quinta-feira, 28 de março de 2024

Primeiro-ministo belga pede calma após incidentes entre turcos e curdos

 

O primeiro-ministro da Bélgica apelou hoje à calma na sequência de vários incidentes violentos entre elementos das comunidades turca e curda no país, nomeadamente em Bruxelas, por causa das eleições autárquicas previstas para domingo na Turquia.

"É preciso parar com a violência, com as provocações e com as manifestações de apoio a organizações que estão classificadas como terroristas", disse Alexander De Croo, em conferência de imprensa após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, na capital belga.


Alexander De Croo referia-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que tanto a União Europeia (UE) como a Turquia consideram uma organização terrorista.
Com eleições autárquicas previstas para domingo na Turquia, o governante belga considerou que ainda há "momentos-chave nos próximos dias" para avaliar e que os serviços de segurança irão continuar a acompanhar a situação, que na opinião de Alexander De Croo colocou em causa "décadas de convivência pacífica" na Bélgica.
Na segunda-feira, uma manifestação de ativistas pró-curdos que agitavam bandeiras do PKK degenerou em confrontos perto do apelidado bairro europeu de Bruxelas, perto das instituições europeias. 

(Continua)

terça-feira, 26 de março de 2024

Europeias: Descendente de argelinos é 'número 2' de Partido de Le Pen

 

O partido de extrema-direita francês União Nacional (RN, sigla em francês) anunciou que Malika Sorel-Sutter, política de origem argelina conhecida pelas posições anti-imigração, será 'número dois' nas suas listas às próximas eleições europeias, cujas sondagens lidera. "Juntar-me ao RN [...] permite-me participar na reorganização da França", escreveu Sorel-Sutter na rede social X, acrescentando que "é tempo de tomar decisões políticas responsáveis para promover a assimilação e reforçar a coesão nacional" no país.
(Continua)

Metade dos europeus desaprova a política de migração da UE e exige mais controlos


No que à política de migração diz respeito, 51% dos europeus têm uma avaliação "negativa" do impacto do bloco e apenas 16% têm uma visão "positiva". Já 32% dizem que o impacto não foi "nem positivo nem negativo".
Esta é uma das conclusões de uma sondagem exclusiva da Euronews, realizada pela Ipsos junto de quase 26 mil inquiridos em 18 Estados-membros, antes das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam entre 6 e 9 de junho.
A tendência é transversal a todos os géneros, grupos etários e profissões, e é consistente na maioria dos países, onde o lado negativo supera claramente os outros dois segmentos. A França (62%), a Áustria (60%) e a Hungria (58%) são os países mais críticos, enquanto que a Dinamarca (26%), a Roménia (27%) e a Finlândia (32%) são os menos críticos.
As variações mais pronunciadas surgem na intenção de voto: as opiniões mais duras vêm, como esperado, dos apoiantes dos grupos de extrema-direita Identidade e Democracia (78%) e  Conservadores e Reformistas Europeus (65%), seguidos da Esquerda Europeia (55%), que se situa no extremo oposto do espetro político.
Os eleitores do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, que tem sido acusado de adotar discursos de extrema-direita para fins eleitorais, são propensos à crítica, mas de uma forma mais matizada: 46% dizem negativo, 20% dizem positivo e 34% não dizem nada.
Os que apoiam o grupo de centro-esquerda dos Socialistas e Democratas (S&D) estão indecisos: 33% dizem que é negativo, 24% dizem que é positivo e 42% não dizem nada.
Em suma, a avaliação do impacto do bloco na política de migração é a mais depreciativa das seis áreas analisadas na sondagem, incluindo as respostas à pandemia de Covid-19 e à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os resultados surgem um mês depois de ter sido confirmado que a UE registou 1,14 milhões de pedidos de asilo em 2023, o maior número desde 2016. O aumento, constante desde o fim das restrições de confinamento, tem sido acompanhado por relatos nos meios de comunicação social sobre instalações de receção sobrecarregadas em países como a Bélgica, os Países Baixos e a Alemanha.
(Continua)

domingo, 24 de março de 2024

Líder radical islâmio Rana Taslim Uddin quer representantes na Assembleia da República

21/03/2024 

 Discurso do líder radical da comunidade indostânica de Portugal, o Bangladeshi Rana Taslim Uddin, morador do Martim Moniz, na Conferência do Observatório do Mundo Islâmico no CIL, Lisboa, 18 de novembro de 2023, a reclamar representantes muçulmanos na Assembleia da República Portuguesa.


 

Descubra a diferença entre dois textos prometendo a destruição da sociedade portuguesa

Post que circula nas redes sociais atribuído a Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa: (...) discurso do líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa, traduzido para português através de legendas (a partir do original em bengali, língua oficial do Bangladesh). Entre várias considerações polémicas, destaque para o seguinte excerto: "Aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

Tradução obtida pelo Polígrafo, junto de Jayanti Dutta, docente e investigadora do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Universidade de Lisboa, :

“Aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade. Por isso tentamos agradar a Deus e ao mesmo tempo construir uma amizade com as pessoas desta sociedade.”

Qual é a diferença????

Líder muçulmano garante que Alá poderá destruir a sociedade portuguesa, "se não ficar feliz" com o caminho que essa sociedade tomar

 

Segundo um post que circula nas redes sociais, o líder da comidade islâmica do Bangladesh em Lisboa que terá afirmado que Alá poderá destuir a sociedade portuguesa: "Aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

Numa profunda distorção da realidade e numa manifestação de subserviência, o Polígrafo começa por confirmar que , segundo fonte oficial da Embaixada do Bangladesh em Portugal, o protagonista do vídeo é mesmo Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa. O discurso terá sido proferido na cidade de Lisboa, em abril de 2023. 

O dito Polígrafo considera a firmação falsa e adianta uma tradução mais correcta: ""(...) aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade."

Qual é a diferença entre ameaçar com a destruição da sociedade portuguesa, por própria iniciativa do líder religioso, ou ameaçar que Alá destruirá a nossa sociedade, se não estiver feliz com o caminho que ela seguir? Qual é a diferença entre os dois textos?

André Ventura: "A Europa é um continente cristão e deve continuar a sê-lo"

 

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, assegurou hoje que os seus aliados europeus, entre os quais a Liga de Matteo Salvini, lutarão para impedir que Ursula von der Leyen continue à frente da Comissão Europeia.
"Lutaremos com todas as nossas forças para impedir um segundo mandato de Von der Leyen", disse Marine Le Pen numa mensagem de vídeo, citada pela agência Efe, direcionada à convenção do grupo Identidade e Democracia (ID), do qual faz parte o português Chega, representado por André Ventura.
A mensagem da líder nacionalista francesa incluiu críticas à atual primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, também de direita radical, mas cujo partido está integrado no grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus.
"Uma mensagem para Giorgia [Meloni]: Apoiará ou não um segundo mandato de Von der Leyen? Eu creio que sim", afiançou Marine Le Pen, aliada de Matteo Salvini, vice-presidente do Governo italiano e líder da Liga.
Dirigindo-se diretamente à chefe do Governo italiano, a líder da extrema-direita francesa acrescentou: "Deves a verdade aos italianos, tens de decidir o que farás. Na direita, o único candidato que se oporá a Von der Leyen é Matteo Salvini".
O grupo parlamentar europeu ID é um dos dois em que se encontram divididos a extrema-direita e os nacionalistas na UE, juntamente com os Conservadores e Reformistas Europeus, liderados por Meloni.
(Continua)

 

quarta-feira, 13 de março de 2024

Escritora Esther Mucznik denuncia "ofensas antissemitas" na mesa de voto

Esther Mucznik, que se dedica ao estudo de temas judaicos, vai apresentar queixa junto da Comissão Nacional de Eleições. Tudo aconteceu quando se preparava para exercer o direito de voto, no domingo, em Lisboa. Esther Mucznik, escritora e estudiosa de temas judaicos, mas também um dos principais rostos da comunidade israelita em Portugal, garante ter sido alvo de "ofensas antissemitas", no passado domingo (10 de março), numa assembleia de voto, em Lisboa.

Esther Mucznik conta ao portal religioso "7Margens" que tudo aconteceu quando entregou o cartão de cidadão a um dos membros da mesa de voto e este disse de imediato "Não gosto", referindo-se ao seu nome. "Não gosto do nome e dos massacres que andam para lá a fazer", disse a pessoa em questão, segundo a escritora.
A fundadora e presidente da Associação Memória e Ensino do Holocausto respondeu dizendo que é portuguesa – nasceu em Portugal há 77 anos – e que iria apresentar queixa junto da Comissão Nacional de Eleições e da Junta de Freguesia.
"Nunca me tinha acontecido uma coisa destas e nunca pensei que iria acontecer, muito menos nestas circunstâncias. Vim embora magoada e a pensar com que direito é que ele podia dizer o que disse… Se me pedirem para caracterizar o que ele disse e a forma como falou, não posso afirmar outra coisa senão que se tratou de uma manifestação de antissemitismo, e que isto pode ser considerado um crime de ódio", conta ao "7Margens".