Loures)
    – População predominantemente africana, sobretudo cabo-verdiana e guineense.
    Bairro do Zambujal (Amadora)
    – Comunidade significativa de origem cabo-verdiana e cigana.
    Bairro da Bela Vista (Setúbal)
    – População mista, com presença significativa de comunidades ciganas e africanas.
    Bairro do Talude (Lisboa)
    – Presença de comunidades africanas e ciganas.
Área Metropolitana do Porto
    Bairro do Cerco do Porto (Porto)
    – Comunidade maioritariamente portuguesa, com presença de população cigana e africana.
    Bairro do Aleixo (Porto)
    – População maioritariamente portuguesa, com inclusão de famílias ciganas realojadas.
    Bairro da Pasteleira (Porto)
    – Diversidade étnica, com presença de população cigana e portuguesa em situação de exclusão.
Outras zonas
    Bairro da Estrada Militar (Loures)
    – Comunidades africanas e ciganas.
    Bairro do Rego (Lisboa)
    – Forte presença de imigrantes de origem africana.
    Bairro do Pendão (Queluz, Sintra)
    – Comunidade mista, com presença de famílias de origem cabo-verdiana. 

"The Great Replacement - A United Nations study that advocates for increased immigration to Europe"

 


Some excerts of this study from United Nations:

"(...) Focusing on these two striking and critical trends, the present study addresses the question of whether replacement migration is a solution to declining and ageing populations. Replacement migration refers to the international migration that would be needed to offset declines in the size of population, the declines in the population of working age, as well as to offset the overall ageing of a population.

Except for the United States, the numbers of migrants needed to maintain the size of the total population (scenario III) are considerably larger than those assumed in the medium variant of the United Nations projections (scenario I). In Italy, for example, the total number of migrants is 12.6 million (or 251 thousand per year) in scenario III versus 0.3 million (or 6 thousand per year) in scenario I. For the European Union, the respective numbers are 47 million versus 13 million (or 949 thousand per year versus 270 thousand per year).

The number of migrants necessary annually to keep the potential support ratio constant at its 1995 level would be 15 times greater than the net migration level in the 1990s. Towards the end of the period, i.e. by 2040-2050, the net annual number of migrants required by the European Union would be equivalent to half the world's annual population growth.

(Continue


Replacement Migration: Is it A Solution to Declining and Ageing
Populations?
 For further information, please contact the office of Mr. Joseph Chamie, Director, Population Division, United Nations, New York 10017, USA

PS: Portugal is a good example: in 4 years, a country with a population of 10,2 million inhabitants got 1,6 million immigrants, almost 20 % of the population.

 

Replacement Migration: Is it A Solution to Declining and Ageing Population? (Published by United Nations Secretariat)

 

 

"Replacement Migration: Is it A Solution to Declining and Ageing
Populations?"

From: 

Population Division
Department of Economic and Social Affairs
United Nations Secretariat  

For further information, please contact the office of Mr. Joseph Chamie, Director, Population Division, United Nations, New York 10017, USA.

Some excerts of this study:

"(...) Focusing on these two striking and critical trends, the present study addresses the question of whether replacement migration is a solution to declining and ageing populations. Replacement migration refers to the international migration that would be needed to offset declines in the size of population, the declines in the population of working age, as well as to offset the overall ageing of a population.

Except for the United States, the numbers of migrants needed to maintain the size of the total population (scenario III) are considerably larger than those assumed in the medium variant of the United Nations projections (scenario I). In Italy, for example, the total number of migrants is 12.6 million (or 251 thousand per year) in scenario III versus 0.3 million (or 6 thousand per year) in scenario I. For the European Union, the respective numbers are 47 million versus 13 million (or 949 thousand per year versus 270 thousand per year).

The number of migrants necessary annually to keep the potential support ratio constant at its 1995 level would be 15 times greater than the net migration level in the 1990s. Towards the end of the period, i.e. by 2040-2050, the net annual number of migrants required by the European Union would be equivalent to half the world's annual population growth.

Thus, if replacement migration were to be used as the mechanism for shoring up the potential support ratio in the European Union at its present level, by 2050 the total population of the European Union would have grown to more than three times its present level. In this process, the European Union's share of world population would have more than doubled, from 6.6 per cent in 1995 to 13.8 percent 2050. In addition, three-quarters of the total population in 2050 would consist of post-1995 migrants from outside the present boundaries of the Union and their descendants.


 A number of other studies analyzed the effects of the steady influx of migration on the future age structure of a host population. For instance, Lesthaeghe and others (1988) projected the age structure of the total population of the twelve European countries with and without migration up to the year 2060.


Their calculations show that the overall ageing trend in Europe can be attenuated through immigration,  but it cannot be prevented. Assuming that the total fertility of nationals remains constant at 1.6 and that of non-nationals falls to the replacement level by 2010, the proportion aged 65 years or older among females would rise from 16.3 per cent in 1985 to 25.8 per cent in 2060 in the absence of migration. The proportion was projected to be 21.3 per cent in 2060, if an additional 400,000 female immigrants would arrive every year, other things being equal."(...)


 

 

 

Tribunal Islâmico funciona há mais de 17 anos na Mesquita de Lisboa

 


A sala da Mesquita Central de Lisboa está fria e quase vazia. Não já juízes nem advogados, mas aqui costumam reunir-se "sábios" que deliberam, sobre questões familiares ou sociais, como se estivessem num tribunal. A sua lei não é civil, mas islâmica - a Sharia.É nesta sala que nos recebe um afável e sorridente Xeque David Munir. Tentando dissipar dúvidas e medos, o imã (guia religioso) fala pausadamente enquanto acalma o seu telemóvel, que não pára de tocar. Começa logo por clarificar que a exigência de a mulher "ser submissa" ao homem "não passa de uma metáfora".
"O que é ser submissa? É o homem dizer "levanta-te!" e ela levantar-se? Ou ele dizer "senta-te!" e ela sentar-se? Isso não é submissão, é ser escrava. Não tem nada a ver com a Sharia", frisa David Munir. "O facto de em algumas sociedades a mulher ainda ser considerada inferior, não tem nada a ver com a Sharia, mas com a tradição e a cultura" dos países.
Do mesmo modo, o facto de haver maridos que proíbem as mulheres de exercerem profissões é incompreensível para o Xeque. "Já tivemos de decidir num caso em que uma jovem licenciada que queria ter o seu emprego e o marido, por ciúmes ou machismo, não autorizava, mas conseguimos que ele mudasse de ideias."
David Munir admite, todavia, que se os homens "ganharem o suficiente, as mulheres podem - se consentirem - ficar em casa a tratar da família", porque o sustento não é obrigação delas. Outra recomendação que ele faz às mulheres é que "não gastem mais do que os maridos ganham", se elas não contribuírem para as despesas.

É também com a "necessidade de o homem sustentar a família" que David Munir justifica a norma da Sharia de que o homem "tem direito ao dobro da herança" se um parente morrer, "porque ele é obrigado a ajudar, e a mulher não". No entanto, quando se trata de partilhas, ressalva, "cabe à família decidir se quer um acordo segundo a lei islâmica ou os tribunais civis". Também pode haver testamentos com cláusulas específicas que não sigam o que a Sharia determina, adianta.
O poder do divórcio
Quanto a separações, o Xeque lembra-se de um caso em que um membro da comunidade se mostrava tão renitente em conceder o divórcio à mulher que os teólogos tiveram de tomar uma decisão "segundo a Sharia". O casamento era apenas religioso e a deliberação foi "a favor da esposa, que tinha o direito de refazer a sua vida, mesmo que o marido não aceitasse".
Uma interpretação rígida da Sharia dá ao homem o direito unilateral de se divorciar, sem causa (basta dizer três vezes, no decurso de três meses, "eu divorcio-me de ti"), enquanto a mulher tem de alegar "razões fortes", como infertilidade, distúrbios mentais, doenças contagiosas ou não apoio financeiro por parte do marido para que o seu pedido seja aceite. Esta não é interpretação do Xeque de Lisboa, que esclarece: "De acordo com a Sharia, a mulher pode pedir o divórcio sem nenhuma razão acima mencionada - chama-se Khula."
David Munir clarifica ainda o que até alguns muçulmanos desconhecem: que antes de um contrato de casamento, a mulher pode exigir "o poder do divórcio". Assim sendo, "é ela quem dá e é ele quem pede". A ignorância leva a que os pais dos noivos às vezes recusem esta opção, porque questionam a validade da sua existência.
O imã aconselha "muita prudência" aos maridos que, num assomo de fúria, renegam as esposas três vezes (em três períodos), porque, uma vez declarado o divórcio, mesmo que depois se arrependam, terão de esperar que a sua mulher volte a casar-se com outro e se separe deste para voltar a unir-se a ela.

Os teólogos em Portugal, acrescenta o Xeque, aconselham sempre a que o casamento religioso islâmico (ainda não contemplado na lei portuguesa) seja em simultâneo com o civil. Obter a documentação necessária é, contudo, um processo moroso (sobretudo quando se é imigrante ilegal), e as pessoas vêm à mesquita "porque querem regularizar a sua situação familiar para não viverem em pecado".
Uma coisa é certa, embora alguns orientadores religiosos digam que o islão permite aos rapazes e raparigas casarem assim que cheguem à puberdade, 14-15 anos, na comunidade islâmica portuguesa - criada há precisamente 40 anos e agora com 40 mil membros - segue-se à risca a lei que exige autorização dos pais para quem quiser casar antes dos 18. "Não queremos que nos acusem de casar menores nas mesquitas", defende-se o Xeque.

"A Sharia não é uma lei bárbara e ultrapassada como alguns pensam. Trata todos como iguais. Não nos interessa agradar aos homens ou às mulheres, mas apenas fazer o que é justo de acordo com a lei", enfatiza o Xeque. Em situações de separação de um casal, "damos até três meses para ambos pensarem. Tentamos sempre obter o consentimento mútuo, mas quando não há essa possibilidade, o que ficou decidido está decidido. Se uma das partes não gostou, paciência."
Mas, perguntamos nós, e quando há violência doméstica, a mulher terá de suportar os abusos do marido até os teólogos concluírem que a solução é o divórcio? Responde David Munir: "O marido tem de sair de casa e ela fica. Se já não houver convivência pacífica, ele vai para a rua. E isto é Sharia! Ela não tem de suportar um marido violento."
Bater ou repreender?
O Xeque admite que no Corão se diz que "quando uma mulher é desobediente", o marido "pode repreendê-la", embora teólogos misóginos, com uma interpretação mais radical, considerem "ser legítimo bater depois de admoestar".
David Munir frisa: "O Profeta [Maomé] nunca levantou a mão a nenhuma das suas esposas, e até chamou a atenção de vários maridos para que não batessem nas suas mulheres. Se vivemos numa sociedade onde é comum os homens baterem nas mulheres, não podemos dizer que isso é islâmico. É usar o islão erradamente. Eu defendo que não se deve bater, que não se deve levantar a mão. E, se por acaso, numa disputa, numa azeda troca de palavras, o homem for violento, que de imediato peça desculpas. Mas se persistir, e a mulher já não o conseguir aturar, ela tem o direito de pedir o divórcio, e o divórcio ser-lhe-á dado. Se ela se justificar, com provas, ele será obrigado a divorciar-se."

O imã reconhece que algumas mulheres preferem sofrer em silêncio do que denunciar os maus tratos a que são sujeitas pelos maridos. "Para a comunidade, estes são uns santos, pessoas exemplares, e elas temem não ser levadas a sério." O que faz o Xeque? "Eu tento encorajar as mulheres a pedirem ajuda a instituições que as protejam, a si e aos seus filhos, ou que me deixem falar directamente" com os abusadores.
Tutela dos filhos
Já aconteceu a David Munir ser, "surpreendentemente", chamado pela Comissão de Protecção de Menores, "porque envolveu até a polícia", para dar o seu parecer numa disputa de tutela de filhos por um casal.
Nestas situações, ele aconselha de acordo com a Sharia, mas a palavra final cabe aos tribunais civis - aliás, faz questão de sublinhar que todos os casamentos litigiosos são encaminhados por si e pelos seus colegas imãs para as instâncias do Estado. Eles só tratam de separações amigáveis, e assevera que nunca tiveram de decidir sobre quem tinha direito à custódia das crianças.
Se ele tivesse de o fazer, não tem dúvidas de que avaliaria "o que seria melhor" para os filhos. "Há pessoas que dizem que os filhos, após um divórcio, pertencem ao pai, mas não é bem assim", explica. "Se a criança for menor, nos primeiros dois anos, fica com a mãe por causa do aleitamento."

"O que a natureza nos diz é que a criança precisa mais da mãe. O pai é obrigado a dar o sustento. A criança só tem de ficar com o pai se a mãe não tiver condições, físicas, mentais ou financeiras, de a criar. Há teólogos que defendem uma tutela conjunta. Até agora, nunca fomos solicitados a decidir em termos de tutela, mas houve casos em que a questão se colocou, por exemplo, se um pai que passa o tempo fora de casa está em condições de manter os filhos."
Casos mais comuns que são submetidos à apreciação dos teólogos são os relacionados com dívidas. "Alguém vem à comunidade e queixa-se: "Aquele fulano, que vocês conhecem, deve-me dinheiro e não me paga." Então, chamamos a pessoa acusada, conversamos com ela, vemos como foi feito o contrato de empréstimo, se foi verbal ou por escrito, se passou ou não pelo notário, e as pessoas envolvidas acabam por aceitar as nossas decisões. É que o devedor, se não pagar, está a desrespeitar a sua crença, e fica numa situação desconfortável perante a comunidade."

Conselhos sobre poligamia

Nota final: no site myciw.org (Comunidade Islâmica da Web), uma senhora apenas identificada como Patrícia pergunta: "Sou cristã e busco respostas sobre casamento muçulmano - direitos e deveres. Meu marido deseja converter-se em muçulmano. Uma das principais razões é o facto de desejar ter outra mulher, por sua vez muçulmana, que conhece há pouco tempo. Acontece que amo o meu marido e desejo a sua felicidade mas seu comportamento mudou comigo. Pretende que eu abdique do nosso quarto para estar com ela. Pretende que eu continue a trabalhar, enquanto ela fica em casa à espera dele. Até falou em arranjar empregada para ela não fazer nada em casa. Amo o meu marido mas sinto seu coração injusto. E se meu marido deseja ser muçulmano, eu só desejo conhecer a lei muçulmana para saber se ele está sendo correcto comigo ou não. Dentro de 15 dias essa mulher muçulmana chega a nossa casa."
O Xeque Munir vai lendo em voz alta a mensagem à sua frente, linha a linha, e começa a dar respostas, sabendo que a poligamia é permitida pelo islão mas proibida em Portugal (e também em países muçulmanos de regimes laicos como a Tunísia e a Turquia).

"Se o homem for muçulmano, para casar com outra não pode dar a esta o quarto da primeira mulher", sentencia. "Já está a começar mal. Isto não é Sharia. Se uma das mulheres trabalhar, a outra tem de trabalhar. Isto é Sharia. Se ele arranjar empregada para uma, tem de arranjar para outra. Se ele já está a ser injusto, então não justifica ter outra mulher, porque vai manter a injustiça. O Alcorão diz: "Se tiver receio de não ser justo [com as suas mulheres, que podem ser quatro], fique só com uma."
"Eu aconselharia esta senhora [Patrícia] a divorciar-se do marido, para ele casar com a outra. Vai custar, porque ela diz que gosta dele, mas é melhor ela sofrer durante seis meses ou um ano do que viver em permanente instabilidade.

Jornal "Público" 13 de Março de 2008 

 

Pedro Góis, do Observatório das Migraçoes, um traidor asqueroso


 

O Islão, uma religião da Idade Média

 

 

"Se alguém quiser viver de acordo com os textos do Corão, será difícil viver no Ocidente, porque viver de acordo com o Corão é viver como na idade Média", afirmou Inger Stoejberg, ministra da Imigração, Integração e Habitação da Dinamarca, quando discursava num encontro de jovens de direita. 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Jean Raspail, "The Camp of the Saints" - Os parágrafos finais

 


 "(…) Quando as centenas de embarcações apareceram, as suas tripulações deram uma boa gargalhada: uma frota europeia, com todas as luzes acesas, tinha-se alinhado num vasto semi-círculo à entrada da baía. Parecia que estavam a aguardar uma revista. Os navios dispararam uma salva de cartuchos de festim, um após o outro. Depois, uma voz trovejou através de megafones, primeiro em francês, depois em inglês: 'Recuem! Recuem! A França não vos pode acolher! A Europa não vos pode acolher!' 

A armada do Terceiro Mundo respondeu com um grito colossal e uníssono. Não era um grito de guerra. Era a vasta e primitiva voz da esperança, das boas-vindas, uma espécie de berro alegre e triunfante, como a descoberta de um brinquedo por uma criança. E os navios continuaram a avançar."

"As centenas de embarcações começaram a entrar no porto, uma após a outra, numa longa e silenciosa procissão. Não houve toques de trombetas, nem bandeiras a acenar. Apenas um avanço lento e inexorável. Da costa, os observadores — os poucos que restaram — assistiam atónitos, como que hipnotizados. Não havia gritos, nem resistência. Apenas o suave ondular das vagas contra os cascos e o arrastar de inúmeros pés à medida que as primeiras ondas de humanidade começavam a derramar-se nas praias."

"Eles estavam em todo o lado, uma maré humana: homens, mulheres, crianças, idosos, todos a sair dos navios, com os rostos marcados por uma mistura de exaustão e de um estranho e silencioso triunfo. Não eram um exército invasor no sentido tradicional, mas uma força de números absolutos, avassaladora pela sua simples presença. O ar encheu-se de um murmúrio, de uma nova língua, de um novo odor. A Europa, ao que parecia, já não era a Europa."

(…)

"O sangue corria pelas ruas do bairro de Grenelle. O último punhado de homens, com a arma na mão, estava encurralado na Place du Commerce, diante da igreja. O padre, com a estola ao pescoço, levantou-se e pronunciou em voz alta as palavras da absolvição. Os homens ajoelharam-se, o rosto coberto de pó, e de sangue. Tinham lutado até ao fim, por aquilo que lhes pertencia e que agora era de todos."

"No mesmo momento, o arcebispo de Paris, com a sua grande cruz de ouro no peito, caminhava, na cabeça de um cortejo de clérigos, pelas avenidas do bairro de Trocadero, para receber os novos missionários da Fé. O coro entoava o Te Deum. E no mar, mais ao largo, os barcos continuavam a descarregar a sua carga de miséria. A noite de Paris estava cheia de vozes e de gemidos."

"Um homem na Praça da Concordia, ergueu uma bandeira vermelha. Outro, num gesto de desespero, fez o sinal da cruz. E a multidão continuou a avançar, sem se importar com os mortos, sem se importar com os vivos. E os últimos homens na Place du Commerce gritaram, e depois calaram-se."

Jean Raspail, "O Campo dos Santos"