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quarta-feira, 21 de maio de 2025

O Judas do Martim Moniz

 


 Carlos Moedas, aka o Judas do Martim Moniz, proibiu uma manifestação do "Ergue-te", depois de obter a necessária "autorizacão" para isso dos seus “fariseus” vestidos de azul. O autarca de Lisboa concorda com uma avaliação desses mesmos “fariseus” e anuncia a todos nós, cristão portugueses, que a “exibição da cruz de Cristo” tem “elementos de evidente carga ideológica, simbólica e provocatória".

Carlos Moedas considerou também que a manifestação era uma “afronta à dignidade de comunidades residentes em Lisboa e uma ameaça à convivência democrática".

Moedas comentou a situação e destacou o facto de ter que haver "Liberdade sim (...) mas sem extremismos nem ilegalidades", sublinhando a importância de respeitar os princípios democráticos e legais. O autarca explicou que a decisão de proibir a manifestação foi tomada com base na avaliação da PSP, que considerou que não estavam reunidas as condições de segurança e que as iniciativas em questão poderiam colocar em causa a ordem e tranquilidade públicas .

E qual é a "avaliação" dos "fariseus" de azul? ": "preocupações com a segurança pública devido à realização simultânea de outras manifestações com posicionamentos ideológicos distintos e antagónicos na mesma área geográfica e horário .", dizem alguns jornais.

O parecer do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, seguido pela CML, determinou “objetar a realização da manifestação e comício comunicados pelo partido 'Ergue-te”, tendo em conta o “risco real e fundado de perturbação da ordem pública”.

A preocupação terá sido - segundo outras publicações, que citam com maior detalhe o parecer da PSP "(...) a necessidade de garantir a ordem e tranquilidade públicas, considerando o risco de confrontos em uma área com uma comunidade estrangeira significativa, incluindo uma grande população muçulmana." Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas considerou também que a manifestação era uma “afronta à dignidade de comunidades residente em Lisboa e ameaça à convivência democrática”.

No parecer da PSP, emitido no passado dia 7 e citado no despacho assinado pelo autarca, é feito a contextualização territorial e sociocultural da zona do Martim Moniz, onde "reside e trabalha uma significativa comunidade muçulmana e hindu, com expressões visíveis de identidade coletiva, locais de culto e práticas religiosas".

A força policial levou em conta a informação divulgada publicamente pelo partido de a sua iniciativa incluir uma "refeição coletiva de porco no espeto" e a exibição da cruz de Cristo, "elementos de evidente carga ideológica, simbólica e provocatória".

"A associação, num evento de campanha, da exibição da cruz cristã com o consumo público de carne de porco — alimento interdito por várias práticas religiosas — configura, no mínimo, um gesto e mensagem ambíguas, passível de múltiplas leituras, entre elas, a de provocação simbólica, de exclusão cultural e, no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas”, lê-se na informação dos "fariseus" vestidos de azul.

A Câmara Municipal de Lisboa alinha por estas alegações sem pensar, assinando por baixo o parecer dos “fariseus” vestidos de azul: "A associação, num evento de campanha, da exibição da cruz cristã com o consumo público de carne de porco -- alimento interdito por várias práticas religiosas -- configura, no mínimo, um gesto e mensagem ambíguas, passível de múltiplas leituras, entre elas, a de provocação simbólica, de exclusão cultural e, no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas", lê-se no despacho da CML.

A força policial levou em conta a informação divulgada publicamente pelo partido de a sua iniciativa incluir uma "refeição coletiva de porco no espeto" e a exibição da cruz de Cristo, "elementos de evidente carga ideológica, simbólica e provocatória".

Esta "conjugação" suscitou à PSP "sérias reservas quanto ao seu impacto no espaço público em causa (Martim Moniz)" e também o "risco real e fundado de perturbação da ordem pública".

A PSP baseia-se também num parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República emitido em 2021 e que sublinha que os "direitos de reunião e manifestação não são absolutos e devem ser harmonizados com os princípios de convivência democrática, da ordem pública e da dignidade de grupos sociais minoritários".

O facto é que, pela segunda vez na história portuguesa, desde a conquista de Lisboa por forças cristãs, os muçulmanos reivindicaram para si um espaço, tornado-o interdito aos cristãos e a todos os não muçulmanos.

Tudo isto se passa tendo como pano de fundo uma praça denominada Martim Moniz, um militar lendário que terá participado na conquista de Lisboa, em 1147, sacrificando-se de forma a impedir o fecho de uma das portas do Castelo de São Jorge.

De acordo com a lenda, terá sido um cavaleiro que lutou com heroísmo durante o cerco de Lisboa, ao lado das forças cristãs sob o comando do rei D. Afonso Henriques (1112–1185). Ao perceber o entreabrir de uma porta no Castelo dos Mouros, atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo no vão da mesma, como forma de impedir o seu fecho pelos defensores.

Esse gesto heroico permitiu ganhar o tempo necessário à chegada dos seus companheiros, que assim conseguiram penetrar o castelo. Em sua homenagem, esse acesso ficou conhecido como Porta de Martim Moniz. Com este gesto tornou-se um glorioso mártir cristão.

Verdade ou lenda, a sua memória ficou, no nome da praça que, uma vez por ano, é totalmente ocupada por muçulmanos, na oração final do Ramadão.

A força policial levou em conta a informação divulgada publicamente pelo partido de a sua iniciativa incluir uma "refeição coletiva de porco no espeto" e a exibição da cruz de Cristo, "elementos de evidente carga ideológica, simbólica e provocatória".

"A associação, num evento de campanha, da exibição da cruz cristã com o consumo público de carne de porco — alimento interdito por várias práticas religiosas — configura, no mínimo, um gesto e mensagem ambíguas, passível de múltiplas leituras, entre elas, a de provocação simbólica, de exclusão cultural e, no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas”, lê-se na informação dos "fariseus" vestidos de azul.

Ou seja, na opinião desses acólitos, opinião essa caninamente acolhida pelo Judas do Martim Moniz, a simples “exibição da cruz cristã (...) configura, no mínimo (...) uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas.”

Fica aqui enterrada uma parte importante da Constituição Portuguesa, nomeadamente o nº 1 do artigo 41º: “A liberdade de consciência, de religião e de culto é inviolável.” Este direito fundamental choca de frente com a actuação do Judas do Martim Moniz e dos seus seguidores, ao proibirem a exibição de símbolos religiosos – a cruz de Cristo.

E porquê? Em que se baseiam os “fariseus" vestidos de azul? “A associação (...) da exibição da cruz cristã com o consumo público de carne de porco — alimento interdito por várias práticas religiosas — configura, no mínimo, um gesto e mensagem ambíguas, passível de múltiplas leituras, entre elas, a de provocação simbólica, de exclusão cultural e, no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas”, lê-se na informação dos “fariseus” vestidos de azul.

Temos portanto, um Judas na CML que, acolitado por uma chusma de “dhimmi”, se dobram e lambem as botas aos muçulmanos, estremecendo perante a possibilidade de os ditos cujos levarem a mal a exibição de uma cruz cristã num espaço público. Esta chusma até considera que um direito fundamental constitucionalmente garantido constitui uma manifestação de ódio: “(...) A exibição (...) da cruz cristã (...) configura (...) no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas”, refere o parecer da PSP que serve de esteio à proibição da decisão da CML.

Ficamos, assim, a saber que as autoridades que gerem esta cidade (e também os responsáveis da PSP, autênticos "fariseus") se arrojam pelo chão, diante do Islão e seus dirigentes, humildes e temerosos da sua ira, tal como os “dhimmi” – povos que, embora subjugados pelos islamistas, não eram chacinados e tinham alguns direitos reduzidos, através do pagamento de uma taxa, a "Jizia".

A conquista, a pouco e pouco, de espaços físicos onde apenas entram muçulmanos é um primeiro passo na estratégia de expansão do Islão, nos países ocidentais. Um fenómeno típico desta expansão territorial é a ocupação das zonas urbanas situadas em redor das mesquitas. O passo seguinte é a criação de escolas islâmicas – as escolas não islâmicas destroem a fé, escrevia-se há uns tempos numa das revistas em língua portuguesa da Comunidade Islâmica do Sul do Tejo. A cereja no topo do bolo é a constituição de um Estado dentro do Estado, através da criação de tribunais islâmicos, onde a Sharia é aplicada e a lei dos países onde essas comunidades vivem é ignorada.

Na Mesquita de Lisboa, por exemplo, há mais de 12 anos que funciona um tribunal islâmico. Colocada esta estratégia no terreno, as comunidades islâmicas partem para a “guerra” a sério: passam a exigir uma estatuto político e social próprio e um conjunto de direitos baseados na Sharia, com base no direito à diferença da sua crença. A participação política é uma característica importante nesta fase. Numa manobra cínica, invocam os direitos que constam na Constituição da República Portuguesa, ao mesmo tempo que tentam destruir o Estado de Direito que tem essa Constituição como pedra fundamental e onde estão plasmadas as leis que lhes dão a eles, muçulmanos, uma liberdade religiosa completa.

Confesso que é com alguma expectativa que aguardo a realização da próxima procissão em honra de Nossa Senhora da Saúde, também conhecida como “Procissão dos Artilheiros”, que se realiza no primeiro domingo de Maio. A procissão parte do Martim Moniz e começa por subir pela Rua do Benformoso. Nessa rua, só há um pequeno café explorado por uma velhota portuguesa. Todos os outros estabelecimentos – restaurantes, lojas de telemóveis, mini-mercearias - são explorados, na sua quase totalidade, por bangladeshis. A ocupação quase total da Rua do Bemformoso por muçulmanos é visível através de uma palavra nas montras de todos os estabelecimentos: “Halal”, produtos que não são proibidos pelo Islão, enquanto produtos proibidos são designados por “Haram”.

Uma questão que aqui deixo, destinada ao Judas do Martim Moniz: irá permitir que a Procissão das Artilheiros, no próximo ano, no primeiro domingo de Maio, siga o seu trajecto habitual, incluindo a rua do Benformoso? Ou, atendendo ao facto de que a “(...) a exibição (...) da cruz cristã (...) configura (...) no limite, uma demonstração de ódio ou de rejeição de uma comunidade em função das suas crenças e práticas religiosas” essa procissão também será proibida?


segunda-feira, 21 de abril de 2025

Ana Gomes, onde estás tu?

Há semanas que não te vejo a distribuir cravos pela rua do Benformoso e pelo Martim Moniz. Esgotaram-se os cravos da tua Esquerda lacrimejante? Ou tens medo de ficar sem telemóvel ou carteira, se fores lá passear novamente? E se isso acontecesse, também criticavas a polícia, por encostar os suspeitos à parede? Já agora, Ana Gomes, tens ideia do que estavam a fazer cerca de centena de imigrantes, nos passeios da rua do Benformoso, às 4 da tarde? Essa gentes não trabalha? De onde lhes vem o dinheiro?


 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Câmara de Lisboa admite avaliar reversão das expropriações para projeto da Mouraria que incluía mesquita

 

O executivo municipal diz que "está consolidada a expropriação", dado os prazos legais mas admitiu a possibilidade de avaliar o processo para uma possível reversão "de acordo com a lei". Anacoreta Correia disse que o atual executivo municipal não reverteu a expropriação porque os proprietários não a impedir em tribunal

A Câmara de Lisboa considera que o processo de expropriação de três prédios na Rua do Benformoso para o então projeto Praça da Mouraria, que incluía a instalação de uma mesquita, “está consolidado”, mas não descarta avaliar uma reversão.

O vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), disse que o atual executivo municipal, sob gestão de PSD/CDS-PP, “não reverteu a decisão anterior” de expropriação, aprovada em 2015, sob liderança do PS, explicando que os expropriados tinham, de acordo com a lei, um prazo de três anos para pedir a reversão deste “ato violento” de expropriação.

O prazo terminou antes deste mandato 2021-2025, porém, nenhum dos expropriados fez esse pedido, apenas houve impugnação.

O autarca falava no âmbito de uma audição com as 3.ª e 6.ª comissões da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), que fiscalizam as áreas de Urbanismo e Direitos Humanos e Sociais, respetivamente, e que estão a avaliar a eventual construção de uma nova mesquita na Mouraria, processo que se arrasta há mais de década.
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Anacoreta Correia indicou que um dos expropriados, António Barroso, avançou com processos judiciais, “mas não foram pedidos de reversão”. Houve contestação do valor atribuído pelos dois prédios expropriados, o que resultou na atribuição de 694 mil euros mais 197 mil euros, e houve impugnação da declaração de utilidade pública, em que já houve decisão de primeira instância a favor do município, mas foi apresentado recurso, aguardando-se o trânsito em julgado.

Apesar de considerar que “está consolidada a expropriação”, dado os prazos legais, Anacoreta Correia admitiu a possibilidade de avaliar o processo para uma possível reversão, “mas sempre de acordo com a lei”, assim como uma eventual compensação ao expropriado António Barroso, que “é um lesado, é uma vítima”.

(Continua)

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Betel: um produto nocivo e negligenciado na rua do Benformoso

 


A Areca, um gênero asiático de palmeira, produz uma semente muito apreciada e, ao mesmo tempo, mortal. Em toda a Ásia, principalmente em Taiwan, o hábito de mastigar a semente da areca em uma mistura conhecida popularmente como ´betel' é um vício muito popular entre a população. Ela é famosa por deixar seus consumidores ativos, acordados, com melhor disposição sexual, entre outros benefícios terapêuticos, estes últimos mais baseados em mitos do que qualquer outra coisa. Porém, a saúde da sua boca não ousa tecer qualquer tipo de elogio a essa semente.

             Em geral, a semente da areca é mais consumida na forma de betel quid, uma mistura entre semente de areca, folhas de Piper betle (um tipo de pimenteira) e, geralmente, tabaco. Cal hidratada (hidróxido de sódio, uma base inorgânica bastante reativa em meio aquoso) também costuma entrar no meio. De um canto a outro da Ásia, a receita sofre variações, podendo incluir mostarda, adoçantes, açafrão, entre outros ingredientes, dependendo do gosto de cada região. Junto com a nicotina do tabaco, outra substância ajuda no vício e efeitos creditados à areca: arecolina. A união de nicotina, arecolina, e outras substâncias psicoativas ainda não identificadas na areca, tornam o produto extremamente viciante, chegando a ser comparável ao uso da cocaína em alguns casos.

           Mas o grande problema é que essa semente, quando natural e com casca (forma preferida de ser consumida na mistura), libera substâncias altamente cancerígenas, as quais aumentam bastante o risco para o desenvolvimento agressivo de um câncer de boca. O uso do tabaco e da cal hidratada só pioram a situação. Depois de anos mastigando as misturas com a semente da areca, muitos adquirem horrendos tumores dentro da boca, os quais acabam deformando todo o rosto. E não é só esse tipo de tumor maligno que é induzido. Cânceres em diversos outros órgãos também têm o seu risco aumentado, além de outras complicações como problemas cardíacos e até mesmo obesidade.

              Atualmente, na Ásia, a Organização Mundial de Saúde (OMS), e outras entidades da área, estimulam e financiam programas de educação contra este hábito danoso, focando principalmente as escolas. O grande problema é que os primeiros sintomas do câncer demoram, no mínimo, 3 anos para aparecerem, fato este que deixa os consumidores da semente mais relaxados com a saúde. Ainda temos o fato que não há leis que proíbam o comércio ou, ao menos, forcem os fabricantes a alertarem os clientes dos males trazidos pela mastigação do betel, seja na forma de advertências nas embalagens ou dentro dos estabelecimentos comerciais. E, para completar o preocupante quadro, o hábito de consumo da areca é parte cultural profunda em diversas regiões asiáticas.

(Continua)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Moradores preocupados com falta de segurança pedem mais câmaras e mais polícias - Moradores e trabalhadores defendem videovigilância como solução

 

 

Uns degraus abaixo, depois do primeiro lanço das escadas, está Cidália à janela do rés-do-chão onde vive — com vista para a Praça do Martim Moniz e para as escadas —, que evoca Carlos Moedas. “O presidente da Câmara [de Lisboa] está à espera de quê? É preciso instalar câmaras onde há problemas”, desabafa, antes de questionar a prioridade dada ao Cais do Sodré e ao Campo das Cebolas.

Apesar da preocupação com essas duas zonas, esta segunda-feira, instado a comentar a insegurança na sequência da queixa de violação nas Escadinhas da Saúde, Moedas reiterou a disponibilidade para instalar câmaras no Martim Moniz. “Já decidimos [instalar câmaras] em vários sítios da cidade que são importantes. O Martim Moniz não estava incluído, mas obviamente que estou com a PSP para também implementar no Martim Moniz, se essa for a vontade da PSP”, disse o autarca, citado pela Lusa. A PSP demonstrou interesse em ter videovigilância naquela zona da capital, depois da rixa que fez vários feridos entre a Rua do Benformoso e o Intendente.

“A polícia é muito importante em qualquer lado. Devia haver mais câmaras e policiamento durante a noite”, reitera Teresa, apoiada por Carlos: “Se alguém quiser fazer porcaria e estiver a ser filmado, vai pensar duas vezes.”

As vozes em defesa de um sistema de controlo com câmaras naquela zona da cidade vão-se somando. Mas a solução não é unânime. Além de temer um clima de “vigilância constante e massiva”, Fábio defende “estudos” para perceber se compensa ter “câmaras”, numa cidade “com uma configuração estranha, com muitas ruelas e becos”.

Entre bafos no cigarro, o trabalhador de 31 anos diz que passeia “muitas vezes na rua do Benformoso” e não sente medo, apesar de admitir que, “há algumas situações delicadas, com traficantes ou pessoas viciadas em crack”. “Há muitas pessoas, alguns portugueses e outros imigrantes, também da minha idade, em situações de toxicodependência. Já tive que chamar o INEM duas ou três vezes”, explica.

A comoção é geral entre vizinhos e trabalhadores das redondezas, que admitem um problema com segurança na zona, mas que normalmente não se traduz em violações, restringindo-se, maioritariamente, a confrontos entre traficantes. Além de admitir que “não se apercebeu de nada”, Cidália diz que o marido — “que tem sono leve e costuma ouvir tudo” — não notou nenhum barulho na madrugada do alegado crime.

Os confrontos na zona “são comuns”, desabafa a mulher de 68 anos na entrada do prédio onde vive há quase uma década, apesar de confirmar que os problemas nas Escadinhas da Saúde costumam estar relacionados com “tráfico de droga”.

“Temos que poder andar na rua de madrugada, se quisermos, e com segurança”, exige, com a assertividade de quem não se inibe de combater o problema que tem à porta de casa. “Sinto insegurança com a droga. Corro o risco de levar com uma pedra na cabeça. No outro dia, o meu marido acordou com o barulho e viu pessoas à pedrada. Eu já mandei baldes de água a traficantes que estavam aqui a vender droga”, relata, num sotaque carregado: “A justiça não tem mão no tráfico. A polícia prende bastante, mas não é suficiente. Até no meu Alentejo está mau.”

Tal como Cidália e o marido, a maioria das pessoas dormia às 4h00 da manhã de domingo, hora a que terá ocorrido o crime. Fonte da PJ, citada pela Lusa, disse que a vítima teria saído de uma viatura TVDE e foi atacada a caminho de casa.

Maria, que trabalha num café com vista para a Praça do Martim Moniz, assume: “Não tenho outro remédio. Tenho que andar na rua de noite, porque apanho o autocarro do outro lado da praça, mas estou sempre atenta”. Preocupada, a jovem de 28 anos diz que falou com vários vizinhos, que também não ouviram nada.
“Eu não vou para algumas ruas. Há homens maus”

O caminho de vários turistas em direção ao Castelo de São Jorge passa, muitas vezes, por esta escadaria que termina na Rua Marquês Ponte de Lima – bem mais deserta do que a praça uns metros abaixo, mas também com algum comércio procurado, maioritariamente, por trabalhadores imigrantes.

Sentado à espera dos clientes, um vendedor do Bangladesh explica que “há zonas que evita”. “Eu não vou para algumas ruas. Acordo e venho logo para aqui, à hora de sair, vou para casa. Há zonas com homens maus”, descreve, num inglês esforçado, o homem que prefere não ser identificado.

A visão sobre a insegurança no Martim Moniz transcende a nacionalidade. Os vários comerciantes que falam com desconfiança ao Observador explicam que “sentem insegurança nas ruas”, que os leva a evitar determinados locais.

Há sete meses em Portugal, mas apenas um em Lisboa, outro imigrante revela que gostava mais de estar no Porto — “é mais seguro do que aqui” —, mas a falta de trabalho obrigou-o a mudar-se para a capital. “Evito as escadas de noite. O meu patrão diz-me para não passar por ali”, explica.

Teresa, que vive na zona há quase 40 anos e herdou a loja do pai, diz que nos últimos anos “tem havido uma degradação muito grande” e compara o crescente problema de delinquência de tráfico de droga com o Casal Ventoso – o antigo bairro de Alcântara que foi reorganizado no final do último milénio.
Atuação da polícia não gera consenso

Entre as várias pessoas que tentam pensar numa solução para o combate à criminalidade no Martim Moniz, há muitas que apoiam ações policias como a rusga polémica verificada em dezembro do ano passado na Rua do Benformoso. “Até acho que podiam fazer rusgas mais vezes. Ser identificados e revistados não tem mal nenhum. Quem não deve não teme”, justifica Teresa.

No entanto, há quem entenda que estas rusgas “são uma tentativa de mostrar músculo e antagonizar os imigrantes, que acabam por sentir-se diminuídos”, refere Fábio, que defende ações para “fiscalizar e para proteger o país e os imigrantes”.

Na complicada missão de ajudar três idosas a descer as escadas íngremes — dificultada ainda mais pelas poças de água acumuladas na escorregadia calçada —, Renata diz que o problema “não é de etnias nem de nacionalidades”, mas de “pobreza e de condição social”.

No topo da escadaria e acabada de chegar ao Martim Moniz está a proprietária de um Alojamento Local que, apesar de ter estado ausente, “já soube do que aconteceu”. “Violações aqui não costumam acontecer”, refere, surpreendida, afastando também qualquer relação entre insegurança e imigração. A seu lado está Elvira, de 68 anos, profunda conhecedora do Martim Moniz, onde já não vive, mas que continua a visitar diariamente para trabalhar. Nota, com tristeza na voz, um “aumento da insegurança nos últimos tempos”: “Agora está um bocadinho pior. Não estamos numa fase boa e tenho medo de estar na rua. As pessoas não se sentem seguras, vemos muitos ajuntamentos e não vemos polícias.”

A maioria das pessoas queixa-se da falta de polícias. “Recentemente há mais polícias, mas só de carro, raramente os vejo a pé”, acrescenta Fábio. “Estamos numa zona sensível. É preciso mais policiamento apeado, para dar pelo menos alguma sensação de segurança”, confidencia Maria, em busca de uma solução para o local onde trabalha.


domingo, 12 de janeiro de 2025

Sete feridos em desordem com vários estrangeiros na Rua do Benformoso

 

Pelo menos três das sete vítimas foram conduzidas ao hospital e todos "aparentam estar em forma regular" em território nacional. A PSP referiu que não foi possível apurar os motivos da desordem. Um vídeo amador mostra o início dos desacatos entre várias pessoas.
"Esta tarde, por volta das 14:30, quatro cidadãos estrangeiros deslocaram-se à 4.ª esquadra na Rua da Palma, onde pediram apoio. Pediram ajuda à polícia o que revela a confiança que esta comunidade tem na PSP e pediram ajuda porque apresentavam sinais de terem sido agredidos. Prontamente foram acionados para o local e foram detetadas mais três pessoas ainda aqui e com sinais de terem sido agredidas. Duas das quais com uma faca, uma arma branca", explicou o Sub-intendente da PSP Iuri Rodrigues.

 

Pelo menos três das sete vítimas foram assistidas no local e conduzidas ao Hospital de São José. Todos "aparentam estar em forma regular" em território nacional. "O que podemos dizer é que houve alguma violência: há registo de dentes partidos, agressões com arma branca numa perna e barriga e cortes na cabeça", acrescenta. Em conferencia de imprensa, o Sub-intendente Iuri Rodrigues refere a barreira linguística como um dos obstáculos que impede apurar os motivos da desordem.
De acordo com fonte policial, as duas vítimas sofreram ferimentos provocados com arma branca. "Uma vítima foi esfaqueada num membro inferior e outra na zona lombar. Ambos receberam assistência no local, sendo de seguida transportados para o Hospital de São José", indicou a mesma fonte da PSP.
A polícia vai comunicar a ocorrência ao Ministério Público e reforçou o policiamento "no local da ocorrência e nas imediações".


 


Um futuro negro


Ainda ninguém perguntou o que é que mais de uma centena de bangladeshis e paquistaneses estavam a fazer, às 4 da tarde, nos passeios da rua do Bemformoso! Não trabalham? De onde lhes vem o dinheiro para comer e alugar casas? De onde lhes veio o dinheiro para transformarem em restaurantes e minimercados TODAS as lojas (com excepção de UMA, que ainda tem como dona uma velhota portuguesa) da rua do Bemformoso?

O que fazem esses paquistaneses e banglasheshis, o dia inteiro, encostados à parede da Rua do Benformoso, agarrados ao telemóvel, em grupos de 4/5 pessoas? São mais de três centenas e enchem os passeios de ambos os lados da Rua do Benformoso. Passam ali o dia inteiro, de manhã à noite, fazendo apenas uma interrupção para almoçar - num restaurante indostânico.
Em 2022, de acordo com dados da Pordata, viviam em Portugal cerca de 58.000 indianos e 40 mil nepaleses. A comunidade bangladeshi, de acordo com o presidente da sua associação, atingia 70.000. No total, 160.000 imigrantes - a maioria muçulmanos - cuja cultura, religião e princípios são totalmente opostos dos nossos e da nossa Constituição - cuja noção de justiça, a Sharia, é medieval e primitiva. A forma como ocupam certas zonas da cidade é uma espécie de invasão.

Novamente, a Rua do Bemformoso é o melhor exemplo. Em tempos que já lá vão, era uma zona de turistas estrangeiros - europeus, obviamente. Hoje em dia são raros os portugueses e os turistas que se aventuram naquela zona. A sensação de se estar num país estrangeiro é desagradável.
E depois há o negócio dos atestados de residência. Cada "empresa" daquela zona - e do Martim Moniz, Largo Camões, etc, - tem como "mercadoria" para venda uma quantidade infindável de porta-chaves, chapéus, malas de usar a tiracolo.

Numa viagem detalhada por essas zonas, reparei num pormenor: cada loja tem 1/2 empregados. É raro ver turistas a comprar seja o que for nessas lojas. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, já mostrou a sua preocupação com algo que “está a degradar a imagem da cidade". Rui Moreira manifestou, assim, estranheza quanto ao facto de lojas que vendem “souvenirs” conseguirem receita suficiente para suportarem rendas de estabelecimento comerciais nobres do centro da cidade, que rondam os 5/6 mil euros.

O negócio dessas lojas é simples: é constituída uma empresa, que gere a loja. Depois, a empresa faz contratos de trabalho falsos com centenas, milhares de imigrantes indostânicos - um documento necessário para regularizarem a sua situação como residentes em Portugal. O truque não funciona apenas nas lojas. Ainda recentemente foi detectada uma moradia com 1.600 imigrantes registados como inquilinos. Os imigrantes pagam uma determinada quantia aos proprietários das lojas, em troco de um comprovativo de que têm um contrato de trabalho vigente.

A herança socialista em matéria de imigração é um dos grandes desastres que António Costa nos deixou. E o pior ainda está por vir. A pacata Suécia, um país tranquilo e pacífico, está hoje em primeiro lugar, na Europa, em matéria de homicídios - a maior parte resultantes de ajustes de contas e negócios de droga, entre gangues de imigrantes.
Não há-de faltar muito para que estejamos numa situação idêntica. Basta ouvir (ler, no caso) o que o presidente da associação de bangladeshis (Rana Taslim Uddin) disse, num discurso proferido numa reunião da direção daquela associação: "“Aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade. Por isso tentamos agradar a Deus e ao mesmo tempo construir uma amizade com as pessoas desta sociedade.”


 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Os “novos” imigrantes. Um outro país dentro da capital

 


 

"(…) O maior problema é que as pessoas têm medo de vir a esta rua (Rua do Benformoso). As minhas filhas, que cresceram aqui, por exemplo, deixaram de cá vir tantas vezes e, quando vêm, não trazem os meus netos. Quando os quero ver tenho de ser eu a deslocar-me”, explica. (…)"

Jornal Sol

"(...) Das mais de 100 lojas, contam-se pelos dedos da mão as de outros tempos. Numa delas, de roupa e acessórios, no início da Rua do Benformoso, as três lojistas, que pediram para não ser identificadas, queixam-se da insegurança, do tráfico de droga, da prostituição e de como isso se reflete nas contas: “As pessoas têm medo de vir para aqui, os nossos clientes antigos já não vêm.”

“À porta da minha loja vende-se droga. Já mandei e-mails para todo o lado a pedir mais policiamento. Aqui vê-se de tudo. Estou aqui há 30 anos, mas isto está a tornar-se pesado. Estou cansada. Já nos convencemos que estamos a trabalhar em Chinatown, ou melhor, em Banglatown”, dizem, completando-se em concordância (...)"

CNN

 


quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Ainda a rusga na rua do Benformoso - imbecis e mentecaptos de Esquerda

 

 
A onda de indignação que percorreu a Esquerda deste país perante uma simples operação policial permitiu revelar a enorme percentagem de imbecis e mentecaptos que milita nessa área. Não houve um único ou uma única voz de Esquerda a colocar uma pergunta muito simples: o que é que cerca de uma centena de emigrantes do Paquistão, Bangladesh e Índia estavam a fazer, no passeio da Rua do Benformoso, às quatro da tarde? 
 
Estão todos legais, foi o resultado da rusga. Mas não trabalham? Às quatro da tarde estão por ali, encostados à parede, em grupos de 4/5, a maior parte do tempo a falar ao telemóvel. Vivem de quê? De onde lhes vem o dinheiro para não terem que trabalhar? E onde vivem? Onde é que encontram casas ou quartos para viver, uma vez que precisam de um atestado de residência para se legalizarem? Em Lisboa, de acordo com uma reportagem da SIC, descobriu-se um esquema em que uma única morada foi usada para validar mais de 1.600 atestados de residência

Os imigrantes são já metade da população de Vila Nova de Milfontes e a tendência é para aumentar. Mulheres e crianças sentem-se observadas e inseguras, fazendo aumentar o clima de insatisfação. Junta de Freguesia pede reforço de policiamento e admite que "bolha social" pode estar prestes a rebentar em Milfontes.

Ainda de acordo com a reportagem da SIC "alguns (imigrantes) dos que passam parte do dia quase “à deriva”, pelas ruas de Milfontes vestem o “panjabi”, a túnica comprida que os cobre quase até aos pés. E muitos usam na cabeça um “tupi”, um pequeno chapéu, muitas vezes feito de renda, típico do subcontinente indiano. A rua só fica mais vazia às horas das orações diárias cumpridas pelos muçulmanos.

Francisco Lampreia, presidente da Junta de Freguesia, passou centenas de atestados de residência que abriram caminho á legalização destes imigrantes. Para o autarca, a questão é simples. “O que temos aqui é um negócio de importação e exploração de pessoas, que querem vir para a Europa à procura de uma vida melhor”. E esse negócio, sublinha, “é controlado por máfias, que ganham muito dinheiro com a vinda de imigrantes. Sem limites na legislação têm o negócio em crescendo. E isto pode vir a provocar um problema grave no nosso país”.

Já agora, sugiro um slogan para futuras manifestações perante esta bandalheira que grassa pela nossa política de imigração: "Encostem-nos à parede!"



 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Rua do Benformoso: Nem formosa, nem segura

 

Conheci o T. numa noite de copos, no Bairro Alto. Era polícia à paisana, dedicado essencialmente ao combate ao tráfico de droga. Na mesa estava também um colega jornalista, que trabalhava na área do crime. Fiz-lhe algumas perguntas, curioso sobre o tema e trocámos telefones, para outra noite de copos.

Liguei-lhe uma semana antes de ir fazer um passeio pela rua do Bemformoso, para “cheirar” o que lá passava – e que seria interessante, pelas notícias e reportagens que ia lendo e vendo em diversos órgãos de Comunicação Social.

Pedi-lhe um retrato de como é que funcionavam as coisas, por ali. E era simples: indianos e paquistaneses dedicados ao tráfico de mão-de-obra e guineenses a controlar a venda de droga – essencialmente “crack”, o parente pobre da heroína. Barato – uma “pedra”, mais conhecida por “pipoca”, para consumo de uma pessoa, custa apenas 5 euros. Tem um efeito rápido, é extremamente viciante, mas o tempo de "pedrada" é curto.

Numa terça-feira pus-me a caminho. Cheguei pouco antes da hora do almoço e, para fazer “contacto”, logo no princípio da rua do Bemformoso, perguntei a um indiano com aspecto de “junkie”, se conhecia algum bom restaurante.

Embora fosse na direcção oposta à minha, fez questão de inverter caminho e levar-me ao restaurante. No trajecto, perguntou-me o nome e respondeu com o seu nome, também: Dierk, pareceu-me ouvir. Duzentos metros acima do início da rua indicou-me o “Taste of Lahore”. Foi comigo até à porta, obviamente para que o patrão percebesse que ele é que tinha angariado o cliente. Antes de nos despedirmos, pediu-me uma ajuda, perguntando se eu tinha algumas moedas. Vivia em Portugal há dois anos, mas estava sem trabalho, nem tinha dinheiro para pagar uma cama. Dei-lhe cinco euros, o que ele agradeceu efusivamente.

O restaurante de Lahore que não era de Lahore

No restaurante, veio o patrão falar comigo. Quando olhei para o menu, disse-lhe que aquilo eram pratos indianos. Ora, Lahore é uma cidade paquistanesa. Riu-se e não me soube dar qualquer explicação. Percebi que havia uma coisa fora da ementa: cerveja, que era algo que cairia bem no calor insuportável que se fazia sentir. “No beer, sir” - uma frase que ouvi repetida 30 ou 40 vezes, em tantos mini-mercados e restaurantes onde fui, durante dois dias. Depois reparei que, em todos os sítios onde se comia ou se faziam compras, como os mini-mercados, havia sempre a palavra “Halal” - “permitido, autorizado”, coisa que não acontecia com o álcool, “Haram”, proibido, fora da lei islâmica.

(Continua)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Aumento de 50%: PSP detém 141 carteiristas este ano

 

Existe ainda um crescimento de 22% de suspeitos de furto por carteiristas relativamente ao período homólogo de 2023. Mais de 340 suspeitos foram identificados pelas autoridades. Aumento de 50%: PSP detém 141 carteiristas este ano

A PSP deteve este ano 141 carteiristas e identificou 341 suspeitos desta prática, número de detenções que aumentou 50% em relação a 2023, segundo dados divulgados esta sexta-feira por aquela polícia. Existe ainda um crescimento de 22% de suspeitos de furto por carteiristas relativamente ao período homólogo de 2023. Mais de 340 suspeitos foram identificados pelas autoridades

Segundo a Polícia de Segurança Pública, entre 1 de janeiro e 30 de novembro, além do aumento de 50% das detenções, existe ainda um crescimento de 22% de suspeitos de furto por carteiristas relativamente ao período homólogo de 2023.

Os dados fornecidos pela PSP apontam que o número de detenções de carteiristas foi de 32 em 2020, descendo para 18 em 2021, ano a partir do qual o crescimento deste crime tem crescido exponencialmente, registando-se 58 casos em 2022, 104 em 2023 e 141 este ano, até 30 de novembro.

A PSP explica que, com o intuito de reforçar o combate a este fenómeno criminal, criou em 2018 uma equipa formada por polícias pertencentes à estrutura de investigação criminal, especializados em crimes contra o património.

"Este investimento da PSP, tem permitido aumentar consideravelmente, ao longo dos últimos anos, o número de interceções em flagrante delito de suspeitos da prática deste crime", refere aquela polícia, em comunicado, destacando também a vertente da cooperação e troca de informações a nível internacional relacionadas com este crime.

No âmbito da cooperação policial a nível internacional, operacionais desta equipa da PSP têm participado em diversas ações de policiamentos internacionais, com destaque para o EURO 2024, na Alemanha, o Festival de GENT, na Bélgica, o Festival OKTOBERFEST, na Alemanha e os Jogos Olímpicos, em França.

A PSP alerta que a quadra natalícia e a passagem de ano originam uma grande movimentação de pessoas, com especial destaque nos grandes centros urbanos, em que a concentração é maior em zonas comerciais, turísticas e em interfaces de transportes públicos e que, "apesar do incremento da presença e visibilidade policial em zonas de grande aglomeração de pessoas, continua a ser expectável a existência de condições para a ocorrência de determinadas tipologias criminais, com especial destaque para os crimes contra o património em geral, designadamente os roubos e furtos a pessoas".

Nesse sentido, a PSP aconselha a população para que guarde os pertences e objetos de valor em bolsos interiores, não transporte objetos, como telemóvel ou carteira, em bolsos traseiros ou visíveis, não transporte grandes quantias de dinheiro ou objetos valiosos e tenha malas e mochilas sempre fechadas e junto ao corpo.
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Aconselha a que, preferencialmente, as mochilas sejam transportadas na parte da frente do corpo e não nas costas, especialmente se circular em transportes públicos ou em zonas de grande aglomeração de pessoas, e ao reforço da segurança das malas/mochilas utilizando um cadeado de pequenas dimensões ou um simples clipe.

A PSP apela ainda à denúncia de todos os crimes de que se tenha conhecimento, quer na condição de vítima ou testemunha, e relembra que quanto mais célere for esta denúncia, mais depressa serão efetuadas diligências para chegar à identificação dos criminosos.

TSF/Lusa   

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Portugal tem mais de um milhão de estrangeiros, aumento em 2023 foi de um terço

Em seis anos, o número de estrangeiros em Portugal mais do que duplicou. São agora mais de um milhão a viver em Portugal. Aumento registado em 2023 foi de 33,6%.

A população estrangeira residente em Portugal aumentou 33,6% em 2023, em comparação com o ano anterior, totalizando 1.044.606 os cidadãos com Autorização de Residência, segundo o Relatório de Migração e Asilo esta terça-feira divulgado.

De acordo com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em seis anos, mais do que duplicou o número de estrangeiros legais em Portugal, passando de 480.300 em 2017, para mais de um milhão no ano passado.

O ano de 2023 foi também o período em que a população mais cresceu, correspondendo a um terço, segundo o mesmo documento.

O relatório “é um instrumento essencial para a caracterização das dinâmicas e processos migratórios em Portugal, peça essencial de informação pública que é devida por parte da Administração”, escreve no documento Pedro Portugal Gaspar, presidente da AIMA.

Além deste número, existem milhares de cidadãos estrangeiros a aguardar regularização. Segundo as autoridades, existiam 400 mil processos pendentes nestas condições no final de 2023.

Entre as nacionalidades mais representativas, 35,3% são brasileiros (368.449 pessoas), seguindo-se 55.589 angolanos (5,3%), 48.885 cabo-verdianos (4,7%), 47.709 britânicos (4,5%), 44.051 indianos (4,2%), 36.227 italianos (3,5%), 32.535 guineenses (3,1), 29.972 nepaleses (2,9), 27.873 chineses (2,7%), 27.549 franceses (2,6%) e 26.460 são-tomenses (2,5%).

Por continente, o maior crescimento de estrangeiros em relação a 2022 verificou-se nos cidadãos vindos de África (mais 51,2%) e da América do Sul (mais 54,2%).

Do total de estrangeiros 53% são homens e 80,5% do total são parte a população ativa, com mais de metade entre os 25 e os 44 anos (532.214 pessoas).

Por distrito, a maioria vive em Lisboa (431.919), tendo sido também a região do país com maior crescimento absoluto (mais 106.600 pessoas), com um aumento de quase um terço. Seguem-se os distritos de Faro, Setúbal e Porto.

Numa análise por concelho, é na capital que vivem mais estrangeiros (162.553 pessoas), um aumento de 37,1% em relação a 2022. Segue-se Sintra (63.220), Cascais (42.823), Amadora (35.858) e Porto (35.653).

Segundo o relatório, “salienta-se o facto de nove dos doze concelhos com maior número de cidadãos estrangeiros pertencem à área metropolitana de Lisboa, perfazendo com um total de 436.277 (41,8%)”.

Em 2023, mais do que duplicou o número de títulos de residência atribuídos (328.978), correspondendo a um aumento de 130 por cento em relação a 2022, ano que já tinha verificado uma subida de 28,5% em relação a 2022.

O “fluxo migratório apresenta um aumento substancial face aos anos anteriores, com destaque para a Autorização de Residência para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, correspondendo a 45,3% do total, refere o relatório.

Além do visto CPLP, as novas concessões de títulos de residência tiveram por base processos relacionados com certificados de residência (53.988), atividade profissional (50.333), reagrupamento familiar (44.878) e estudo (23.876).

Numa análise por nacionalidade, o Brasil foi o país que teve quase metade das autorizações de residência em 2023 (147.262), seguindo-se, a larga distância, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Índia, Guiné Bissau, Bangladesh, Itália e Nepal.

Numa análise de vários anos que consta no relatório, a população com títulos de residência tem vindo quase sempre a subir desde 1980 (50.750 pessoas), com exceção de 2005 e o período entre 2010 e 2015.

Em junho, o Governo alterou a lei de estrangeiros e acabou com as manifestações de interesse, uma figura que permitia a regularização de estrangeiros que chegassem a Portugal com visto de turismo e começassem a trabalhar.

Este recurso jurídico, contemplado nos artigos 88 e 89 da lei, motivaram a regularização de cerca de 15% dos processos em 2023 mas são, segundo as autoridades, um dos principais motivos para a sobrecarga do sistema, a par do visto CPLP.

(Continua

PS 1: É claro que os dois artigos anteriores versam matéria que nada tem a ver uma com a outra, dirão os esquerdistas do BE e do Livre, amantes de migrantes e defensores de uma política de imigração de portas abertas. Aliás, presumo que as portas das casas dessas pessoas estejam sempre abertas para receber migrantes.

PS 2: Rua do Benformoso: Nem formosa, nem segura 

Uma zona onde é preciso ter cuidado, sobretudo com os telemóveis. A semana passada fui alvo de uma tentativa de assalto, de três indostânicos, mesmo em frente à igreja dos Anjos. Resisti e consegui evitar a perda do telemóvel. Aprendi uma lição: nunca usem o telemóvel no bolso traseiro  das calças. Já assisti a outros três assaltos, noutra zona, perto do Marim Moniz. Característica comum: todos os assaltantes eram indostânicos


Fraudes no reagrupamento familiar de imigrantes vão continuar

  Uma simulação de um pedido de reagrupamento familiar, numa família composta por residente em Portugal, mulher e filho menor, alvo do pedid...