quinta-feira, 28 de agosto de 2025

"Muitas reticências” do sheik Munir sobre símbolos religiosos proibidos pela UE

Líder religioso não considera que o lenço, ou véu, seja um símbolo muçulmano e teme que a medida hoje tomada pelo Tribunal Europeu de Justiça abra portas a mais discriminação nas empresas O sheik David Munir vê a medida tomada esta manhã pelo Tribunal Europeu de Justiça – que considera “legal” que as empresas proíbam os seus empregados de usarem símbolos religiosos, políticos ou filosóficos visíveis – com "muitas reticências".

É irónico que um praticante da mais violenta repressão em relação a outras confissões religiosas, venha, lacrimejando, lamentar decisões tomadas por um tribunal europeu - o mesmo tribunal que lhe permite exercer a sua religião, em paz, na Europa - tirando, é claro, os inúmeros atentados suicidas que os muçulmanos já trouxeram a este continente. Não há igrejas na Arábia Saudita nem se pode possuir uma Bíblia. O lobo com pele de cordeiro, Xeque Munir, não perde uma oportunidade de se vitimizar, como se a religião dele não fosse a maior intolerante de todas as crenças à face da terra. 

Teme "O líder religioso teme que se abra portas "a uma maior discriminação" contra as mulheres muçulmanas, já que na prática uma empresa pode exigir que uma trabalhadora deixe de ir trabalhar ou não seja admitida por usar um lenço ou véu."

Exactamente. Tal como não se autoriza uma trabalhadora a ir trabalhar de cara completamente tapada, ignorando-se quem está por detrás daquele pano preto. E quando a PSP manda uma muçulmana ortodoxa parar num controle de trânsito? Como confirmar que aquela face está no documento de identificação?  

 Será difícil uma maior discriminação, sobretudo na Sharia, em relação aos direitos das mulheres. Por exemplo, como explicou o próprio Xeque Munir ao jornal Público, em matéria de herança, o homem tem sempre direito a dois terços e a mulher a um terço.

Munir lembra que o lenço não é um símbolo religioso e é também usado por mulheres que não são muçulmanas. "Compreendo a medida do Tribunal Europeu se esta não considerar que o lenço como um símbolo religioso", adianta ao Expresso. E faz uma distinção entre o lenço (ou véu), que faz parte do vestuário de uma mulher muçulmana e deixa a cara descoberta; e o niqab e a burca, que cobrem o rosto e são considerados símbolos religiosos.

O sheik David Munir lembra que esta medida do tribunal "deixa muita coisa em aberto" e surge numa conjuntura em que estão marcadas eleições em vários países europeus, em que alguns candidatos populistas dominam a agenda. Adianta no entanto que as empresas são livres de admitir os funcionários e as suas políticas têm de ser respeitadas - uma ameaça velada do líder espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa. O mesmo líder que gostaria imenso de ver os seus alunos de árabe escrever um dia da direita para a esquerda. E muito provavelmente ver as crianças submetidas a mutilação genital feminina.

De salientar que o "Tribunal Europeu de Justiça ditou esta terça-feira de manhã que as empresas a operar na União Europeia podem proibir as suas funcionárias muçulmanas de usarem o véu islâmico e todos os funcionários de usarem quaisquer outros "símbolos religiosos, políticos ou filosóficos visíveis" desde que os seus regulamentos internos exijam a todos os trabalhadores que se vistam "de forma neutra".

Esta é a primeira vez que a mais alta instância judicial europeia se pronuncia sobre querelas judiciais relacionadas com o direito de trabalhadoras muçulmanas a usarem o hijab nos seus locais de trabalho. "Um regulamento interno que proíba o uso de quaisquer símbolos políticos, filosóficos ou religiosos visíveis não constitui uma discriminação direta", avança o ECJ em comunicado.

HUGO FRANCO 14 DE MARÇO DE 2017

PS: Felizmente, ainda há vozes dissonantes da maioria acéfala: Ayaan Hirsi Ali

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