segunda-feira, 8 de julho de 2024
Neto Valente: Professores dispensados da Escola Portuguesa de Macau (EPM) "não fazem falta"
sexta-feira, 5 de julho de 2024
PJ investiga violação de jovens nas festas de Felgueiras

Duas jovens, de 18 e 23 anos de idade, terão sido violadas, em Felgueiras, durante as festas de S. Pedro. O primeiro caso, com uma jovem de 23 anos, ocorreu na Rua Rebelo de Carvalho, cerca das 04 horas da madrugada de sábado. A violação terá sido perpretada por um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. A vítima foi pelos próprios meios ao Hospital de S. João no Porto.
O outro, com uma jovem de 18 anos, residente em Amarante, foi na Praça da República, pelas 03h53, avança o Correio da Manhã, e também envolveu um grupo de homens de nacionalidade estrangeira. Esta jovem foi assistida pelos Bombeiros de Felgueiras e levada ao hospital. A Polícia Judiciária está a investigar. Os homens ainda não foram identificados.
Felgueiras Diário
Data - Julho 4, 2024
quinta-feira, 4 de julho de 2024
Grupos de "estrangeiros" violam duas jovens em Felgueiras
A notícia é do Correio da Manhã de hoje. Em dois episódios diferentes, duas jovens, de 18 e 23 anos foram violadas por "um grupo de homens, de nacionalidade estrangeira". Os crimes aconteceram em plena via pública, nas duas noites do fim de semana das festas do concelho de Felgueiras em honra de S. Pedro.
Como é que as autoridades (e o Correio da Manhã...) sabiam que se tratava de um grupo de homens de nacionalidade estrangeira? Alguém viu os seus bilhetes de identidade? Ou será o caso de pessoas que se distinguem claramente, pelo seu aspecto físico e forma de vestir, como sendo cidadãos estrangeiros, sem ser necessário ver os seus bilhetes de identidade?
A partir destes dados e seguindo uma lógica óbvia, não será difícil calcular de que nacionalidade serão estes homens. Até porque as vítimas terão feito, às autoridades, uma descrição pormenorizada do aspecto e forma de vestir dos dois grupos de homens "de nacionalidade estrangeira". Esconder qual é a exactamente a sua nacionalidade e origem, como faz o Correio da Manhã, é politicamente correcto. Mas nunca se consegue esconder um elefante na sala...
Britânica revela que matou filho com cancro terminal

Mais de 40 anos após a morte do filho, Antonya Cooper, que se tornou ativista pela eutanásia, contou que matou o próprio filho. Antonya Cooper, uma mulher de Abingdon, Inglaterra, que tem lutado pelo direito à morte medicamente assistida, admitiu, recentemente, que administrou uma grande dose de morfina ao filho, com cancro terminal, para acabar com o seu sofrimento e "silenciosamente pôr fim à sua vida".
O caso aconteceu em 1981, mas só esta semana foi conhecido, depois de Antonya Cooper ter admitido o que fez numa entrevista à Radio Oxford, da BBC, como parte do seu esforço para mudar a legislação sobre a eutanásia.
A mulher, que tem 77 anos, e que também ela enfrenta um diagnóstico de doença terminal, lembrou que o filho, Hamish, então com 7 anos, tinha um neuroblastoma, um cancro raro em fase terminal, e sentia "muita dor".
A criança tinha apenas cinco anos quando foi diagnosticada com a doença e, inicialmente, foi-lhe dado um prognóstico de três meses de vida. Depois, passou por um tratamento oncológico "brutal" durante 16 meses no Great Ormond Street Hospital, em Londres, que acabou por prolongar a sua vida, mas não diminuiu o sofrimento.
"Na última noite de Hamish, quando ele disse que estava com muita dor, eu falei: 'Gostarias que eu acabasse com a dor?', e ele respondeu: 'Sim, por favor, mamã'", recordou Cooper. "E por meio do cateter de Hickman, dei-lhe uma grande dose de morfina que pôs fim silenciosamente à sua vida", admitiu.
Interrogada sobre se acreditava que o filho sabia que ela pretendia pôr termo à sua vida, respondeu: "Tenho uma forte sensação de que no momento em que o Hamish me disse que estava com dor, e me perguntou se eu poderia acabar com sua dor, ele sabia, ele sabia de alguma forma o que iria acontecer".
"Mas, obviamente, não posso dizer (...) mas eu era mãe dele, ele amava a mãe dele, e eu amava-o por completo, e não ia deixá-lo sofrer. Sinto que ele realmente sabia para onde estava a ir", acrescentou, frisando que "foi a coisa certa a fazer". "O meu filho estava a enfrentar o sofrimento mais terrível e a dor mais intensa, eu não iria permitir que ele passasse por isso", disse ainda, admitindo que entendia que estava a admitir um homicídio.
"Se eles vierem atrás de mim 43 anos depois de eu ter permitido que Hamish morresse pacificamente, então terei de enfrentar as consequências. Mas eles terão de ser rápidos, porque eu também estou a morrer", afirmou. Antonya Cooper explicou que o sofrimento do filho e os seus próprios problemas de saúde consolidaram o seu posicionamento face à morte medicamente assistida, que é ilegal em Inglaterra. Depois desta entrevista, a polícia confirmou que estava a "fazer investigações".
Notícias ao Minuto
quarta-feira, 3 de julho de 2024
Fundação EPM solicitou inspecção ao Ministro da Educação devido a irregularidades
“A notícia de que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) determinou à Inspecção-Geral da Educação e Ciência a abertura de um processo de averiguações é uma boa notícia e um bom começo de diligências, que certamente permitirão ao Ministério e da realidade da Escola, e dos problemas que é necessário resolver.”
Foi desta forma que o Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau (EPM) reagiu à notícia da abertura de um processo de averiguações à escola para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa de quatro professores e um técnico superior, num comunicado assinado pelo presidente do conselho Jorge Neto Valente.
O responsável vincou que pedira ao MECI, há cerca de um mês, uma inspecção integral ao “funcionamento da Escola de Macau (avaliação externa das escolas) a fim de serem investigadas situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. Jorge Neto Valente afirma que a fundação que gere a EPM tem insistido na necessidade da inspecção, “e não apenas uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”.
À espera de Lisboa
À medida que se aproxima o arranque de um novo ano lectivo, a demora do MECI na confirmação das autorizações das renovações de licenças especiais de professores, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação foi autorizada em Maio pelas autoridades da RAEM, “começa a preocupar os alunos da EPM, e os respectivos pais e encarregados de educação e, naturalmente, também os órgãos da EPM”, acrescenta o presidente do conselho de administração da Fundação da EPM.
Por fim, Jorge Neto Valente esclarece que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro docentes e de uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.
O responsável adianta ainda que os órgãos da EPM têm mantido reserva sobre tudo o que pode afectar a actividade da Escola, bem como a vida das pessoas a ela ligadas.
Aberto processo de averiguações à EPM

A Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu, a pedido do ministro da Educação de Portugal, um processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau (EPM) para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa dos docentes, noticiou a agência Lusa. Ontem à noite, a Fundação EPM indicou que foi a própria Fundação a solicitar a investigação ao Ministério da Educação português para que fossem averiguadas “situações irregulares” e “ilegalidades”.
O Governo português abriu um processo de averiguações para apurar o que levou à dispensa de quatro professores e um técnico superior na Escola Portuguesa de Macau (EPM), noticiou a Agência Lusa.
Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que o ministro da Educação português, Fernando Alexandre, solicitou a abertura de um processo para “apurar as circunstâncias e a forma como o director dispensou quatro docentes e um técnico superior”.
Durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação da EPM, que decorreu na quinta-feira passada, foram dadas instruções para que os professores e o técnico superior permaneçam na escola até à conclusão do processo de averiguações. “Caso seja apurado pela IGEC [Inspecção-Geral da Educação e Ciência] que não existiam fundamentos para a dispensa daqueles cinco trabalhadores, não será autorizada a sua substituição”, acrescenta a tutela.
FUNDAÇÃO EPM DIZ QUE INVESTIGAÇÃO ESTÁ A SER FEITA A SEU PEDIDO
Ontem à noite, a Fundação EPM divulgou um comunicado em que indica que a investigação está a ser feita a pedido da própria Fundação. Segundo a nota de imprensa, “há cerca de um mês, o presidente do conselho de administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau solicitou ao ministro da Educação, Ciência e Inovação a realização de uma inspecção integral ao funcionamento” da instituição de ensino.
O comunicado, assinado por Jorge Neto Valente, presidente da Fundação, diz que o objectivo era que fossem investigadas “situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. A nota não dá detalhes sobre estas alegadas ilegalidades.
“Desde então, em diversas oportunidades, quer o presidente do conselho de administração da Fundação, quer o próprio conselho, têm vindo a insistir na necessidade dessa inspecção e não apenas de uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”, lê-se no esclarecimento.
A Fundação descreve a abertura do processo de averiguações por parte do Ministério português como “uma boa notícia e um bom começo de diligências que certamente permitirão ao Ministério aperceber-se da realidade da escola e dos problemas que é necessário resolver”.
A Fundação aproveita para dizer que continua a aguardar a confirmação, por parte do Ministério da Educação português, de que serão autorizadas a renovação das licenças especiais dos professores que as solicitaram e que a escola pretende ver renovadas, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação já foi autorizada em Maio último pelas autoridades da RAEM e que visam preencher vagas deixadas por docentes que manifestaram vontade de deixar a escola. A demora do Ministério “começa a preocupar os alunos da EPM e os respectivos pais e encarregados de educação; e, naturalmente, também os órgãos da EPM”.
Por fim, na nota de imprensa, Neto Valente reitera que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro professores e uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.
Recorde-se que, no final de Maio, a direcção da EPM comunicou a cinco professores e a uma técnica da instituição – cinco deles em Macau ao abrigo de uma licença especial de Portugal – que não ia renovar o vínculo laboral para o próximo ano lectivo, alegando motivos de gestão. Só no departamento de Português da EPM, três professores viram o contrato terminado, todos detentores de bilhete de residente permanente.
Uma das docentes dispensadas foi Alexandra Domingues, também representante dos professores junto do Conselho de Administração, e que dava aulas no território há 33 anos, estando ligada à EPM quase desde o seu início. A sua dispensa fez com que circulasse na internet uma petição pela sua continuidade na escola, reunindo mais de um milhar de assinaturas.
Acácio de Brito, director da instituição desde Dezembro do ano passado, assegurou depois que a EPM já tinha autorização da parte do Ministério da Educação de Portugal para contratar docentes em substituição daqueles que tinham sido dispensados. No entanto, o Governo português indicou à TDM Canal Macau que não foi dada autorização para a contratação de docentes para a EPM em substituição dos que foram afastados.
A polémica adensou-se quando começou a circular a informação de que os professores que a direcção da EPM queria contratar para substituir os dispensados seriam amigos de Acácio de Brito e de Alexandre Leitão, cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A denúncia foi feita pela secção de Macau do Partido Social Democrata (PSD). Jorge Neto Valente, presidente do Conselho de Administração da Fundação EPM, tinha anteriormente garantido que não seriam contratados amigos pessoais do director.
A Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu, a pedido do ministro da Educação de Portugal, um processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau (EPM) para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa dos docentes, noticiou a agência Lusa. Ontem à noite, a Fundação EPM indicou que foi a própria Fundação a solicitar a investigação ao Ministério da Educação português para que fossem averiguadas “situações irregulares” e “ilegalidades”.
O Governo português abriu um processo de averiguações para apurar o que levou à dispensa de quatro professores e um técnico superior na Escola Portuguesa de Macau (EPM), noticiou a Agência Lusa.
Em comunicado enviado à Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que o ministro da Educação português, Fernando Alexandre, solicitou a abertura de um processo para “apurar as circunstâncias e a forma como o director dispensou quatro docentes e um técnico superior”.
Durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação da EPM, que decorreu na quinta-feira passada, foram dadas instruções para que os professores e o técnico superior permaneçam na escola até à conclusão do processo de averiguações. “Caso seja apurado pela IGEC [Inspecção-Geral da Educação e Ciência] que não existiam fundamentos para a dispensa daqueles cinco trabalhadores, não será autorizada a sua substituição”, acrescenta a tutela.
FUNDAÇÃO EPM DIZ QUE INVESTIGAÇÃO ESTÁ A SER FEITA A SEU PEDIDO
Ontem à noite, a Fundação EPM divulgou um comunicado em que indica que a investigação está a ser feita a pedido da própria Fundação. Segundo a nota de imprensa, “há cerca de um mês, o presidente do conselho de administração da Fundação Escola Portuguesa de Macau solicitou ao ministro da Educação, Ciência e Inovação a realização de uma inspecção integral ao funcionamento” da instituição de ensino.
O comunicado, assinado por Jorge Neto Valente, presidente da Fundação, diz que o objectivo era que fossem investigadas “situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. A nota não dá detalhes sobre estas alegadas ilegalidades.
“Desde então, em diversas oportunidades, quer o presidente do conselho de administração da Fundação, quer o próprio conselho, têm vindo a insistir na necessidade dessa inspecção e não apenas de uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”, lê-se no esclarecimento.
A Fundação descreve a abertura do processo de averiguações por parte do Ministério português como “uma boa notícia e um bom começo de diligências que certamente permitirão ao Ministério aperceber-se da realidade da escola e dos problemas que é necessário resolver”.
A Fundação aproveita para dizer que continua a aguardar a confirmação, por parte do Ministério da Educação português, de que serão autorizadas a renovação das licenças especiais dos professores que as solicitaram e que a escola pretende ver renovadas, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação já foi autorizada em Maio último pelas autoridades da RAEM e que visam preencher vagas deixadas por docentes que manifestaram vontade de deixar a escola. A demora do Ministério “começa a preocupar os alunos da EPM e os respectivos pais e encarregados de educação; e, naturalmente, também os órgãos da EPM”.
Por fim, na nota de imprensa, Neto Valente reitera que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro professores e uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”.
Recorde-se que, no final de Maio, a direcção da EPM comunicou a cinco professores e a uma técnica da instituição – cinco deles em Macau ao abrigo de uma licença especial de Portugal – que não ia renovar o vínculo laboral para o próximo ano lectivo, alegando motivos de gestão. Só no departamento de Português da EPM, três professores viram o contrato terminado, todos detentores de bilhete de residente permanente.
Uma das docentes dispensadas foi Alexandra Domingues, também representante dos professores junto do Conselho de Administração, e que dava aulas no território há 33 anos, estando ligada à EPM quase desde o seu início. A sua dispensa fez com que circulasse na internet uma petição pela sua continuidade na escola, reunindo mais de um milhar de assinaturas.
Acácio de Brito, director da instituição desde Dezembro do ano passado, assegurou depois que a EPM já tinha autorização da parte do Ministério da Educação de Portugal para contratar docentes em substituição daqueles que tinham sido dispensados. No entanto, o Governo português indicou à TDM Canal Macau que não foi dada autorização para a contratação de docentes para a EPM em substituição dos que foram afastados.
A polémica adensou-se quando começou a circular a informação de que os professores que a direcção da EPM queria contratar para substituir os dispensados seriam amigos de Acácio de Brito e de Alexandre Leitão, cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A denúncia foi feita pela secção de Macau do Partido Social Democrata (PSD). Jorge Neto Valente, presidente do Conselho de Administração da Fundação EPM, tinha anteriormente garantido que não seriam contratados amigos pessoais do director.
André Vinagre - Ponto Final - 1 de Julho de 2024
segunda-feira, 1 de julho de 2024
Diário do Minho - Crónica de Acácio Azevedo de Brito - "OUTRO PONTO DE VISTA…"

Este é o meu momento de regresso, a Portugal, a Bracara Augusta e ao nosso Diário do Minho.
Em Díli, Timor-Leste, desde 2015, oito anos cumpridos, chegou o momento para voltar ao meu métier/mister, regressar à minha casa mãe, à Inspeção-Geral da Educação e Ciência exercendo as funções profissionais de Inspetor da Educação e Ciência e regressar à colaboração com o nosso Diário do Minho, com a crónica “Outro Ponto de Vista”, espaço de reflexão e intervenção cívica.
Este intróito, necessário, complementa o que pretendo testemunhar. O tempo em Timor-Leste, considero, os anos mais ricos da minha vida pessoal e profissional. Aprendi, escutando e vivenciando uma outra realidade. Se na qualidade profissional de inspetor tinha uma visão de Escola, diferente, hoje vejo-a numa perspetiva mais holística.
Perscruto, interiormente, ganhei qualidades humanas, a que devo a esta minha experiência profissional, pessoal e humana! Ao correr da pena… Cumprimento integral do compromisso firmado na Carta de Missão de setembro de 2015, elaborado por força dos normativos legais a quem é nomeado para cargos de dirigentes superiores.
(Continua)
Camarate: Lee Rodrigues disse a Acácio Brito ter colocado bomba no avião

O advogado Acácio Brito relatou, esta quinta-feira, na comissão de Camarate que Lee Rodrigues lhe disse ter sido o operacional que colocou um engenho explosivo no avião que se despenhou em 1980, para matar Adelino Amaro da Costa. A conversa entre Acácio Brito e Lee Rodrigues aconteceu em dezembro de 1998, em São Paulo, no Brasil, após uma festa em que ambos foram apresentados por um familiar de Acácio Brito de quem Lee Rodrigues era cliente, contou o advogado à comissão parlamentar de inquérito ao caso Camarate.
"Contou-me que foi ele o homem responsável, o operacional, que colocou o engenho no avião que vitimou o ministro da Defesa", afirmou Acácio Brito, referindo que Lee Rodrigues lhe disse "que o objetivo era o ministro da Defesa", o democrata-cristão Adelino Amaro da Costa. "Assumiu sempre que o fez sozinho", disse Acácio Brito, especificando que Lee Rodrigues lhe disse que "executou a operação porque o mandaram executar", sem nomear os alegados mandantes.
Acácio Brito, que já havia sido testemunha noutra comissão de inquérito aos acontecimentos de Camarate, mas, nessa altura, ao abrigo de um programa de proteção de testemunhas, disse que o homem se identificou nessa altura como Jorge. Posteriormente, o advogado das famílias das vítimas, Ricardo Sá Fernandes, mostrou a Acácio Brito uma fotografia de Lee Rodrigues e comprovou que era a mesma pessoa.
"Tive a certeza que era ele quando vi uma foto mostrada pelo doutor Ricardo Sá Fernandes", afirmou Acácio Brito perante a comissão. Acácio Brito contou que Lee Rodrigues lhe disse que vinha a Portugal ver a mãe e que "entrava por Lisboa", referindo ter "proteção", sem dizer de quem. Lee Rodrigues disse-lhe ainda que a partir de 1999/2000 poderia voltar a Portugal porque a situação estaria "resolvida", com a prescrição do alegado crime, disse Acácio Brito.
Acácio Brito disse igualmente que Lee Rodrigues se referiu em tom "desrespeitoso" às comissões de inquérito em que havia sido chamado a depor. Acácio Brito é militante do CDS-PP e nessa condição conheceu o deputado e ex-líder daquele partido José Ribeiro e Castro, num jantar de militantes em Braga, em que "o tema de Camarate veio à baila", conforme recordou o próprio Ribeiro e Castro, que tem assento na comissão.
Posteriormente, Acácio Brito encontrou-se com Ricardo Sá Fernandes, que lhe mostra a fotografia de Lee Rodrigues. A 10.ª comissão de inquérito ao caso Camarate visa averiguar as "causas e circunstâncias em que, no dia 04 de dezembro de 1980, ocorreu a morte do primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, do ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, e dos seus acompanhantes".
Jornal de Notícias (06 junho, 2013 às 22:29)
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As ideias do putativo nomeado eram conhecidas. Estão, aliás, na blogosfera. Exemplos? Para Vitório, Aristides Sousa Mendes, o cônsul que “al...
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PAULO REIS Conheci o T. numa noite de copos, no Bairro Alto. Era polícia à paisana, dedicado essencialmente ao combate ao tráfico de drog...
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Conheci o T. numa noite de copos, no Bairro Alto. Era polícia à paisana, dedicado essencialmente ao combate ao tráfico de droga. Na mesa e...

