sexta-feira, 18 de abril de 2025

Crime e etnia

 

A questão da representação de pessoas de origem africana nas prisões portuguesas é complexa, porque o Estado português não recolhe nem publica oficialmente dados étnico-raciais nas estatísticas prisionais — algo que tem sido alvo de críticas por parte de organizações de direitos humanos, académicos e associações antirracistas.

O que sabemos com base em estudos e relatórios?
Embora não existam números oficiais sobre "africanos" nas prisões, há alguns dados indiretos e estudos qualitativos que apontam para sobrerrepresentação de pessoas negras e afrodescendentes no sistema prisional português:

 1. Estudo da Open Society Foundations (2018)
    Aponta que pessoas negras, particularmente de origem africana (Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau), estão desproporcionalmente representadas nas prisões portuguesas.
    Algumas estimativas indicam que entre 15% a 20% da população prisional poderá ser de origem africana, apesar de representarem uma minoria na população total do país (cerca de 1% a 3%).

 2. Relatórios da Amnistia Internacional e outras ONGs
    Referem práticas discriminatórias no sistema judicial e policial.
    Indicam que jovens negros, sobretudo oriundos de bairros periféricos, são mais frequentemente abordados, detidos e condenados.

 3. Testemunhos de profissionais do sistema prisional
    Apontam uma presença visível de afrodescendentes, muitas vezes concentrados em crimes de menor gravidade, como furtos ou tráfico de pequena escala — o que levanta questões sobre justiça social e seletividade penal.
    Não há dados oficiais sobre a percentagem de africanos nas prisões portuguesas.
    Estudos e organizações independentes apontam para uma sobrerrepresentação.
    Estimativas não oficiais indicam valores entre 15% a 20% da população prisional.

ChatGPT

 

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