sexta-feira, 19 de setembro de 2025

O Ministério Público pediu esta semana mais documentação ao primeiro-ministro

 

Na Justiça, conhece os quatro cantos da casa. Mas foi enquanto diretor do DCIAP que deu que falar. É um caso raro. Quase a completar 70 anos e já jubilado, aceitou o desafio para voltar à labuta. Ao leme da PGR, há quase um ano, começa agora a ser contestado. 

É o magistrado com mais idade a ser procurador-geral da República (PGR). A grande maioria dos magistrados, na sua idade, 70 anos, prefere gozar a reforma. O que o motivou a aceitar?
Também eu gostava de ter continuado na jubilação mas, face à insistência do senhor primeiro-ministro, Luís Montenegro, decidi aceitar. Considero que ainda tenho capacidade para levar por diante algumas das reformas de que o Ministério Público necessita e entendo isto, essencialmente, como mais um serviço em benefício dos cidadãos.

Parece que não aceitou o convite à primeira.
É verdade.

O Presidente da República não teve também um papel determinante para o convencer?
Não vou falar sobre o número de reuniões que mantivemos ou as pessoas que intervieram…

Diz o povo que ‘quem cala consente’. Vou fazer-lhe uma pergunta que não é da minha autoria, mas pegou moda: onde estava no 25 de Abril?
Em Lisboa, no primeiro ano da faculdade. Nesse dia, tinha um jogo de futebol no Estádio Universitário, mas fui o único que apareceu. O meu pai, que era da Guarda Nacional Republicana (GNR), era muito fechado a determinado tipo de pensamentos. Na manhã desse dia, ligou para casa para nos proibir de pôr o pé na rua. Mas eu saí. Era muito teimoso, acho que ainda sou.

(Continua

 

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