domingo, 21 de setembro de 2025

Sem imigrantes, promessa das 133 mil casas até 2030 será difícil de cumprir

 

Portugal só consegue construir 26 mil habitações por ano, diz presidente da APEMIP. Capacidade construtiva do país está, de momento, totalmente tomada. 

O país não tem mão-de-obra suficiente para cumprir a promessa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de disponibilizar 133 mil casas públicas até 2030 para as famílias identificadas com graves carências habitacionais, diz Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). "É absolutamente essencial aumentar a capacidade construtiva" em Portugal para dar resposta a esse compromisso, defende.

A construção precisa de mais de 80 mil trabalhadores – número recorrentemente apontado pela associação do setor -, e para colmatar essa falha "são necessários mais imigrantes, que têm de ter casa digna", frisa o responsável. Em paralelo, "é necessário industrializar a construção".

Segundo Paulo Caiado, a capacidade construtiva instalada no país só consegue edificar 26 mil casas por ano. E "está em plena laboração", salienta. No atual estado do setor, seria necessário alocar toda a indústria ao objetivo das 133 mil casas e, ainda assim, seriam precisos mais de cinco anos para executar essa meta, o que inviabilizaria a sua conclusão até 2030.

É preciso "apoiar as empresas, apostar em processos construtivos mais eficientes e recorrer a imigrantes, mais e menos qualificados", defende Paulo Caiado.

Na passada quinta-feira, em Conselho de Ministros, o governo voltou a assegurar que pretendia cumprir com o objetivo de ter as 133 mil casas prontas até 2030, um número que integra os 26 mil fogos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, que têm estar finalizados até julho de 2026.

PS: Artigo FABULOSO!!!!! Portugal não consegue construir 133 mil casas públicas até 2030 porque LHE FALTAM 80 MIL TRABALHADORES.... E onde estão as casas para esses 80 mil trabalhadores viverem, enquanto constroem as tais 133 mil casas?

(Continua

 

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