domingo, 24 de março de 2024

Descubra a diferença entre dois textos prometendo a destruição da sociedade portuguesa

Post que circula nas redes sociais atribuído a Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa: (...) discurso do líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa, traduzido para português através de legendas (a partir do original em bengali, língua oficial do Bangladesh). Entre várias considerações polémicas, destaque para o seguinte excerto: "Aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

Tradução obtida pelo Polígrafo, junto de Jayanti Dutta, docente e investigadora do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Universidade de Lisboa, :

“Aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade. Por isso tentamos agradar a Deus e ao mesmo tempo construir uma amizade com as pessoas desta sociedade.”

Qual é a diferença????

Líder muçulmano garante que Alá poderá destruir a sociedade portuguesa, "se não ficar feliz" com o caminho que essa sociedade tomar

 

Segundo um post que circula nas redes sociais, o líder da comidade islâmica do Bangladesh em Lisboa que terá afirmado que Alá poderá destuir a sociedade portuguesa: "Aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

Numa profunda distorção da realidade e numa manifestação de subserviência, o Polígrafo começa por confirmar que , segundo fonte oficial da Embaixada do Bangladesh em Portugal, o protagonista do vídeo é mesmo Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa. O discurso terá sido proferido na cidade de Lisboa, em abril de 2023. 

O dito Polígrafo considera a firmação falsa e adianta uma tradução mais correcta: ""(...) aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade."

Qual é a diferença entre ameaçar com a destruição da sociedade portuguesa, por própria iniciativa do líder religioso, ou ameaçar que Alá destruirá a nossa sociedade, se não estiver feliz com o caminho que ela seguir? Qual é a diferença entre os dois textos?

André Ventura: "A Europa é um continente cristão e deve continuar a sê-lo"

 

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, assegurou hoje que os seus aliados europeus, entre os quais a Liga de Matteo Salvini, lutarão para impedir que Ursula von der Leyen continue à frente da Comissão Europeia.
"Lutaremos com todas as nossas forças para impedir um segundo mandato de Von der Leyen", disse Marine Le Pen numa mensagem de vídeo, citada pela agência Efe, direcionada à convenção do grupo Identidade e Democracia (ID), do qual faz parte o português Chega, representado por André Ventura.
A mensagem da líder nacionalista francesa incluiu críticas à atual primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, também de direita radical, mas cujo partido está integrado no grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus.
"Uma mensagem para Giorgia [Meloni]: Apoiará ou não um segundo mandato de Von der Leyen? Eu creio que sim", afiançou Marine Le Pen, aliada de Matteo Salvini, vice-presidente do Governo italiano e líder da Liga.
Dirigindo-se diretamente à chefe do Governo italiano, a líder da extrema-direita francesa acrescentou: "Deves a verdade aos italianos, tens de decidir o que farás. Na direita, o único candidato que se oporá a Von der Leyen é Matteo Salvini".
O grupo parlamentar europeu ID é um dos dois em que se encontram divididos a extrema-direita e os nacionalistas na UE, juntamente com os Conservadores e Reformistas Europeus, liderados por Meloni.
(Continua)

 

quarta-feira, 13 de março de 2024

Escritora Esther Mucznik denuncia "ofensas antissemitas" na mesa de voto

Esther Mucznik, que se dedica ao estudo de temas judaicos, vai apresentar queixa junto da Comissão Nacional de Eleições. Tudo aconteceu quando se preparava para exercer o direito de voto, no domingo, em Lisboa. Esther Mucznik, escritora e estudiosa de temas judaicos, mas também um dos principais rostos da comunidade israelita em Portugal, garante ter sido alvo de "ofensas antissemitas", no passado domingo (10 de março), numa assembleia de voto, em Lisboa.

Esther Mucznik conta ao portal religioso "7Margens" que tudo aconteceu quando entregou o cartão de cidadão a um dos membros da mesa de voto e este disse de imediato "Não gosto", referindo-se ao seu nome. "Não gosto do nome e dos massacres que andam para lá a fazer", disse a pessoa em questão, segundo a escritora.
A fundadora e presidente da Associação Memória e Ensino do Holocausto respondeu dizendo que é portuguesa – nasceu em Portugal há 77 anos – e que iria apresentar queixa junto da Comissão Nacional de Eleições e da Junta de Freguesia.
"Nunca me tinha acontecido uma coisa destas e nunca pensei que iria acontecer, muito menos nestas circunstâncias. Vim embora magoada e a pensar com que direito é que ele podia dizer o que disse… Se me pedirem para caracterizar o que ele disse e a forma como falou, não posso afirmar outra coisa senão que se tratou de uma manifestação de antissemitismo, e que isto pode ser considerado um crime de ódio", conta ao "7Margens".

 

"Não é integração, é condenar as pessoas a um gueto": Assembleia Municipal de Lisboa alerta para insegurança de locais de culto islâmicos

Muçulmanos rezam no Martim Moniz, no último dia do Ramadão

 A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) alertou esta terça-feira, em reunião extraordinária, para a insegurança de alguns locais de culto islâmicos na capital e instou a Câmara Municipal a encontrar uma solução.
Numa reunião conjunta extraordinária das 3.ª e 6.ª Comissões Permanentes da AML, com o ponto único de fazer o balanço das audições relativas à eventual construção de uma nova mesquita em Lisboa, Angélique da Teresa, deputada municipal pela Iniciativa Liberal, assinalou que “as pessoas têm direito a rezar em segurança”.
Nos últimos meses, os deputados visitaram locais de culto muçulmanos em Lisboa e ficaram impressionados com a falta de condições.
A deputada Angélique da Teresa criticou a situação, afirmando que “não é uma boa integração, é condenar as pessoas a um gueto”, e defendeu que “tem de haver uma solução”.
Eleita pelo PS, a deputada Irene Lopes concordou: “Não quero ser considerada conivente com uma desgraça que possa vir a acontecer”.
Rui Figueiredo, eleito pelo PS e presidente da 3.ª Comissão Permanente (Urbanismo, Reabilitação e Planeamento Urbano), recordou que, “em matéria de responsabilização”, a AML já avisou “quem de direito”, apelando à CML para “tomar as devidas providências, independentemente do processo” da nova mesquita.
“Sinalizámos as condições dos locais de culto e apelámos à intervenção da câmara. Há ali situações de risco, em termos de proteção civil, que devem ser salvaguardas urgentemente”, disse.

(Continua)


sábado, 9 de março de 2024

Estudo indica que eleitores do Chega são os que mais demonstram nostalgia e saudades do Salazar e do Estado Novo

 

Inquérito tentou medir nostalgia do antigo regime entre eleitores dos vários partidos. E concluiu que os simpatizantes do Chega são os que mais consideram que até 1974 Portugal estava melhor, que Salazar foi um dos melhores líderes da história, que os políticos portugueses deviam seguir os ideais de Salazar e que havia mais liberdade antes dos 25 de abril. “Com o tempo, a ‘vacinação’ contra legados autoritários acaba”, alerta o autor do estudo
(...)
Quando questionados se “Salazar foi um dos melhores líderes políticos da história portuguesa”, são os eleitores do Chega que voltam a concordar mais, 35% dos que respondem afirmativamente. Seguem-se simpatizantes do PSD (19%) e do PS (13%).
(Continua)

quarta-feira, 6 de março de 2024

Chega é o partido com mais seguidores e mais interações nas redes sociais

 

O Chega é o partido político com o maior número de seguidores nas redes sociais e é o que mais mobiliza os seguidores, com o maior número de interações nas publicações, segundo um levantamento feito pela Universidade da Beira Interior (UBI).
De acordo com a análise feita pelo Labcom – Comunicação & Artes da UBI, entre 09 de novembro, data em que o Presidente da República anunciou a dissolução da Assembleia da República, e 19 de fevereiro, fim dos debates entre os líderes partidários, o partido presidido por André Ventura tinha presença destacada nas principais redes sociais.
O “Radar das Legislativas” indicou que na esfera pública digital, apesar da relevância atribuída aos ‘sites’ institucionais, é nas redes sociais que os partidos investem cada vez mais e o Chega é o partido com mais seguidores no Facebook, no Instagram, no YouTube, no Tik Tok e apenas no X (antigo Twitter), onde a Iniciativa Liberal lidera, não tem a presença mais acentuada.
(Continua)

Arroios exige título de residência para emissão de atestados de residência

 Governo repudia e diz que limita os "direitos de cidadãos imigrantes". A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares repudiou esta terça-feira a decisão da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, de exigir título de residência para emissão de atestados de residência, informação avançada pelo Diário de Notícias, considerando que tal limita os direitos de cidadãos imigrantes.

“Compete às autarquias, nomeadamente às câmaras municipais, fiscalizar o número de pessoas que vivem nas habitações e as condições em que vivem, mas não devem extrapolar essas competências, nomeadamente exigindo títulos de residência para a obtenção do atestado de residência”, indicou o gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes (PS), em resposta escrita à agência Lusa.
Em causa está um edital assinado pela presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade (eleita nas listas da coligação “Novos Tempos” de PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, encabeçada pelo social-democrata Carlos Moedas), segundo o qual a autarquia passou a exigir um título de autorização de residência válido (arrendamento ou compra de casa) para emitir atestados de residência a cidadãos estrangeiros extracomunitários, apesar de a lei estabelecer que para esse atestado é suficiente o testemunho de duas pessoas recenseadas na freguesia ou uma declaração de honra da pessoa que requer o documento.
(Continua)

Fraudes no reagrupamento familiar de imigrantes vão continuar

  Uma simulação de um pedido de reagrupamento familiar, numa família composta por residente em Portugal, mulher e filho menor, alvo do pedid...