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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O espelho cruel de Gaza: a esquerda europeia perante o islamismo

 

O antissionismo, envolto em linguagem progressista e apelos humanitários, surge como nova máscara de antigas formas de antissemitismo. Sob o pretexto da justiça social, ressurgem temas de perseguição e culpabilização do povo judeu, agora adaptados ao discurso político contemporâneo.

João Maurício Brás - Sol
15 de Outubro 2025

Num cartoon recente surge uma figura facilmente reconhecível como expressão do Hamas ou, em sentido mais amplo, do radicalismo islâmico. Segura um palestiniano num braço e um judeu no outro. Perante o anúncio de um cessar-fogo em Gaza, pergunta: «É para libertar os reféns judeus ou os reféns palestinianos?»

Os reféns israelitas, os ainda vivos, porque muitos foram brutalmente assassinados pelo Hamas, especialmente mulheres, começam finalmente a ser libertados. E, no entanto, continua por resolver uma questão ainda mais trágica: quando será verdadeiramente liberto o povo palestiniano, refém do próprio Hamas, do Irão e do ódio antissemita que o instrumentaliza? Após a retirada do exército israelita de certas zonas de Gaza, o Hamas iniciou uma nova vaga de execuções contra palestinianos considerados desobedientes aos seus ditames. O cartoon acerta, assim, numa das verdades fundamentais e frequentemente esquecidas deste conflito: os principais reféns do terrorismo islâmico antissemita são, muitas vezes, os próprios palestinianos.

Há, porém, uma segunda questão, igualmente inquietante: a coexistência cada vez mais visível entre a esquerda ocidental e este islamismo.

O massacre de 7 de outubro e o subsequente recrudescimento do conflito israelo-palestiniano revelaram o verdadeiro rosto da esquerda europeia contemporânea. Incapaz de pensar a tragédia fora do seu velho esquema ideológico de opressor e oprimido, grande parte dessa esquerda projetou sobre o Médio Oriente a sua grelha moral maniqueísta, onde Israel encarna o papel de colonizador e os palestinianos o de vítima absoluta. 

Essa leitura simplificadora, que confunde moral com ressentimento, expôs a falência ética e intelectual de uma tradição política que outrora se afirmava racional e universalista. A defesa automática de qualquer causa antiocidental, mesmo quando animada por um fanatismo teocrático e homicida, tornou-se reflexo condicionado de uma esquerda que já não distingue a crítica legítima do ódio civilizacional. 

O conflito mostrou, assim, uma esquerda europeia sem bússola moral, disposta a relativizar o terror em nome da sua velha mitologia revolucionária e do seu instinto pavloviano de oposição ao Ocidente. Como lembra Nora Bussigny, o antissemitismo mudou de aparência, mas permanece o mesmo tanto na extrema-direita como na extrema-esquerda.

Nos últimos meses surgiram dois livros notáveis sobre esta relação entre a esquerda radical e o islamismo político: Les Nouveaux Antisémites, de Nora Bussigny, e Les Complices du Mal, de Omar Youssef Souleimane. Ambos resultam de investigações diretas em ambientes de extrema-esquerda, em França, na Bélgica e até em universidades norte-americanas, procurando compreender como os acontecimentos de 7 de outubro desencadearam uma nova vaga de antissemitismo disfarçado de crítica à política de Israel.

No livro de Bussigny, revela-se com clareza como discursos progressistas, fundados na pretensão de superioridade moral, degeneraram em retórica de ódio e desumanização. A autora mostra como uma certa esquerda, que se apresenta como vítima de perseguições, se tornou ela própria veículo de intolerância, impondo uma visão maniqueísta do mundo em que o “outro”, seja o fascista imaginário ou o judeu real é sistematicamente desumanizado. “O ódio ao judeu une os islamitas e os militantes LGBT nos meios da extrema-esquerda”, escreve Bussigny. A amplitude geográfica e social da sua investigação confere ao estudo um valor comparativo raro, revelando um mesmo fundo ideológico de hostilidade identitária.

O antissionismo, envolto em linguagem progressista e apelos humanitários, surge como nova máscara de antigas formas de antissemitismo. Sob o pretexto da justiça social, ressurgem temas de perseguição e culpabilização do povo judeu, agora adaptados ao discurso político contemporâneo. Bussigny demonstra como certas narrativas de emancipação facilmente descambam em retóricas de ódio e alerta para a necessidade urgente de reafirmar a fronteira moral entre a crítica legítima e a desumanização do outro. O seu livro é essencial para compreender uma das tensões morais mais inquietantes da Europa atual: a transformação de parte da esquerda em portadora de um novo moralismo persecutório.

Por sua vez, Les Complices du Mal, do poeta e jornalista sírio Omar Youssef Souleimane, aprofunda esta denúncia a partir de uma perspetiva pessoal e trágica. Tendo vivido sob um regime totalitário, o autor reconhece na França contemporânea os sinais de uma aliança perversa entre a extrema-esquerda, sobretudo a La France Insoumise (LFI), e os movimentos do islamismo político. Essa aliança, construída em nome do anticolonialismo, da causa palestiniana e da luta contra o racismo, degenerou, segundo Souleimane, em cumplicidade com discursos sectários, misóginos e abertamente antissemitas.

A partir de observações diretas em manifestações e reuniões, Souleimane descreve um ambiente de confusão moral em que o combate ao imperialismo e à islamofobia serve de escudo para justificar a tolerância a formas explícitas de ódio e a rejeição da laicidade republicana. “A LFI e Rima Hassan encarnam o ódio à França, ao tolerarem formas explícitas de ódio e ao rejeitarem a laicidade republicana”, acusa o autor numa entrevista recente. A esquerda francesa, paradoxalmente, surge-lhe cada vez mais inimiga da liberdade e da razão crítica. As reações que o livro provocou, incluindo acusações de difamação vindas da própria esquerda, apenas confirmam o incómodo que causa ao questionar os limites da tolerância e os riscos do relativismo moral.

(Continua)

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Dois grupos terroristas nacionais apoiantes do Hamas e defensores do extermínio dos judeus, à boa maneira de Hitler


Dois gupos terroristas em Portugal, defensores do Hamas:
 
"Coletivo pela Libertação da Palestina" (Facebook - https://www.facebook.com/profile.php?id=61569842186478&sk=mentions
 
"Guilhotina.info ("7 de Outubro: Glória aos mártires da resistência palestiniana!") https://guilhotina.info/2025/10/06/7outubro-gloria-martires/
 
Ambos são apoiantes do Hamas e partidários do extermínio dos judeus
 
Já  visitei as duas páginas (depois de "denunciarem" a Sofia Ferreira como autora) e são páginas de dois grupos activos, com muitas imagens das suas "ações" e dos seus "ataques" - todos cobardemente feitos aqui, em Portugal, onde não correm nenhum risco de apanhar umas cacetadas, muito menos um balázio. Fossem homens (e mulheres) a sério, estavam agora em Gaza com uma Kalashnikov ou uma M-16 na mão, a mostrar que não são uns "betinhos" tipo "Esquerda-Caviar" como a Mortágua. Essa, pelo menos, deixou-se prender pelos israelitas. Vocês nem tiveram coragem para isso. Vai umas manif's. seguidas de umas "jolas" e uma "pedra" ( ou "pipoca", como alguns agarrados lhe chamam) e ficam satisfeitos. Depois, voltam para casa dos papás, com o coração cheio pela interminável luta que travam, nas ruas do Bairro Alto, pela causa (?) palestiniana. 
 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Os muçulmanos estão proibidos de ter amigos judeus ou cristãos...

 



"(...) Allah forbids His believing servants from having Jews and Christians as friends, because they are the enemies of Islam and its people, may Allah curse them. Allah then states that they are friends of each other and He gives a warning threat to those who do this (…) O you who believe! Take not the Jews and the Christians as friends… (…) (And you see those in whose hearts there is a disease...) A disease of doubt, hesitation and hypocrisy." (…) - A tafsir for the group of verses 5:51 to 5:53 (*)

"(...) "And kill them wherever you overtake them and expel them from wherever they have expelled you, for persecution is worse than slaughter. But do not fight them at al-Masjid al-Haram until they fight you there. But if they fight you, then kill them. Such is the recompense of the disbelievers." Surah Al-Baqara 191

"(...) Allah's Messenger (ﷺ) said, "The Hour will not be established until you fight with the Jews, and the stone behind which a Jew will be hiding will say. "O Muslim! There is a Jew hiding behind me, so kill him.(...)" Vol. 4, Book 52, Hadith 177

(*) afsir (تفسير) in Islam is the term for the exegesis or interpretation of the Quran, the religion's holy book. It is a complex academic process used to unveil the meanings, wisdom, and intended messages of the words of Allah, utilizing various Islamic sciences such as linguistics, theology, and history. The term comes from the Arabic root "fassara," which means to explain or clarify.




segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A estranha (e suicida) aliança entre esquerdistas e imigrantes muçulmanos

 


A forma mais visível de nos apercebermos da distorção mental do Esquerdismo é a sua posição em relação à imigração. Slogans como o que este cidadão indiano, de religião Sikh, ostentava numa das recentes manifestações de imigrantes, aqui em Lisboa, são uma cópia perfeita do elucidário da dita Esquerda: não há ilegais, somos todos ilegais, bem-vindos refugiados e o supra-sumo de todos os cartazes já paridos por esses seres dementes:

 

A política de António Costa, ao abrir completamente as portas à imigração, transformou este país, para as próximas décadas. O largo número de brasileiros é mais do que bem-vindo. Têm a mesma cultura, falam a mesma língua e integram-se com toda a facilidade.

O maior problema da imigração autorizada pelo homem demitido por um parágrafo terá a ver, em pouco mais de cinco anos, com a imigração indostânica, uma fatia substancial da imigração. Na sua larga maioria provenientes do Bangladesh e do Paquistão, são muçulmanos na quase totalidade. As mudanças que esses imigrantes trarão ao tecido social deste país já começam a ser visíveis. Sinais do que estará para vir são os escândalos das residências onde estão registados 600 moradores ou as empresas de vão-de-escada que têm 700 ou 800 trabalhadores. 

O "modus operandi" dos muçulmanos, na "conquista" dos países ocidentais, tem duas fases distintas: uma primeira implantação, aparentemente pacífica e com a integração como objectivo externo - para inglês ver, como se diz. À medida que o seu número aumenta, têm a tendência de "colonizar" bairros específicos, quase sempre zonas onde já existam lugares de culto ou mesquitas (Martim Moniz é o melhor exemplo) ou localidades onde funcionem empresas de mão-de-obra intensiva, como as zonas de estufas no Sudoeste Alentejano. 

 


Mal o seu número atinja um "valor crítico", alteram a sua política e passam à segunda fase: a conquista e o domínio, nas zonas onde se concentram. A cidade de Londres é um exemplo claro dessa estratégia. Embora os muçulmanos sejam apenas 15 % dos habitantes da capital inglesa, conseguiram eleger para presidente da câmara um muçulmano - graças à concentração de votos no seu candidato. 

Por cá, a principal campanha de domínio dos muçulmanos passa actualmente pela construção de uma mesquita na zona do Martim Moniz - que será seguramente rejeitada, por contribuir para uma completa descaracterização daquela zona turística, uma das mais tradicionais de Lisboa e que já sofre com a proliferação de lojas de souvenirs, sem clientes e com rendas de 5 mil euros.

A atitude dos portugueses, especialmente da classe política (*), é aquilo que se designa pela aceitação da condição de dhimmi, pagando uma taxa chamada jizya. Em termos concretos, é a aceitação, por parte dos muçulmanos, que os cristão e judeus vivam em territórios por eles dominados, pagando essa taxa e usufruindo de menos direitos do que os muçulmanos.  

A ocupação da praça do Martim Moniz, na oração de fecho do Ramadão, é o principal símbolo, hoje em dia, daquilo que é já uma demonstrações de força dos muçulmanos. Uma questão óbvia, aqui, é muito simples: onde rezam os milhares de muçulmanos que usam a praça Martim Moniz, nas outras sextas-feiras do ano? Porque razão utilizam aquela praça, quando poderiam - se fosse uma questão de espaço, utilizar o Terreiro do Paço? 

A explicação é simples: Martim Moniz é um herói - mítico ou não - da conquista do castelo de S.Jorge aos mouros. Que melhor demonstração de força do que ocupar essa praça com aqueles que professam a mesma religião dos que foram derrotados em 1147? Por todo o país, nesta segunda fase de conquista, estão a surgir escolas islâmicas e madrassas, escolas religiosas. As tentativas de construção de mesquitas têm sofrido alguns percalços, como aconteceu em Samora Correia, onde a população em peso se manifestou contra essa hipótese.

Mas em Odivelas, por exemplo, um número substancial de escolas já serve refeições "halal", confeccionadas à maneira islâmica, por exigência dos pais dos alunos e submissão das autarquias, mais acentuada com a época de eleições que se aproxima. A pouco e pouco, nas zonas dominadas por muçulmanos ter-se-á a sensação de estar não em Portugal, mas no Paquistão ou no Bangladesh. Essas zonas passarão a ser "no-go" zones para as mulheres ocidentais, por exemplo, um fenómeno que já hoje é comum nas principais capitais europeias. 

Discretamente, outras forças islâmicas se movem em Portugal: os Tablighi Jaamat e as células da Irmandade Muçulmana. Os primeiros são uma espécie de "testemunhas de Jeová" do islamismo, visitando a casa dos crentes, para estarem certos de que seguem à risca os princípios da doutrina islâmica. Por exemplo, verificam se há ou não uma televisão nessas casas - algo que é completamente proibido. 

Mas o "rigoroso tradicionalismo, dos Tablighi Jaamat, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa (...) um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", salienta Abdool Karim Vakil (Filho), numa investigação intitulada “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades. Hoje em dia, ainda segundo Abdul Karim Vakil, os Tablighi Jaamat são "a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal".

 Em alguns países, as organizações filiadas na Irmandade Muçulmana são vistas como atores legítimos e parceiras do governo, no diálogo sobre as comunidades muçulmanas. No entanto, muitos serviços de secretos e governos (em países como a França, a Alemanha e a Áustria) veem a Irmandade com desconfiança. As críticas focam-se em acusações de a Irmandade Muçulmana ter uma agenda oculta e que a sua fachada de "moderação" esconde uma ideologia mais radical, com o objetivo final de promover uma separação social e política em vez de uma verdadeira integração. A Irmandade Muçulmana, que luta para estabelecer a "sharia" como base dos estados e das sociedades, é considerada a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, que, a partir de cisões, deu origem a grupos mais violentos como o Hamas e a al-Qaeda.

A Irmandade Muçulmana promove uma ideologia  com uma interpretação conservadora e por vezes fundamentalista do Islão, o que pode entrar em conflito com os valores europeus, como a igualdade de género e a liberdade individual. É ponto assente que a Irmandade Muçulmana, em países europeus, funciona como uma rede de influência social e política, operando dentro do quadro legal e democrático. No entanto, a sua presença e os seus objetivos a longo prazo continuam a ser um ponto de discórdia entre os defensores da integração e os que alertam para os riscos de uma ideologia vista como separatista e antagónica aos valores liberais europeus.

Com "Gemini" 


(*) Uma das chamadas "cerimónias ecuménicas" mais ridículas foi protagonizada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se ajoelhou como se estivesse a rezar, numa visita à Mesquita de Lisboa. Curiosamente, embora haja notícias várias de cerimónias deste género, até hoje nunca houve uma "cerimónia ecuménica" que tivesse lugar numa igreja, com a presença do xeque David Munir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 21 de setembro de 2025

"Será que os judeus são dotados de humanidade?"

 

 

 

Uma breve passagem de um artigo publicado numa revista islâmica editada em Portugal, a Al-Furqán, dirigida em 1988 pelo sr. Yossuf Adamgy,: "Será que os judeus são dotados de humanidade? (...) O judeu não possui boas qualidades; não conhece a misericórdia, nem a simpatia; odeia toda a gente que não seja judeu (…) está demonstrado que as qualidades dos judeus são desumanas (..)” acrescenta o artigo.

Na mesma revista, edição nº 41, correspondente aos meses de Janeiro/Fevereiro de 1988, pode ler-se um artigo assinado pelo Xeque Aminuddin Mohamad, que foi conselheiro espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa, onde se conclui que "os judeus propriamente ditos não são seres humanos." O artigo refere ainda que “(...) os judeus são inimigos de todos aqueles que não o são”, e procuram fazer-lhes todo o mal possível, concluindo com um rasgado elogio a Hitler: “Talvez tenha sido por isso que Hitler quis aniquilar este maldito povo”.

 

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CHARLIE KIRK FOI ASSASSINADO A FAZER O QUE MAIS GOSTAVA

 


Foi a meio de uma troca de argumentos que o activista conservador norte-americano Charlie Kirk, expoente do movimento MAGA nas redes sociais e nos campus universitários, foi assassinado a tiro, a meio de um debate numa universidade do estado do Utah. Tinha 31 anos, milhões de seguidores e um genuíno gosto pela retórica como forma de alterar percepções alheias.
No vídeo partilhado pela CNN, que mostra o momento da morte de Charlie Kirk, mais uma vez rodeado por uma multidão de apoiantes e de detractores, ouve-se um elemento da plateia a questionar a sua tese de que existe uma correlação entre a mudança de género e a propensão para matar. 
 
“Sabes quantos transexuais americanos fizeram tiroteios em massa [conceito que envolve quatro ou mais vítimas mortais] nos últimos dez anos?”, inquiriu o interlocutor, ouvindo “demasiados” como resposta do homem que dedicou boa parte do ano passado a percorrer os Estados Unidos para convencer jovens a votarem num multimilionário septuagenário chamado Donald Trump. 
 
Ainda teve tempo para ouvir o seu adversário daquele instante, sem imaginar que seria o último da coleção de “liberais” que vão servindo de actores e actrizes secundários dos seus vídeos, informar que foram apenas cinco e perguntar-lhe se sabia quantos americanos tinham realizado tiroteios em massa na última década.
“Contando ou não com violência de gangues?”, perguntou Kirk, adivinhando-se a expressão que terá feito, de microfone na mão, ao procurar reduzir o universo dos tiroteios em massa, para que cinco não parecessem tão estatisticamente insignificantes. 
 
Foram as suas últimas palavras. No vídeo da CNN, a mesma que o atacava tanto quanto os canais conservadores o defendiam, ouve-se o barulho do disparo que lhe acertou no pescoço, com outras imagens a mostrarem o crime de forma bem mais gráfica. Horas depois de Donald Trump apelar a que rezassem por um dos apoiantes mais empenhados na sua vitória sobre Kamala Harris, seria o próprio presidente norte-americano a anunciar a morte que já parecia inevitável.
 
Estrela das redes sociais, Charlie Kirk tinha a coragem de entrar em campus universitários teoricamente bem mais hostis do que aquele em que houve quem disparasse primeiro e fizesse as perguntas nunca. Pelo contrário, nos seus vídeos, onde recusava o pagamento de reparações aos negros norte-americanos ou zurzia a ideia de que os transexuais podiam competir em desportos femininos, mas também defendia o direito à posse de armas consagrado na Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, tinha a prática de indicar aos seus apoiantes para deixarem falar quem o punha em causa, silenciando vaias e apupos. 
 
Certamente por querer que os interlocutores se afogassem no seu próprio wokismo e na pura e simples impreparação, mas também pelo gosto de refutar as ideias contrárias com argumentos, mesmo que não raras vezes enviesados e questionáveis. Dele se pode dizer que nunca puxou de uma pistola para calar ninguém, ao contrário do que lhe sucedeu naquela terra da liberdade onde universitários judeus podem ser perseguidos e agredidos por colegas partidários assumidos de organizações terroristas. 
 
Algo está profundamente errado na incapacidade profunda, com ou sem o gatilho nas mãos, de aceitar que ideias contrárias sejam sequer pronunciadas. E pior ficou após o assassinato de alguém que gostava de convencer os outros com as suas palavras. E que morreu, aos 31 anos, deixando viuva e dois órfãos, muito menos devido à Segunda Emenda do que à miséria de haver gente que não tem nenhuma emenda
 
(Roubado ao Leonardo Ralha) 
 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Cardeal Patriarca de Lisboa advertiu portuguesas que casar com muçulmanos acarreta um "monte de sarilhos"

 

«Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, é meter-se num monte de sarilhos». A organização muçulmana portuguesa Al Furqán acaba de publicar um livro que pretende esclarecer as declarações do Cardeal Patriarca de Lisboa sobre o casamento com muçulmanos, proferidas em Janeiro na Figueira da Foz, noticia a Lusa. «É um esclarecimento da comunidade muçulmana. É uma opinião para esclarecer e não para atacar o Cardeal», disse à agência Lusa Yiossuf Adamgy, director da Al Furqán e autor do livro «Muçulmanos esclarecem o cardeal D. José Policarpo».

«Acredito que vou receber uma nota do próprio cardeal a dizer-me que o esclarecimento foi útil», referiu o autor, que enviou um exemplar a D. José Policarpo. Numa tertúlia realizada a 13 de Janeiro na Figueira da Foz, o Cardeal Patriarca de Lisboa advertiu as jovens portuguesas que casar com muçulmanos acarreta um «monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam».

A 18 de Fevereiro, o cardeal D. José Saraiva Martins voltou a falar no assunto, aconselhando «muita cautela e prudência» às mulheres católicas que pensem casar com muçulmanos. Ao optar por escrever um livro, o director da Al Furqán disse que foi de encontro «ao que o próprio Cardeal Patriarca disse, que os cristãos precisam de saber o bê-a-bá do Alcorão».

Destinado a muçulmanos e não-muçulmanos, o livro coloca lado a lado o que dizem a Bíblia e o Corão sobre a natureza feminina, o papel da mulher, o casamento, o uso de véu, a poligamia e o incesto. «As pessoas, crentes no Cristianismo ou no Islão, não têm oportunidade de ler devidamente o Alcorão e a Bíblia», opinou o autor, que espera que o livro ajude à compreensão do que é o Islamismo. «Cada um depois tira as ilações que quiser», disse.

Reforçando a ideia de abertura e diálogo entre as duas religiões em Portugal, Yiossuf Adamgy escreve no livro que, de facto, o casamento pode vir a ser «um monte de sarilhos», seja para católicos seja para muçulmanos, «sobretudo quando não há tolerância, paciência e bom senso». A Al Furqán é uma organização islâmica independente, fundada em 1981, que se dedica ao estudo e divulgação de estudos islâmicos em Portugal.
  

PS: Yiossuf Adamgy, o autor deste livro, era uma personalidade bem conhecida da comunidade islâmica portuguesa, na qualidade de editor de uma revista islâmica em língua portuguesa, a Ai-Furqán. Numa das edições dessa revista, em 1988 a única revista islâmica portuguesa, a Al-Furqán, publicava um artigo afirmando que "os judeus propriamente ditos não são seres humanos." No mesmo artigo, fazia-se um rasgado elogio a Hitler: “Os judeus são inimigos de todos aqueles que não o são, e procuram fazer-lhes todo o mal possível. Talvez tenha sido por isso que Hitler quis aniquilar este maldito povo”. Como pormenor curioso, o autor do artigo era o xeque Aminuddin Mohamad, na altura conselheiro espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa e tinha uma chamada de primeira página Al-Furqán: "Será que os judeus são dotados de humanidade?"

 


domingo, 10 de agosto de 2025

Um presidente sem espinha, sem orgulho e sem sentido de estado

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa, vergonhosamente ajoelhado, numa visita à mesquita de Lisboa. A atitude do Presidente da República é difícil de classificar. Do seu lado esquerdo vemos o lobo em pele de cordeiro, o xeque Munir. 

Nunca vimos uma visita do xeque Munir a uma igreja, o que nos traria uma prova insofismável de que o ecumenismo não dá só para um lado. A isto chama-se, em português, cobardia. 

Em árabe, designa-se por Dhimmi, a submissão dos não muçulmanos, mediante o pagamento de uma taxa. Desta forma, os muçulmanos poupavam a vida aos cristãos e judeus, que, no entanto viviam com direitos cerceados, reduzidos em relação aos muçulmanos.

sábado, 9 de agosto de 2025

OS BÁRBAROS QUE A ESQUERDA CONVIDA PARA JANTAR

 

Há quase 30 anos, Samuel Huntington apontava aquilo que poucos quiseram ver e que muitos continuam hoje a negar: o mundo não se organiza em torno de ideologias, nem sequer de geografias, mas de civilizações. E entre essas civilizações, a islâmica destaca-se pela persistente propensão ao conflito. Do Líbano a Xinjiang, de Gaza  à Caxemira, da Bósnia ao Darfur, o padrão repete-se com teimosia homicida.
O islamismo é o sintoma e o mecanismo. 

Uma ideologia totalitária com roupagem religiosa, uma teocracia aspiracional que sonha com um califado planetário. Não, não se trata de uma religião como as outras. E não, não se trata de um punhado de radicais a desvirtuar uma fé pacífica. 
O islamismo é o corpo doutrinário que transforma a submissão (literalmente: Islão) num imperativo civilizacional. Um sistema fechado que regula tudo, da forma como se reza ao modo como se apedrejam mulheres.

É totalitário como o nazismo e o comunismo, mas mais resiliente porque se escuda na imunidade religiosa e se alimenta de uma demografia em expansão. A sua visão do mundo é binária: o dar-al-Islam (terra do Islão) e o dar-al-Harb (terra da guerra). Está tudo dito.
Perante isto, a Europa afaga-lhe a barba. E entrega-lhe as chaves de casa. Comissão Europeia, universidades, sindicatos, ONGs, partidos e parlamentos: todos dobrados perante a nova religião de Estado, o multiculturalismo.  O Professor Marcelo faz mais uma selfie e proclama beatitudes enquanto come um gelado.

O Dr Rui Moreira quer fazer mesquitas no Porto. O Dr Moedas, diz decreta terras do dar al islam em Lisboa, proibindo porco no espeto e símbolos cristãos. É assim que se formam os "Londonistões", os "Saint-Denisistãos", e, brevemente, os "Lisboastões". 
A esquerda lunática é ainda pior:  incapaz de distinguir entre o explorador burguês e um decapitador salafista, descobriu no islamismo um aliado táctico. Ambos odeiam Israel, os EUA, a civilização ocidental. Ambos odeiam a liberdade. Entendem-se.
George Galloway, figura grotesca da extrema-esquerda britânica, confessou sem pejo: "os muçulmanos e os progressistas têm os mesmos inimigos". Pois têm. 

Bora lá fazer atentados suicidas, impõr burqas e enforcar sexualidades alternativas  em nome do combate intersseccional ao heteropatriarcado ocidental. O que se passou no massacre em Israel, foi apenas o exemplo mais gritante da lógica islamista em acção: matar judeus, filmar, glorificar, repetir. E como reagiu o Ocidente? Marchas em Paris e Lisboa, a gritar "Palestina livre do rio ao mar". Reitores de Harvard e da Penn a encanar a perna á rã perante o antissemitismo. ONGs a acusar Israel de genocídio por se defender. Jornais a relativizar tudo. É o novo obscurantismo com Wi-Fi. E não se pense que isto é ignorância. É conivência. 

A esquerda acordou um monstro e agora sonha que ele a poupará. Não poupará. Vai devorá-la depois de devorar os judeus, os cristãos, os homossexuais, as mulheres livres, os cartoonistas, os professores e os que pensam. E tudo isto com a bênção idiota dos bem-pensantes.
Como escreveu Bernard Lewis, a Europa tem apenas uma escolha: uma Europa islamizada ou um Islão europeizado. Mas a segunda exige convicção, lucidez e coragem. Tudo o que os nossos dirigentes não têm. Até lá, o velho continente continua a marchar alegremente para a fogueira, enquanto canta hinos antissemitismo e acena bandeiras da Palestina.
Que Huntington descanse em paz. Nós, se nada mudar, não teremos esse luxo.

Roubado a José António Rodrigues Carmo 

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Será exagerado falar em invasão migratória?

 

As elites políticas do Ocidente falharam. Teriam feito melhor em escutar Enoch Powell que nos advertira, há 60 anos, sobre o impacto futuro da imigração, mas preferiram atacá-lo e estigmatizá-lo.
08 ago. 2025, 00:18

Jérémy Silvares Jerónimo 
O Observador

 Escrevia há dias João Marques de Almeida, a propósito do Presidente da República Portuguesa, que relativamente à “questão da imigração, os números não contam, o que conta são as “narrativas” nos media”. Numa simples frase, resumiu toda a política seguida pela maioria das elites europeias (e também americanas) nas últimas cinco décadas: o que importa não é o ser, mas o parecer. O que conta não é a razão, mas sim o pathos de que falei no texto anterior — a primeira parte da minha reflexão sobre imigração — ou seja, os sentimentos. É a política dos “bons sentimentos”, das “sondagens de popularidade”. Mas de facto: os números contam. Recentemente, o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que a Europa precisava de acordar e resolver a “horrível (sic) invasão de imigrantes que está a destruir a Europa”. Quando Trump fala em “invasão migratória”, não se refere, por exemplo, à imigração de europeus para os Estados Unidos ou de americanos para a Europa. Refere-se, sim, à imigração extra-europeia — ou, mais precisamente, extra-ocidental — muitas vezes proveniente do chamado Terceiro Mundo. Ou seja, à entrada de populações oriundas de fora da Civilização Ocidental, frequentemente muçulmanas, que emigram tanto para a Europa como para os Estados Unidos.

Mas será que o termo “invasão” é apropriado? Serão os números assim tão elevados que justifiquem o uso de uma palavra tão forte? Se há um mantra repetido até à exaustão por parte de algumas elites europeias — aquelas que trabalham em Bruxelas, vestem fatos Armani e auferem salários de 30.000€ mensais — é o de que a Europa sempre foi uma terra de imigração, naturalmente aberta a povos de todo o mundo. Segundo essa narrativa, o continente europeu teria sido, desde sempre, um espaço de encontros, miscigenação e sociedades multiculturais. “O Islão é uma religião europeia” segundo alguns. “Sem os árabes, os europeus ainda estariam a viver na Época Mediéval”, dizem outros (que têm uma grande imaginação, ou problemas mentais, ou ambos). Assim, qualquer pessoa que manifeste preocupação com os actuais níveis elevados de imigração é, quase automaticamente, rotulada de xenófoba, de racista, de islamófobo. Mas será mesmo assim? Não haverá uma parte de verdade quando falamos em números absurdos de entradas de imigrantes?

Responder a esta questão sem estatísticas é coisa impossível. E um dos erros que muitos à direita cometem é não aprofundar o tema com estatísticas oficiais. Quanto à esquerda, está fora de questão mencionar números — as estatísticas têm de ser silenciadas e, pelos vistos, a realidade é, para alguns, racista… Contudo, mais do que nunca, é necessário termos uma visão geral de um fenómeno que — e os resultados eleitorais mostram-no — tem preocupado os ocidentais, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Se, nalguns países — e Portugal é um bom exemplo disso — as estatísticas são muito opacas, noutros não é o caso. Além disso, muitos dados oficiais provenientes de institutos estatais misturam imigração intra-UE, intra-europeia, com imigração vinda dos tais países do chamado Terceiro Mundo, o que torna a questão ainda mais difícil de analisar. Isto abre espaço a todo o tipo de delírios: à direita, por exemplo, a ideia de que já haverá 30 ou 40% de muçulmanos na União Europeia  — número que li muitas vezes em comentários e que é completamente falso; ou à esquerda, a repetição constante de que os estrangeiros extra-europeus representam apenas 1 ou 2% da população da UE — estatística que ouvimos há 40 anos, como se o número de pessoas vindas de fora da Europa nunca tivesse crescido, como se houvesse tantos nascimentos como mortes nessas populações e tantas entradas como saídas. Nem uma postura nem a outra são correctas. Por isso, proponho que vejamos os números — os que são oficiais, pelo menos.

Comecemos pela União Europeia. Em 2024, havia 29 milhões de cidadãos não
europeus na UE, 6.4% dos 449.3 milhões de cidadãos da EU (fonte). Em 2023, os países da UE concederam 5,1 milhões de autorizações de residência a cidadãos de países terceiros, ou seja, que não são membros da UE (fonte). No mesmo ano, registavam-se 25,1 milhões de autorizações de residência válidas na União (incluindo renovações de anos anteriores – fonte). Em 2024, esse número ultrapassa já os 28 milhões. A maioria das pessoas que beneficiaram dessas autorizações provinham de Marrocos, Turquia e Ucrânia – este último, um país europeu que não integra a UE (fonte). Mas encontramos também outras nacionalidades com presença significativa, como argelinos, tunisinos, congoleses, nigerianos, paquistaneses e afegãos (fonte; fonte).

Desde 2015, ano da crise dos refugiados da Síria, têm entrado, em média, entre 2,6 e 4 milhões de pessoas na União Europeia, vindas de fora do espaço comunitário: 2,6 milhões em 2015; 3 milhões em 2019; 3,7 milhões em 2023; e cerca de 4 milhões em 2024 (fonte). Quanto à imigração ilegal, esta tem vindo a crescer de forma constante ao longo da última década, até registar um ligeiro recuo em 2024: nesse ano, entraram ilegalmente cerca de 239 mil pessoas na UE, segundo o Frontex, enquanto no ano anterior o número tinha sido bastante superior, atingindo 385.000 (fonte). A militarização das fronteiras no caso da Polónia e da Finlândia tornou o acesso mais difícil para migrantes económicos ilegais, e pode explicar esta diminuição, bem como políticas cada vez mais duras como no caso da Grécia.

Segundo o Eurostat (dados de 1 de Janeiro de 2024), 44,7 milhões de pessoas a viver na UE tinham nascido fora do território comunitário (fonte). Este número engloba diferentes perfis: pessoas que mantiveram a cidadania do país de origem, sem adquirirem a de um país da UE (por exemplo, sírios, marroquinos, turcos, congoleses); pessoas nascidas fora da UE mas que adquiriram posteriormente a nacionalidade de um Estado-membro (por exemplo, um cidadão indiano que se torna português); e ainda pessoas nascidas em países europeus que só mais tarde passaram a integrar a União Europeia, como é o caso de um romeno nascido em 1990. Este total de 44,7 milhões representam um aumento de 2,3 milhões face ao ano de 2023.

Contudo, estes dados não nos dizem, por exemplo, quantos extra-europeus — pessoas cujas origens não são europeias — imigram para a Europa (no seu sentido mais amplo), nem quantas pessoas de origem extra-europeia (de segunda, terceira, quarta geração) vivem na Europa. Só assim poderemos ter uma visão mais geral da verdadeira dimensão da imigração extra-europeia para o continente. Creio que um pequeno “tour” pelos principais países europeus nos permitirá compreender melhor a amplitude deste fenómeno.

Comecemos pela França, um dos países que mais tem recebido imigrantes extra-europeus. O INSEE (o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Económicos de França) estimava que, em 2023, havia 7.3 milhões de imigrantes (10.7% da população), dos quais 2.5 milhões adquiriram a nacionalidade francesa, e 5.6 milhões de estrangeiros (fonte). Mas os números reais poderão ser bem maiores. Há quatro anos, André Posokhow, especialista no custo da imigração em França, publicou um livro que causou alguma polémica: Immigration, l’Épreuve des Chiffres, no qual este estimava que havia uns 16 milhões de cidadãos estrangeiros ou de origem estrangeira (2° gerações incluídas). Deste total, 5,5 milhões seriam de origem europeia, e 11,3 milhões seriam extra-europeus. Quer isto dizer que 25% da população em França é estrangeira ou tem origens directas estrangeiras, e que 16,6% da população francesa não é nativa da Europa. Isto sem contabilizar as terceiras, quartas e quintas gerações.

Para terem uma pequena ideia, em 1950 os extra-europeus representavam menos de 1% da população francesa. Em 1975, a maior minoria estrangeira em França era europeia: tratava-se dos portugueses, com 759 mil pessoas, correspondendo a 22% da população estrangeira, muito acima dos extra-europeus na época (fonte). De facto, se a França se tornou uma terra de imigração desde o século XIX, foram sobretudo polacos, espanhóis e italianos que inicialmente chegaram. Só a partir dos anos 80 do século XX é que houve uma clara mudança na imigração.

E nos outros países europeus? A situação é semelhante, com um aumento no número de imigrantes sobretudo a partir dos anos 80. Os Países Baixos tinham 9,2% da população de origem estrangeira em 1972; 46 anos depois, em 2018, a população estrangeira ou de origem estrangeira representava 23,1% do total (fonte). Destes, pelo menos dois terços serão extra-europeus, segundo a especialista em demografia Michèle Tribalat (fonte). Isto quer dizer que cerca de 15% da população holandesa é extra-europeia. A este ritmo, antes de 2100, os holandeses nativos serão minoritários nos Países Baixos.

A Áustria conheceu várias vagas de imigração na pós-Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, chegaram sobretudo europeus que fugiam do regime comunista: 180 mil húngaros em 1956; 162 mil checos em 1968; e 33 mil polacos em 1981. Em 2019, cerca de 16,2% da população austríaca tinha nascido no estrangeiro (fonte), e 22,8% da população teria origens estrangeiras (fonte). Dos 16,2% de estrangeiros, 61% não são europeus, vindo essencialmente do Médio Oriente, Ásia e África (fonte). A população muçulmana era de 700 mil pessoas em 2019, tendo duplicado entre 2001 e 2016 (fonte), e segundo os demógrafos austríacos, os muçulmanos poderão representar até 30% da população austríaca em 2046 (fonte). Se as projecções estiverem corretas, os austríacos nativos serão minoritários antes de 2100.

A Dinamarca nunca foi um país de imigração até ao início dos anos 2000. Antes disso, era sobretudo um país de emigração. A partir dos anos 2000, a imigração na Dinamarca começou a aumentar. Em 2019, havia 612 mil pessoas nascidas no estrangeiro a residir no país nórdico (fonte), das quais 353 mil tinham nascido fora da Europa e cerca de 156 mil nasceram na Dinamarca mas com pais nascidos fora da Europa (fonte). Numa população total de 5,8 milhões, isso representa 8,8%. Quanto à população muçulmana, representava 5,4% em 2019, e estima-se que poderá atingir entre 8% a 16% em 2050, segundo as estatísticas do Pew Research Center — caso se mantenha a actual política firme de controlo das fronteiras (fonte).

A Suécia é um caso emblemático da problemática causada por uma imigração extra-europeia descontrolada, e tenta agora reagir (será demasiado tarde?) face à dimensão que a imigração tomou no país. Em 1950, a Suécia tinha cerca de 7 milhões de habitantes, dos quais 197 mil nascidos no estrangeiro, essencialmente europeus (fonte). Já em 2017, numa população de 10 milhões, a população nascida no estrangeiro atingia 1,8 milhões, quase 20% da população do país (fonte). No mesmo ano, se incluirmos as pessoas nascidas fora da Europa, bem como os seus filhos, cerca de 17,3% da população terá origens extra-europeias (fonte). Para se ter uma ideia, em 2015, 34,3% das crianças entre os 0 e os 17 anos tinham nascido fora da Europa ou tinham nascido na Suécia de pais (ou pelo menos um progenitor) nascidos fora da Europa. Desses, uma parte significativa é oriunda do Médio Oriente, África e também do Extremo Oriente (fonte). Segundo alguns demógrafos, a Suécia — que contava com menos de 1% de extra-europeus em 1980 — poderá ver a sua população nativa tornar-se minoritária em 2070 (fonte).

No Reino Unido, o debate sobre a imigração tem sido cada vez mais feroz, e não passa um mês sem que ingleses nativos saiam às ruas para protestar contra aquilo a que chamam uma “política de portas abertas”. País de emigração durante séculos, começou a receber imigrantes do resto da Europa a partir da segunda metade do século XIX e, a partir dos anos 1950, imigrantes provenientes dos países do CommonWealth. Entre 1997 e 2010, o Reino Unido recebeu 2,2 milhões de imigrantes, sendo que mais de metade vinham de países do CommonWealth, como a Índia e o Paquistão (fonte). Desde 1996, a imigração extra-europeia tem vindo a aumentar: cerca de 129 mil em 1998, subindo para 232 mil em 2018, essencialmente oriundos de África, subcontinente indiano e Médio Oriente.

Num país com cerca de 66 milhões de habitantes, 9,4 milhões nasceram no estrangeiro. Destes, 3,7 milhões nasceram na Europa, e 5,7 milhões fora dela (fonte). Dos 5,7 milhões, a esmagadora maioria provém de países fora do espaço civilizacional ocidental. Existem estatísticas “raciais” no Reino Unido, o que nos permite perceber a importância que a imigração extra-europeia tem tido no país, e que também nos diz muito sobre o resto da Europa Ocidental. Hoje, os brancos representam 73,3% da população da ilha — quando eram 99% no final dos anos 40 — mas, no futuro, a situação irá mudar. Estas estatísticas foram publicadas num estudo que tem gerado muita discussão nas ilhas britânicas, realizado por dezenas de universitários e investigadores em demografia, que apontam para o ano de 2063 como o momento em que os brancos (é o termo utilizado no estudo) — que povoam as ilhas britânicas há milhares, senão dezenas de milhares de anos — se tornarão minoritários. Segundo o mesmo estudo, em 2100, os brancos serão apenas 33,7% da população (fonte).

E o mesmo acontece noutros países…Na Bélgica, em 2018, 16,7% da população tinha nascido no estrangeiro, e em 2016 metade dos pedidos de nacionalidade belga foram feitos por pessoas de origem turca e marroquina (fonte). Prevê-se que, muito antes de 2100, os belgas nativos tornar-se-ão minoritários face aos extra-europeus no seu próprio país, levando uma jornalista do jornal Jeune Afrique a afirmar — citando um taxista marroquino — que a “Bélgica acabará árabe” (fonte), referindo-se à mentalidade islamista da juventude belga de origem magrebina e árabe. Quanto à Alemanha, país que até aos anos 80 recebia sobretudo imigrantes europeus, a situação alterou-se profundamente. A crise dos refugiados de 2015 mudou de forma marcante a composição demográfica do país. Em 2018, dos 82 milhões de habitantes, 13 milhões nasceram no estrangeiro, dos quais 7,7 milhões eram originários de fora da UE, sobretudo do Médio Oriente, do Extremo Oriente Asiático e de África (fonte). O fenômeno vai crescendo, e està a acontecer em todos os paises europeus.

E não são apenas as entradas que aumentam o número de populações de origem extra-europeia, mas sim uma natalidade bem acima das populações europeias nativas. Assim, e segundo dados oficiais do Instituto de Demografia Francês, as mulheres de origem extra-europeia apresentam uma taxa de natalidade muito superior à das mulheres francesas de raiz (ou de origem europeia se preferirem): 3,3 para mulheres sub-saharianas, cerca de 2,4 para mulheres magrebinas, contra 1,8 para mulheres europeias residentes em França (fonte).

As estatísticas por países mostram-nos que, contrariamente ao que dizem uma parte tanto das elites intelectuais como da comunicação social, o fenómeno da imigração extra-europeia para a Europa é relativamente recente, e que este tem vindo a ganhar tal importância que se tornou um dos temas que mais preocupam os europeus nativos. Resta-nos então questionarmo-nos: se mesmo nos anos 70 os países europeus eram extremamente homogéneos, quer isso dizer que a Europa não foi um continente aberto às migrações de populações de todo o Mundo no passado?
EUROPA: TERRA DE MIGRAÇÕES? SIM, MAS…

A Europa foi, de facto, uma terra de migrações. O Homem de Neandertal chegou à Europa há pelo menos 400.000 anos, e o Homo sapiens, há pelo menos 45.000 a 50.000 anos. Desde a chegada dos primeiros sapiens, a Europa recebeu populações provenientes da Ásia, do Médio Oriente e do Norte de África. Mas, e nos últimos 10 mil anos? Aí, o cenário muda completamente.

As últimas grandes migrações provenientes de fora da Europa datam de cerca de 7000 a.C., com a chegada de populações oriundas do Crescente Fértil — que os militantes do Bloco de Esquerda tenham calma: não eram palestinianos, nem sequer árabes — trazendo consigo a agricultura. Na altura, e de acordo com os estudos mais recentes, havia três grandes grupos genéticos na Europa: os WHG (Western Hunter-Gatherers), povos nativos do continente, presentes na Europa há pelo menos 45 mil anos — caçadores-recolectores de pele morena e olhos claros (azuis e verdes); os agricultores provenientes da Anatólia, chegados por volta de 7000 a.C. — de pele clara, mas cabelos e olhos escuros —, responsáveis pela introdução da agricultura; e os Yamnaya, ou indo-europeus, um povo de cavaleiros nómadas vindos das estepes da Ucrânia, altos, de pele clara, cabelos e olhos claros.

Estes últimos começaram, a partir de 3500 a.C., a espalhar-se por toda a Europa e também por algumas regiões da Ásia (até à Índia — daí o nome que lhes atribuímos). Este povo hipotético levou consigo uma língua: o proto-indo-europeu (PIE), que, ao longo dos séculos, se foi fragmentando em diversos ramos: proto-germânico, proto-celta, proto-albanês, proto-latim, proto-heleno, proto-eslavo, entre outros. Hoje em dia, quase todas as línguas faladas na Europa descendem dessa língua comum. Para além da língua, os indo-europeus difundiram os seus costumes, a sua visão do mundo, os seus deuses, as suas leis, o seu modo de vida guerreiro e as suas classes militares — aquilo a que Georges Dumézil chamou “sociedade tripartida”: oratores (os que rezam), bellatores (os que combatem), laboratores (os que produzem). Milénios mais tarde, esta estrutura social permaneceria visível nas três ordens da sociedade medieval.

Mais tarde, as colónias gregas e as conquistas romanas espalharam populações helénicas e latinas pelos quatro cantos da Europa e, com elas, a razão grega, o direito romano, a arquitectura greco-romana, entre outros elementos. As grandes invasões germânicas dos séculos IV, V e VI tiveram um efeito semelhante: povos de origem germânica disseminaram-se por todo o continente e trouxeram consigo o conceito de FreiMann, o homem livre portador de armas, que estaria na génese dos cavaleiros medievais — figuras que tanto povoaram os nossos sonhos de infância. Gregos, latinos, celtas e germanos eram todos povos europeus e, sem excepção, partilhavam origens indo-europeias. Um ponto essencial para o que se segue.

O magistral estudo Histoire des Populations Européennes, do demógrafo Jacques Dupâquier (elaborado em colaboração com mais de 35 demógrafos e historiadores), demonstra que a esmagadora maioria dos movimentos migratórios na Europa foi, essencialmente, de natureza intra-europeia. E os hunos, árabes, turcos e persas?

De facto, nos séculos IV e V ocorreram invasões militares protagonizadas por povos indo-iranianos (um ramo tardio dos indo-europeus), como os alamanos e os citas, bem como por povos asiáticos turco-mongóis, como os hunos. Mais tarde, seguiram-se as invasões militares árabes e turcas. Contudo, o que a investigação histórica, linguística e etnológica tem demonstrado é que, tanto do ponto de vista linguístico como religioso e cultural, a influência desses povos na Europa foi escassa. A explicação é simples: hunos, alamanos, citas e outros grupos não procuravam colonizar — vinham pilhar e partiam, levando consigo as populações civis que os acompanhavam. O mesmo padrão viria a repetir-se com os mongóis, séculos depois. Quanto aos árabes e turcos, não se verificou uma migração civil em larga escala para a Europa. O que ocorreu foi, sobretudo, um processo de islamização de populações europeias, através do estatuto de dhimmi, que levava cristãos e judeus à conversão para evitarem a opressão sob domínio muçulmano. O Islão foi, pouco a pouco, desaparecendo da maior parte da Europa com a Reconquista dos territórios anteriormente islamizados — com excepção da actual Bósnia, Albânia e Kosovo. No que respeita às populações magrebinas e árabes da Península Ibérica — muçulmanos ou convertidos, os chamados mouriscos — estas foram expulsas entre 1503 e 1609. Ou seja, os europeus acabaram sempre por resistir a tentativas de ocupação por povos não europeus. É uma constante da nossa longa História.

Se quisermos ir mais longe, podemos recorrer à obra Histoire de la population française (edições PUF, 4 volumes, 1988), também da autoria de Jacques Dupâquier, a qual demonstra que, ao longo de 5 000 anos, a população francesa — composta por caçadores-colectores e indo-europeus — variou muito pouco: apenas algumas percentagens ao longo dos séculos. Todas as transformações demográficas ocorridas durante esse período foram, esmagadoramente, de origem intra-europeia. Essa versão é corroborada por um estudo genético recente, que gerou amplo debate em França, ao revelar que os antepassados dos franceses nativos já habitavam o território actualmente francês há milhares de anos, tendo-se mantido inalterada durante pelo menos 5000 anos (fonte)! E pelo que dizem os paleogeneticistas, o mesmo é verdade para outras nações europeias, sempre com base em estudos genéticos.

Resumindo: as migrações indo-europeias/Yamnaya foram as últimas grandes movimentações populacionais a modificar de forma significativa a demografia europeia. A partir daí, elementos como o Cristianismo, o casamento monogâmico imposto pela Igreja Católica, a já referida razão grega (e a ciência grega), o direito romano e o ideal de reconstituir o Império Romano formaram um verdadeiro cimento civilizacional, que acabou por gerar uma forte homogeneidade cultural na Europa — ao contrário de outras regiões do mundo, onde povos vizinhos diferem profundamente em quase todos os aspectos. Os europeus — tanto os do continente como os dos Estados Unidos — partilham uma mesma civilização, sólida e estruturante, que moldou de forma profunda a mentalidade do europeu moderno. Trata-se de uma homogeneidade civilizacional que, pela primeira vez em muitos séculos (ou talvez milénios), está a ser posta em causa pela chegada em massa de populações oriundas de outras civilizações, cujas culturas, modos de vida, tradições, costumes e religião (uma em particular) poderão vir a transformar profundamente a face da nossa civilização. Uma verdadeira revolução antropológica e civilizacional — com consequências que poderão ser muito graves.
CONCLUSÃO

Existe, então, um tsunami migratório, como afirmam alguns, sobretudo nos sectores mais à direita do espectro político? Ao telefone, a resposta que André Posokhow me deu foi categórica: ainda não, mas virá, se nada for feito. De facto, segundo André Posokhow, se entram anualmente entre 2 a 3 milhões de imigrantes extra-europeus no espaço comunitário, ainda não se pode falar propriamente de uma invasão. Pelo contrário, o ex-eurodeputado Jean-Yves Le Gallou fala abertamente em “tsunami migratório” vindo do terceiro mundo. Que poderá vir a acontecer no futuro próximo? No livro The Scramble for Europe, Stephen Smith, jornalista americano, argumenta que, face ao subdesenvolvimento persistente em África, a Europa poderá vir a receber mais de 100 milhões de africanos até 2050, afirmando que a “Europa vai africanizar-se” (fonte).

Não será Stephen Smith um tanto alarmista? Provavelmente. Contudo, ano após ano, a imigração e a elevada taxa de natalidade das populações provenientes de África, do Médio Oriente e da Ásia fazem com que a percentagem de extra-europeus cresça exponencialmente a cada década e, com esse aumento, o aparecimento de pequenas nações cada vez mais antagónicas aos valores da Civilização Ocidental. Qual será a face da Europa em 2050, e em 2100? Sabendo que as segundas, terceiras e até quartas gerações tendem a assimilar-se ainda menos do que os pais e avós, e que muitas das gerações mais jovens de magrebinos, sub-saharianos e árabes apresentam sinais crescentes de radicalização religiosa, bem como um ódio crescente ao Ocidente — quando não um ódio especificamente anti-branco —, qual será o futuro dos europeus nativos? Quais serão as consequências, a médio e longo prazo, desta imigração que alterou uma estabilidade europeia milenar? Como conceber uma Europa próspera, democrática e tolerante num futuro em que os europeus nativos sejam minoritários no seu próprio continente? Como imaginar uma Europa composta por nações democráticas, quando a radicalização de parte das populações muçulmanas tem vindo a ser motivo de crescente preocupação — com alertas vindos dos serviços secretos e dos líderes militares por todo o continente? Enquanto, por toda a parte no Ocidente, os europeus nativos (e os euro-americanos) começam a manifestar sinais de insatisfação, as nossas elites não só permanecem inertes, como procuram silenciar qualquer sentimento de revolta.

Pior ainda, em alguns casos, agravam a situação, como sucedeu com os juízes da Cour Nationale du Droit d’Asile francesa, que autorizaram cerca de dois milhões de habitantes de Gaza a refugiarem-se em França. Segundo o director do Observatório da Imigração em França, Nicolas Pouvreau-Monti, as leis emanadas por certos juízes franceses poderão obrigar legalmente a França a acolher cerca de 580 milhões de refugiados — um número que ultrapassa em oito vezes a população actual do país (fonte). Que consequências adviriam se 580 milhões de pessoas decidissem efectivamente estabelecer-se em França? Certamente o colapso… E o que poderia então suceder ao restante da Europa?

As elites políticas do Ocidente falharam. Não souberam agir enquanto ainda havia tempo e agora mostram-se inquietas perante as reacções violentas que têm começado a surgir pela Europa fora. Os dirigentes europeus teriam feito melhor em escutar e ler Enoch Powell, que nos advertira, há sessenta anos, sobre o impacto futuro da imigração. Em vez disso, preferiram atacá-lo, estigmatizá-lo e arruinar-lhe a carreira. Mais grave ainda, negligenciaram o que ele considerava ser a essência do verdadeiro desígnio de um estadista:

"Cumpre ao estadista, em sua mais elevada missão, resguardar a sociedade dos males que se antevêem. Nesta empresa, defronta-se com entraves profundamente entranhados na condição humana. Entre eles avulta, por certo, o facto de ser impossível provar a existência de um perigo antes que este se concretize."
(In Rivers of Blood Speech, Enoch Powell, 1968).

Speech "Rivers of Blood", de Enoch Powell (Versão integral) 

"(...) The immigrant communities can organise to consolidate their members, to agitate and campaign against their fellow citizens, and to dominate the rest with the legal weapons which the ignorant have provided. As I look ahead, I am filled with foreboding; like the Roman, I seem to see "the River Tiber foaming with much blood." Only resolute and urgent action will avert it even now. Whether there will be the public will to demand and obtain that action, I do not know. All I know is that to see, and not to speak, would be the great betrayal. (...)"

 

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Comissão da Liberdade Religiosa apoia o islamismo mas esquece o anti-semitismo

 

* Ver Nota 

A Comissão da Liberdade Religiosa (CLR) em Portugal alertou esta quinta-feira, em comunicado enviado aos jornalistas, para sinais de “intolerância” perante algumas comunidades, sublinhando o direito à liberdade de culto.

“A CLR, consciente das suas obrigações de velar pelo cumprimento dos princípios constitucionais desta liberdade fundamental e preocupada com sinais de incompreensão, discriminação e intolerância que possam ter caminho na sociedade Portuguesa, continuará a analisar, em conjunto com as igrejas e comunidades religiosas radicadas a situação do seu efetivo exercício”, refere o organismo.

A nota adianta que, em breve, vai decorrer encontro destinado a “continuar a apreciação dos obstáculos e dificuldades que se têm colocado ou possam vir a colocar-se a esse exercício”.

A CLR decidiu, por voto unânime, aprovar “um voto de solidariedade para com a CIL (Comunidade Islâmica de Lisboa) pelas inaceitáveis, a vários títulos, agressões verbais” de que foi alvo o seu ímã, xeque David Munir, aquando da cerimónia em honra dos antigos combatentes, realizada no Dia de Portugal.

O comunicado aborda ainda intervenções e tomadas de posição ocorridas em várias zonas do país, “quer por parte de grupos de cidadãos, quer por parte de responsáveis autárquicos”, sobre a afetação de espaço a fins religiosos.

“Os planos municipais de ordenamento do território e demais instrumentos de planeamento territorial devem prever a afetação de espaços a fins religiosos”, in dica a Comissão, que recorda a obrigação de “assegurar, tanto quanto possível o efetivo exercício do direito ao culto, cumprindo os preceitos constitucionais e legais”.

A Conferência Episcopal Portuguesa tem como representantes na CLR o jurista Pedro Vaz Patto e a historiadora Rita Mendonça Leite.

O organismo consultivo do Governo, presidido por José Eduardo Vera Jardim, inclui representantes das várias confissões religiosas em Portugal e especialistas da sociedade civil.

A CLR tem funções de estudo, informação, parecer e proposta em todas as matérias relacionadas com a aplicação da Lei de Liberdade Religiosa (2001) em Portugal.

 * Nota: Em Portugal, já em 1988 a única revista islâmica portuguesa, a Al-Furqán, publicava um artigo afirmando que "os judeus propriamente ditos não são seres humanos." No mesmo artigo, fazia-se um rasgado elogio a Hitler: “Os judeus são inimigos de todos aqueles que não o são, e procuram fazer-lhes todo o mal possível. Talvez tenha sido por isso que Hitler quis aniquilar este maldito povo”. Como pormenor curioso, o autor do artigo era o xeque Aminuddin Mohamad, na altura conselheiro espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa."

Comissão da Liberdade Religiosa tem um olhar enviezado, em relação a sinais de intolerância religiosa. O anti-semitismo puro e duro, que considera que os judeus não são seres humanos e publica essas afirmações, não parece preocupar essa Comissão. Interessante será saber se Esmael Loonat, o líder dos Tablighi Jamaat, um movimento islâmico fundamentalista, ainda faz parte da referida Comissão.

 


 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Como explicar esta diferença entre judeus e muçulmanos?

 


Até 2024, pelo menos 216 laureados com o Prémio Nobel eram judeus ou descendentes de judeus, representando cerca de 22% de todos os premiados desde 1901, apesar de os judeus constituírem apenas cerca de 0,2% da população mundial.

Em contraste, 16 muçulmanos receberam o Prémio Nobel até 2024, com mais da metade desses prémios atribuídos no século XXI. Os muçulmanos representam 24,3% da população mundial

 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Os valores do Xeque Munir e da Ana Catarina Mendes

 


"Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", conta o Sheikh David Munir, numa entrevista a um site de alunos portugueses de árabe. Ou seja, o Xeque Munir quer que os alunos portugueses deixem de escrever a sua língua da esquerda para a direita e passem a escrever como o fazem os muçulmanos. Porquê? Porque é que o Xeque Munir quer que os jovens portugueses adoptem práticas que não fazem parte dos seus valores?

Porque Diabo quer o Xeque Munir que os seus alunos portugueses passem a escrever - em língua portuguesa! - da direita para a esquerda?

E que mais quer o Xeque Munir (esse lobo com pele de cordeiro) alterar? Mudar o Código Penal, para que não entre em contradição com a Sharia e sejam revogados os artigos que punem a violência doméstica? 

Obrigar os judeus a usar uma estrela amarela? Não seria de espantar, quando a única revista portuguesa islâmica publica um artigo (em 1988) onde o conselheiro espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa conclui que "os judeus propriamente ditos não são seres humanos".


É preciso não esquecer que há mais de dez anos que funciona um tribunal islâmico na mesquita de Lisboa, onde se emitem "sentenças" baseadas na Sharia, que são pura e simplesmente uma violação das leis portuguesas.

Um dos "valores" do Xeque Munir é exactamente esse: a mulher tem uma posição inferior ao homem. Por isso é que, num caso julgado no seu tribunal islâmico, o Xeque Munir referiu a sentença, aos jornalistas do Público que o entrevistaram, esclarecendo, num processo de herança que o homem tinha direito a 2/3 e a mulher a 1/3 porque o homem tinha a responsabilidade de sustentar a família. A mulher também pode levar uma surra do marido, sem ter que se queixar. O Alcorão assim o autoriza.

E será que a Ana Catarina Mendes - que eu não sei se é casada ou não - considerará que a proibição de o marido bater na mulher é um "valor" da sociedade portuguesa.? Ou se a igualdade, na partição dos bens resultantes de uma herança é, obrigatória. Isso está no Código Civil. Mas, se calhar, a deputada Ana Catarina Mendes também quer alterar o Código Civil. Para ela, aparentemente, não há valores portugueses. Eu considero que há. A referida dirigente socialista diz que Pedro Nuno Santos fez uma "aproximação à direita". Eu diria que fez uma aproximação ao bom-senso.


 

 


 

domingo, 19 de janeiro de 2025

Vêm aí mais 400 mil imigrantes (a juntar ao milhão que já cá está...) todos à procura de casa e trabalho, a maioria do Bangladesh e do Paquistão

 


Agência para migrações dará oportunidade a todos os imigrantes que manifestaram interesse em viver em Portugal até 30 de abril de 2024, mas não receberam o chamado para a regularização dos documentos.

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) atendeu aos apelos e lançou, nesta sexta-feira (17/01), um novo portal para os imigrantes que têm Manifestação de Interesse, mas não entraram na lista dos mais de 400 mil convocados para regularizar a situação documental em Portugal. Será mais uma chance para terem acesso à tão sonhada autorização de residência em Portugal.

Os imigrantes já são 10 por cento da população, em Portugal. A maioria vêm de países como o Bangladesh, Paquistão e Índia. Culturalmente não se integram na sociedade portuguesa. Nem querem, como salienta o Xeque Munir, da mesquita de Lisboa:
"Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", salienta o Sheikh David Munir". Convém salientar que a "integração" do Sheikh Munir na sociedade portuguesa é tão forte, que ele preside a um tribunal islâmico, aplicando a Sharia e que reúne uma vez por semana na Mesquita de Lisboa. Por enquanto, esse tribunal ainda não passou uma sentença a decidir que um homossexual teria que ser atirado do 5º andar de um edifício. Mas já julgou um caso em que uma mulher exigia metade da herança do pai, recentemente falecido.

A decisão do tribunal, explicada pelo Sheik Munir ao jornalista do Público, era simples: primeiro, era o que a Sharia definia. Quanto ao "substracto legal" da sentença, o mesmo lobo em pele de cordeiro explicou que o homem, nos termos da Sharia, tem sempre a responsabilidade de tomar conta da família, por isso tem direito a ter 2/3 da herança - uma violação da lei, de acordo com o Código Civil Português.

Mas falando ainda da "desintegração" dos muçulmanos em Portugal, em 1988 o conselheiro espiritual da Mesquita de Lisboa escreveu um artigo numa revista islâmica onde considerava que os judeus não são seres humanos. Na altura era a única revista islâmica em língua portuguesa.

Entretanto - e ainda em relação ao facto de os imigrantes muçulmanos serem a maioria - um investigador do King's College, uma das mais prestigiadas instituições académicas do mundo, alertava Portugal para os riscos desta nova onda de imigração muçulmana. 

Abdool Karim Vakil, filho do homem que foi durante muitos anos presidente da Comunidade islâmica de Lisboa, salientava que "o grupo extremista Tabligh Jamaat representa, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal. Por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal"

Para situar melhor as características deste grupo fundamentalista, foi expulso da Arábia Saudita, que o considerou como "uma porta para o terrismo"

Todos juntos, os imigrantes muçulmanos somam mais do que os brasileiros, que estão em primeiro lugar. A diferença é que esses imigrantes são muçulmanos. Querem a Sharia, praticam os chamados "honor crimes" e constróiem nações dentro de nações, segundo Sir Trevor Phillips (negro e nascido em Londres) ex-presidente da "Commission for Racial Equality (CRE)" da "Equality and Human Rights Commission". Além disso, onde é que irão arranjar casas para 400 mil imigrantes, quando os portugueses desesperam por uma habitação?

Portugal tem mais de um milhão de estrangeiros, o aumento em 2023 foi de um terço. Em seis anos, o número de estrangeiros em Portugal mais do que duplicou. São agora mais de um milhão a viver em Portugal. E vêm aí mais 400 mil. Números redondos, Portugal, com 10 milhões de habitantes, passará a ter 12 milhões de habitantes, dos quais 2 milhões serão imigrantes, a maioria muçulmanos. 

A população portuguesa passará a ter cerca de 20 % de imigrantes. Só seremos ultrapassados pela Suécia, que ronda os 30 %. Em cada 5 portugueses, haverá 1 imigrante. Suécia que abriu a porta aos imigrantes e recebeu cerca de um milhão,  está em segundo lugar, nos países europeus, em matéria de assassínios com armas de fogo. E em 2023, teve cerca de 130 incidentes em que foram utilizadas granadas, de acordo com as estatísticas da polícia.

E para os "cordeirinhos" que acham que imigração e crime não têm nada a ver um com outro, ficam aqui algumas estatísticas da polícia alemã e suíça.


 
 
 

 





Failed integration and the fall of multiculturalismo

  For decades, the debate in Denmark around  problems with mass immigration was stuck in a self-loathing blame game of " failed integra...