Os funcionários da AIMA receberam ordens para não divulgar os números mais recentes quanto aos imigrantes residentes em Portugal. O Governo pretende que esses números sejam divulgados apenas depois das eleições. Os dirigentes do PS estão ao corrente da situação, mas concordam com este adiamento. É preciso não esquecer que foi o socialista António Costa, com a sua política de portas abertas (a tal "manifestação de interesse") o principal responsável por este desastre.
Acima de tudo, os políticos do (futuro) Bloco Central fogem como o Diabo da cruz a abordar a questão da imigração. Esta invenção da "Via Verde" é outra forma de manter abertas as portas que Costa abriu e fingir que se encontrou uma solução séria. A coisa mais simples de arranjar, no Bangladesh, Paquistão, Índia ou Nepal é um atestado criminal falso.
Nos consulados portugueses provavelmente acontecerá o mesmo que em muitas juntas de freguesia de Lisboa - emissão de vistos a uma velocidade acelerada, algo de idêntico aos apartamentos com 600 moradores legalmente registados nas referidas juntas.
Os empresários portugueses assinam tudo e mais alguma coisa desde que isso lhes encha os bolsos. Mas há alguns pormenores que vão complicar a "Via Verde": a inexistência de acesso a alojamento adequado - coisa que nem sequer uma percentagem substancial de portugueses tem - formação profissional e aprendizagem de português. Não acredito que a generosidade dos empresários portugueses chegue a tanto.
Basta andar de Uber para se perceber que a maioria dos condutores industânicos não sabe dizer mais do que "bom dia", "boa tarde" e "boa noite". É este o resultado da formação profissional que lhes é ministrada. Quase certamente será o Governo, com os nossos impostos, a substituir os empresários nestas duras tarefas, com a entrada em vigor da "Via Verde".
Este novo "contrato" que pretende "humanizar" a imigração não refere o que acontece aos imigrantes, quando o contrato de trabalho termina. Das duas uma: ou têm que regressar aos seus países de origem ou são autorizados a ficar em Portugal. A primeira hipótese não é má. A segunda é péssima.
Acresce a isto o facto de a maioria do imigrantes serem muçulmanos - uma religião que entra em conflito com as regras mais básicas e fundamentais de um estado de Direito, como aquele em que vivemos. Basta-nos um exemplo: o marido bater na mulher é crime em Portugal. O Corão e a lei islâmica, a Sharia, autorizam que o marido bata na mulher, sempre que achar que ela não se está a portar bem. Outro exemplo é acharem que uma mulher que ande sozinha pelas ruas, de saia curta, é uma prostituta e, como tal, não há problema nenhum em violá-la. Por alguma razão a Noruega instituiu aulas especiais para os imigrantes, a explicar-lhes que não o podem fazer.
Citando a Rádio Renascença, Os imigrantes são já metade da
população de Vila Nova de Milfontes e a tendência é para aumentar.
Mulheres e crianças sentem-se observadas e inseguras, fazendo aumentar o
clima de insatisfação. Junta de Freguesia pede reforço de policiamento e
admite que 'bolha social' pode estar prestes a rebentar em Milfontes."
Ainda de acordo com a reportagem da Rádio Renascença, as queixas começam a ser muitas e complicadas.
“Eu tenho duas meninas na
escola primária. Os pais já me tinham relatado, há uns tempos, que
aparecia uma pessoa no gradeamento da escola a tirar fotografias e a
abordar os miúdos”, relata Teresa Saraiva, a presidente da Associação de
Pais do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Milfontes.
Nas habituais reuniões, o
assunto vinha à baila, mas agora, os relatos surgem também dos pais dos
alunos do Colégio de Nossa Senhora da Graça, que integra o Instituto de
Nossa Senhora de Fátima. O único estabelecimento que garante o ensino
das crianças e adolescentes do 5º ao 12º ano.
“Muitas raparigas de
diversas turmas referem o enorme desconforto por serem perseguidas por
imigrantes que as abordam, que se metem com elas, o que lhes cria uma
situação de insegurança muito grande”, revela Teresa Saraiva.
Mas estas perseguições não se ficam pelas crianças na escola.
No Centro Comercial de
Milfontes, onde à noite se concentram dezenas e dezenas de migrantes,
Cristina Reis é dos poucos portugueses proprietários de uma das lojas
que comprou há uns anos. Montou uma lavandaria self-service para a
filha, com cerca de 25 anos. Era a forma de a manter na terra, ocupada e
com uma fonte de rendimento.
Depois de desligar uma
máquina industrial de passar a ferro as dezenas de lençóis, empilhados
numa mesa, limpa o suor da testa e lamenta que a filha não possa ficar
sozinha, a trabalhar.
“Em 2018, quando viemos para
aqui, não havia lojas de imigrantes asiáticos. Em 2019, começaram a
alugar e a comprar. E agora estamos aqui praticamente sozinhas.
Portugueses somos muito poucos. E desde o princípio, houve um jogo de
intimidação para sairmos daqui. Todas as vezes que saia da loja,
havia sempre ajuntamentos excessivos, com homens pregados às montras, a
olhar para dentro, a intimidar a minha filha”, lamenta Cristina Reis.
Um bip-bip-bip intenso e
estridente começa a ouvir-se de uma das máquinas de secar roupa, ao
fundo da sala. À espera estava Celeste Rocha, acompanhada das duas
filhas - uma com 9 ou 10 anos e a outra com 17.
“Muitas das vezes estamos a ser observadas por indivíduos, que ficam a olhar sobretudo para as miúdas. Não
sei qual é o intuito deles. Pronto, é um bocadinho constrangedor sair à
rua com as minhas filhas e não me sentir confortável. É a forma como
olham para nós, mulheres”.
Sentem-se presas no seu
próprio habitat, onde não podem andar à vontade, explica Celeste. Muito
menos no verão, em que as filhas usam calções devido ao calor. O
sentimento é tal que está a pensar mudar de casa e de localidade.
“Estou só à espera de que a minha filha acabe o secundário e possivelmente, sim, mudo-me. Vivo
em Milfontes há 23 anos, vim para cá com 16 anos porque a minha família
materna é daqui. Mas atualmente, não sinto segurança para as minhas
filhas andarem sozinhas na rua ou irem à praia”.
Há já algum tempo que Teresa
Saraiva deixou de ir à praia com as filhas. E não só teme que o clima de
insegurança aumente, como descambe.
(Continua)