quinta-feira, 3 de abril de 2025

Operação “Pactum”. PJ faz 75 buscas por suspeitas de corrupção, incluindo no Banco de Portugal

 


No terreno estão empenhados mais de 200 inspetores. Em causa possíveis crimes de corrupção na aquisição de bens e serviços para organismos do Estado na área informática e tecnológica.

A Polícia Judiciária está a levar a cabo na manhã desta quinta-feira uma mega operação com 75 buscas nas áreas da grande Lisboa, Porto e Braga que seguem suspeitas de vários crimes como corrupção na aquisição de bens e serviços para organismos do Estado na área informática e tecnológica. A informação foi avançada pela CNN Portugal e entretanto confirmada pela PJ e pelo Ministério Público.

As buscas, integradas na denominada de Operação “Pactum”, estão a decorrer em domicílios, escritórios de contabilidade, sedes de sociedades, Institutos Públicos e outros serviços do Estado.

Alguns dos alvos das buscas são as instalações do Banco de Portugal, da EPAL, da Casa da Moeda, da secretaria-geral do Ministério da Justiça ou do Instituto dos Registos e Notariado.

"Estão em causa condutas relacionadas com aquisições de serviços na área da Tecnologia de Informação, por várias entidades públicas e por uma entidade privada, entre os anos de 2017 e 2025. No centro da investigação encontra-se um conjunto de indivíduos que, em conjugação de esforços e de forma premeditada, viciaram dezenas de procedimentos de contratação pública e privada, num valor total global não inferior a 17 000 000,00 € (dezassete milhões de euros)", indica um comunicado enviado pela PJ às redações.

O DN sabe que a investigação identificou um conjunto de funcionários em várias entidades publicas e privadas que serviriam de 'Toupeiras' da empresa de tecnologias de informação, fornecendo elementos sobre necessidades e concursos que a favoreciam.

A principal empresa sob suspeita, a empresa "mae' atuava com ligações a várias outras companhias que colocavam as "toupeiras" nas instituições.

De acordo com o comunicado da PJ, as buscas destinam-se à recolha de informação relacionada com funcionários desses serviços e não visam decisores políticos.

(Continua)

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