segunda-feira, 16 de junho de 2025
domingo, 8 de junho de 2025
Três razões para combater o islamismo
1 - A substituição demográfica
No Reino Unido, a população muçulmana, entre 2001 e 2021 duplicou. Na Suécia, a população muçulmana era 3,5% da população total, no ano 2000. Em 2017, já representava 8,1% da população.
Em França, no ano 2000, os muçulmanos eram 6% da população. Em 2020, atingiam já 10%. Em todos os países europeus (salvo raras excepções como a Hungria, onde os muçulmanos são apenas 0,08 %) o ritmo de crescimento da população islâmica não mostra sinais de abrandar. Para além de uma política de emigração suicida, de portas abertas a refugiados económicos e pedintes de asilo de países islâmicos, a população europeia autóctone tem uma taxa da natalidade muito mais baixa do que os muçulmanos.
Na Finlândia, por exemplo, a taxa de natalidade para não muçulmanos é de 1,7 filhos por mulher. Na comunidade muçulmana, esta taxa é quase o dobro: 3,1. Por toda a Europa os dados são idênticos: as mulheres muçulmanas têm, em média, 2,6 filhos enquanto as mulheres europeias têm apenas 1,6 crianças. Em 1990, o número de muçulmanos na Europa rondava os 30 milhões. Em 2023, esse número já ultrapassava os 50 milhões, o que fazia do islamismo a segunda maior religião na Europa.
Se os países europeus não adoptarem medidas concretas que reduzam substancialmente a imigração muçulmana, num modelo semelhante ao da Hungria (onde os muçulmanos são 0,08 da população) será apenas uma questão de tempo até que eles tenham uma actividade política, conquistem lugares nos Parlamentos e tenham um peso político suficiente para influenciar decisões governamentais e alterar o sentido geral de voto em matérias decisivas, com o apoio da Esquerda.
2 - A recusa da integração, a ocupação do espaço e a construção de guetos
Um dos melhores exemplos de não-integração, na sociedade que os acolhe, é a forma como comunidades de muçulmanos do Norte de África (Marrocos e Argélia, sobretudo) e do Médio Oriente, em França, rejeitam a integração, isolando-se da comunidade francesa através da construção de guetos onde a polícia só entra com efectivos especiais e em grande número. Em contraponto a estas situações de não integração, os cerca de um milhão de portugueses emigrados em França, que já estão na terceira geração, não revelam nenhum problema de integração nem construíram guetos. No Reino Unido, que tem uma das maiores percentagens de residentes muçulmanos, há cidades onde mais parece estar-se num país do Médio Oriente, com as mulheres todas de burqa. No entanto, começa a desenhar-se uma reacção, por parte dos países europeus, com vários deles a proibirem o uso da burqa, em diversos locais. Por exemplo, a Bélgica proibiu totalmente o uso de véus que cobrem o rosto, desde 2011.
A grande diferença de valores entre as sociedades ocidentais e as comunidades de imigrantes muçulmanos são mais nítidas na forma como as mulheres são tratadas. Na Suécia, os requerentes de asilo, em matéria de crimes como violações, são 5 vezes mais do que os criminosos suecos. Desde 2009, a Noruega aplica lições obrigatórias para requerentes de asilo sobre a forma de lidar com o sexo feminino - explicando, nomeadamente, formas de relacionamento com mulheres, o que é consenso em matéria de relações sexuais e igualdade de direitos. Na Finlândia foram instituídas classes idênticas, para explicar aos migrantes muçulmanos que devem respeitar as mulheres (andarem sozinhas em público, por exemplo, não significa que sejam prostitutas) e que normas culturais normais no Ocidente, como ir a uma discoteca e dançar não significa acordo em matéria de relações sexuais.
Em todos os países europeus os imigrantes muçulmanos constroem guetos, numa ocupação total de zonas das cidades onde se situam mesquitas. Esse primeiro passo - a ocupação do terreno - transfere para os países ocidentais um modo de vida igual ao que tinham nos países de origem. Um exemplo disso é a Mornington Street, em St Matthew’s, Leicester - a rua do Reino Unido onde os falantes de inglês são a mais reduzida minoria de todo o país. Um fenómeno idêntico, em Portugal, acontece na Rua do Bemformoso onde, há cerca de dez anos, a maioria das dezenas de estabelecimentos comerciais e restaurantes eram propriedade de portugueses. Hoje em dia, há apenas um pequeno café cuja dona é uma idosa portuguesa e todos os restaurantes e edifícios habitacionais são ocupados por imigrantes indostânicos. Os turistas já são alertados para cuidados especiais que devem ter, sempre que se deslocam àquela zona, dada a frequência com que ocorrem roubos de telemóveis e carteiras.
O que era uma zona normal da cidade de Lisboa, habitada por portugueses, passou a ser um gueto de imigrantes indostânicos do Bangladesh, Pakistão e Índia. Depois desta ocupação do terreno, começaram a surgir as primeiras exigências: a construção de uma mesquita na zona do Martim Moniz. A exigência foi aceite pela Câmara de Lisboa, que prometeu construir a mesquita, dando início à expropriação de dois edifícios propriedade de um cidadão português. Uma das formas que os muçulmanos em Portugal utilizam, para uma demonstração de força, é a ocupação total do Largo do Martim Moniz, na oração que marca o final do Ramadão, o seu mês sagrado. Essa presença não resulta de uma falta de espaço para as suas orações, uma vez que terá de se questionar onde é que esses milhares de muçulmanos fazem as suas habituais rezas, diariamente. Fazem-no ali apenas devido à origem do nome da Praça - Martim Moniz, que foi, alegadamente, um herói da tomada do castelo de S.Jorge aos mouros.
3 - A substituição das leis e Constituição portuguesas
Na maioria dos casos, os guetos islâmicos em Portugal são construídos em torno de mesquitas ou lugares de culto. O passo seguinte à ocupação de bairros inteiros e consequente "expulsão" dos residentes portugueses consiste na negação das leis portuguesas, enraizadas na nossa Constituição, substituídas pela Sharia. Nas cerca de 50 mesquitas e lugares de culto muçulmano que há, actualmente, em Portugal, haverá outros tantos tribunais que aplicam a Sharia, a lei islâmica. A submissão a esses tribunais é, alegadamente, voluntária, disse o xeque David Munir, numa reportagem do jornal Público, em 2008, onde explicava o funcionamento do tribunal islâmico instalado na Mesquita de Lisboa. Mas a não submissão ou recusa em acatar a aplicação da Sharia e as decisões dos tribunais islâmicos implica uma ostracização total por parte da família e da própria comunidade islâmica.
O xeque David Munir, na referida reportagem, dá uma explicação aos jornalistas do Público sobre a forma como a Sharia é aplicada à revelia das leis e da Constituição portuguesas. Referindo o caso de uma mulher que levou a tribunal uma questão de partilhas, o xeque Munir adiantou que ela só teria direito a um terço da herança paterna, enquanto que o irmão teria direito a dois terços: "É também com a 'necessidade de o homem sustentar a família' que David Munir justifica a norma da Sharia de que o homem 'tem direito ao dobro da herança' se um parente morrer, 'porque ele é obrigado a ajudar, e a mulher não" - uma decisão legal que viola o Código Civil Português, onde esta matéria é regulamentada de forma explícita: as heranças são sempre divididas equitativamente entre os herdeiros legais. Felizmente, começa a haver um despertar europeu: o Tribunal Europeu de Justiça, em Março de 2017, considerou legal que as empresas proíbam os seus empregados de usarem símbolos religiosos, políticos ou filosóficos visíveis.
Mas esta substituição das leis nacionais pela Sharia é o passo final para o controle das zonas fisicamente ocupadas pelos muçulmanos, nos países ocidentais. Embora mantenham uma atitude aparentemente respeitadora do sistema legal em que estão inseridos, os muçulmanos limitam-se a assumir um comportamento de aparente submissão às leis e modo de vida nacionais, tendo um sistema paralelo de sociedade, onde os tribunais islâmicos são o melhor exemplo.
Um dos grandes riscos que as sociedades ocidentais enfrentam é a proliferação de cidadãos, a quase totalidade de forças políticas de Esquerda, que assumem uma postura de submissão perante os imigrantes muçulmanos. Este comportamento, assemelha-se ao "dihimi", uma prática ancestral que permitia que os não-muçulmanos vivessem em comunidades islâmicas, com direitos mais reduzidos e através do pagamento de uma taxa - a "jizya". Hoje em dia, este tipo de atitude caracteriza-se por uma submissão às exigências das comunidades muçulmanas. Exemplo disso são os pedidos para construção de mais mesquitas - nomeadamente no Porto e em Lisboa - e, inclusivé a construção de cemitérios apenas para muçulmanos.
Um exemplo de uma atitude "dihimi" foi a iniciativa de algumas figuras políticas de se deslocarem à zona do Martim Moniz, depois da realização de uma rusga policial perfeitamente normal, para levar cravos vermelhos aos imigrantes que ali se amontoam diariamente.
quarta-feira, 4 de junho de 2025
A ingenuidade do ministro Leitão Amaro em relação aos imigrantes islâmicos
sábado, 26 de abril de 2025
Muçulmanos já são mais de cem mil em Portugal
O Eid al-Fitr, a celebração que assinala o fim do mês sagrado islâmico, que durante 30 dias obriga a fazer jejum entre o amanhecer e o anoitecer, começa com uma oração comunitária, realizada em mesquitas ou em espaços abertos, reunindo toda a comunidade.
Em Lisboa, onde se estima viverem cerca de 15 mil muçulmanos, estavam previstas orações para a Praça do Martim Moniz e para a Alameda, além das habituais na Mesquita Central.
Às 07:00, sob o crepúsculo do amanhecer, quando as ruas estavam ainda silenciosas e apenas o canto dos pássaros enchia o ar, algumas dezenas de vultos movimentavam-se a contraluz sobre o relvado central do Jardim da Alameda Dom Afonso Henriques, estendendo grandes lonas impermeáveis, que seriam o chão sobre o qual decorreria a oração prestes a começar.
Um bando de gaivotas sobrevoava esta agitação, que se destacava contra a luz amarelada da fonte luminosa, em frente da qual um outro grupo de muçulmanos começou a estender uma nova lona, dando início ao aglomerar de pessoas que, em pouco menos de meia hora já rondava os milhares.
Chegavam em família, em grupos ou sozinhos, a pé, de carro e de bicicleta, vindos de todos os lados, transportando os seus próprios tapetes de oração, e era evidente a alegria e a forma calorosa como se cumprimentavam e abraçavam.
No topo do relvado central foi montado um pequeno púlpito, ornado com plantas e flores, de onde o imã conduziu as orações para os milhares de fiéis sentados sobre os tapetes, que juntos formavam um grande mosaico colorido, de padrões diversos.
Milhares de sapatos aglomerados emolduravam o retângulo de relva, onde os muçulmanos se encontravam sentados e perfeitamente alinhados, escutando as orações que duas grandes colunas, uma de cada lado da Alameda, propagavam para o ar.
Maioritariamente composto por homens, mas também algumas mulheres e crianças, o grupo de fiéis distinguia-se pelo uso de indumentárias específicas para a ocasião: túnicas longas e kufi (um chapéu típico islâmico, arredondado e sem aba) para os homens, e capas longas coloridas e com apliques brilhantes ou espelhados, juntamente com o hijab (lenço que cobre a cabeça e o pescoço), para as mulheres.
Por volta das 08:30, terminada a oração, recomeçou a movimentação de corpos, a erguerem-se do chão, recolhendo e enrolando os tapetes, calçando os sapatos e reunindo-se em grupos animados para conversar, tirar fotos de grupo e muitas 'selfies'.
Foi também o momento de recolher os vários baldes que antes da oração circularam por entre os fiéis para recolher donativos destinados aos mais necessitados, já que a caridade desempenha um papel central nos festejos do fim do Ramadão.
"Acabou agora a oração do Eid al-Fitr. É a celebração islâmica da nossa comunidade muçulmana. Juntamo-nos todos para celebrar. Hoje rezo a Alá para toda a gente ser feliz", disse à Lusa Akiful Hasam, um jovem muçulmano que se encontrava já encostado a um dos muros que ladeiam a boca do metro, com o seu tapete enrolado e guardado dentro de um saco de plástico.
(...)
Durante o mês do Ramadão, a Mesquita Central de Lisboa confecionou cerca de 2.000 refeições diárias para a quebra do jejum, ao pôr-do-sol.
O facto de o ano lunar ser mais curto que o solar explica que a cada ano a data do Ramadão se aproxime do início do ano 10 ou 11 dias. Em 2030, o Ramadão será celebrado duas vezes, no início de janeiro e no final de dezembro.
De acordo com o xeque David Munir, em Portugal, a comunidade muçulmana "já ultrapassou os 100 mil" crentes.
Agência Lusa
sexta-feira, 25 de abril de 2025
O porco no espeto: Islão 1 - Portugal 0
Utilizando como pretexto um alegado risco de confrontos entre manifestantes pró-25 de Abril e vários grupos da direita radical, as autoridades portuguesas ajoelharam-se novamente perante o jihadismo e a crescente arrogância da comunidade muçulmana radicada em Portugal.
Devido à sanha persecutória que tem como alvo tudo o que cheire a direita radical - o Chega, por enquanto ainda está de fora da equação - as forças policiais, seguindo instruções superiores, "construíram" uma ficção que lhe permitiu "empurrar" os dois grupos para um confronto que não abrangeu mais de meia-centena de pessoas.
Por trás disto - e quase completamente ignorado pela Comunicação Social - estava o plano de um conjunto de associações e de um partido em fazer um petisco na praça Martim Moniz: um porco no espeto, regado com algumas cervejas. Esses grupos não conseguiram chegar ao Martim Moniz porque, em cima da hora (na véspera) a PSP descobriu, ingenuamente, que havia riscos de confronto com a manifestação pró-25 de Abril.
Os grupos e associações muçulmanas fizeram saber à Câmara de Lisboa que, caso a festarola do porco no espeto se realizasse, não conseguiriam controlar os milhares de muçulmanos que residem naquela zona, tal a ofensa que um porco no espeto representa para os muçulmanos.
Simultaneamente, os principais dirigentes da comunidade islâmica de Lisboa avisaram o governo português de que a festa com o porco no espeto teria graves consequências para a estabilidade das relações entre portugueses e as minorias muçulmanas, sendo possível que gerasse manifestações e protestos que se estenderiam a todo o país, difíceis de controlar.
Numa atitude típica de um "dhimmi" (não-muçulmano vivendo num país dominado por muçulmanos, que é obrigado a pagar uma taxa especial e que têm menos direitos e responsabilidades legais e sociais que os muçulmanos) as autoridades portuguesas fizeram tudo o que lhes foi possível para que a festa do porco não só se não realizasse, como também fosse minimamente referida pela Comunicação Social.
Assim, mais uma vez, o governo português dobra-se à ameaça dos muçulmanos residentes em Portugal. E escrevo isto porque, mais uma vez se vê como a praça Martim Moniz (herói da tomada de Lisboa aos mouros) foi apropriada pelos muçulmanos (*). A partir do primeiro ano em que foi permitido aos muçulmanos apossarem-se da praça para as suas orações finais do Ramadão, aquele local passou a ser uma espécie de lugar sagrado. Nunca, em hipótese alguma, os muçulmanos residentes em Portugal permitiriam que ali se realizasse uma festa com um petisco como um porco assado, o animal mais repelente e cujo consumo é proibido pelo islamismo.
A forma como as autoridades policiais, a mando dos seus responsáveis, deitaram gasolina na fogueira entre manifestantes pró-25 de Abril e membros dos partidos e associações da direita radical foi uma manobra gizada para impedirem a festa com o porco - o animal mais "haraam" (proibido) do islamismo. Uma conclusão clara é possíveis de tirar, deste episódio: todas as manifestações de partidos da direita radical contra a islamização crescente de Portugal serão, de uma ou outra forma, impedidas ou proibidas, por força do crescente peso que a comunidades muçulmana residente tem, junto do governo.
(*) Uma das utilizações frequentes do espaço da praça do Martim Monioz são os jogos improvisados de críquete, com paquistaneses e indianos (uma velha rivalidade, tipo Sporting/Benfica) que impedem qualquer cidadão não-indostânico de passar por ali. Nem sequer têm a gentileza de parar o jogo para deixar passar as pessoas, como nós fazíamos, putos, a jogar à bola na rua, cada vez que passava um carro. Impedem todos os caucasianos de passar pela praça, com uma atitude agressiva. E sei que isto é assim, porque me aconteceu. Os não indostânicos, esses, estão sentados em redor do improvisado campo, espectadores de um jogo "proibido" a caucasianos. A não ser que talvez as tolinhas da Ana Gomes e da Mortágua, cujo "amor" pelos imigrantes - sobretudo pelos indostânicos - é bem conhecido, andassem por ali a distribuir cravos, novamente.
A continuar assim, um dia ainda teremos muçulmanos a urinar à porta da Igreja dos Anjos (à espera de uma refeição da sopa dos pobres, do outro lado da rua) ou a proibir que o comum dos cidadão passeie o seu cão nos arredores de uma mesquita (aconteceu com o meu pai, já idoso, junto da Mesquita de Odivelas).
A multiplicação do número de muçulmanos e o seu modelo de construção de um estado dentro de outros estados é algo bem retratado em três clássico da literatura contemporânea não-esquerdista: "Rivers of Blood", de Enoch Powell; "The Camp of the Saints", de Jeans Raspail e "The Great Replacement", de Renaud Camus. Interessante também seria elencar o número de tribunais islâmicos que já existem em Portugal - cerca de três dezenas, incluindo o mais antigo de todos, o tribunal que funciona na Mesquita de Lisboa, há cerca de 15 anos, presidido pelo xeque Daud Munir e aplicando a Sharia, a lei islâmica, numa violação aberta do nosso estado de Direito.
A juntar a este livros, convém também fazer uma leitura atenta do que disse Sir Trevor Phillips, deputado britânico e ex-presidente da Comissão para a Igualdade Racial, que em entrevista ao Channel 4, acusou os muçulmanos de estarem a "construir um estado dentro do estado" e avançou com propostas polémicas: limitar a 50% o número de alunos e os residentes e em habitações sociais, de qualquer etnia, de forma a impedir a criação de guetos. Estas propostas fariam a seráfica Ana Gomes e a saltitante Mariana Mortágua a ter um chelique. Difícil seria acusarem Sir Trevor Phillips de racismo ou xenofobia - isto porque ele é negro, não muçulmano e nascido em Londres...
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Sir Trevor Phillips |
quinta-feira, 24 de abril de 2025
PSP proíbe (novamente...) manifestação de movimentos de extrema-direita
A primeira grande manifestação de força dos muçulmanos em Portugal começou com a ocupação da Praça Martim Moniz para a celebração do fim do Ramadão. Nesta ocupação, tanto o ministro do Interior como a Câmara Municipal de Lisboa e a PSP foram cúmplices. Poderia ser irónico, apenas, mas vai mais longe do que isso.
Martim Moniz é uma figura marcante da história nacional. De acordo com a lenda, terá sido um cavaleiro que lutou com heroísmo durante o cerco de Lisboa, ao lado das forças cristãs sob o comando do rei D. Afonso Henriques (1112–1185), contra os muçulmanos.
Reza a história que, ao perceber o entreabrir de uma porta no Castelo dos Mouros, atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo no vão da mesma, como forma de impedir o seu fecho pelos defensores.
Esse gesto heróico permitiu ganhar o tempo necessário à chegada dos seus companheiros, que assim conseguiram penetrar no castelo. Em sua homenagem, esse acesso ficou conhecido como Porta de Martim Moniz. Com este gesto tornou-se um glorioso mártir cristão.
Sendo ou não apenas uma lenda, muitos de nós (os que estudámos quando havia ensino) aprendemos a história da lendária coragem deste cavaleiro, na luta que o jovem rei D.Afonso Henriques travava contra os exércitos mouros, para alargar as fronteiras do seu reinado.
A veracidade deste episódio e a própria existência do cavaleiro Martim Moniz tem levantado polémica entre historiadores, ao longo dos tempos.
Depois de uma opinião crítica de Alexandre Herculano, que considerou o episódio apenas como uma lenda, o olissipógrafo Vieira da Silva, voltou ao assunto, argumentando pela veracidade do acontecimento. Alfredo Pimenta, na obra "A façanha de Martim Moniz" de 1940, comenta a existência de um documento datado de 1258 que refere a porta de Martim Moniz. O Nobiliário do Conde D. Pedro apenas menciona que se dizia que Martim Moniz teria morrido nessa porta.
Próximo à Porta de Martim Moniz, na antiga cerca moura de Lisboa, erguia-se um busto do herói. Numa placa epigráfica de mármore, sobre a porta, colocada por um descendente da família Vasconcelos em meados do século XVII, lê-se: "El-Rei dõ Afonso Henriques mandou aqui colocar esta statua e cabeça de pedra em memória da gloriosa morte que dõ Marti Muniz progenitor da família dos Vasconcelos recebeu nesta porta quando atravessando-se nela franqueou aos seus a entrada com que se ganhou aos mouros esta cidade no ano de 1147." - "João Roiz de Vasconcelos e Sousa Conde de Castel Melhor, seu décimo quarto neto por baronia fes aqui por esta inscrição no ano de 1646."
E porque razão escolheram os muçulmanos portugueses a Praça Martim Moniz para celebrar uma das suas mais sagradas manifestações religiosas? Falta de espaço, alegam esses mesmos muçulmanos, espiritualmente liderados por esse lobo em pele de cordeiro que dá o nome de Daud Munir. Exactamente, aquele sobre quem recaíram suspeitas de ter rebentado o nariz da esposa, com uma cotovelada - agressão que o Ministério Público arquivou. O xeque Munir disse à PSP, na altura, que a mulher sofria de doença bipolar, de acordo com com Correio da Manhã.
Antes de se apossarem da Praça Martim Moniz, onde rezavam os cerca de 4 mil muçulmanos que se começaram a concentrar naquela praça, desde há escassos anos? Rezavam em casa? Ou num dos cerca de 80 locais de culto existentes na zona da Grande Lisboa? Nalgum sítio o teriam de fazer. E se são assim tantos e com tanta necessidade de espaço, tinham outra opção muito melhor, mesmo à mão: o Terreiro do Paço.
A escolha da Praça Martim Moniz não é uma escolha casual. É uma demonstração de um crescente (e desmedido) poder da comunidade muçulmana portuguesa, reforçada agora por largas dezenas de milhar de muçulmanos paquistaneses, bangladeshis, indianos, com um número menor proveniente da Guiné-Bissau e Moçambique. A ocupação da Praça Martim Moniz é uma mensagem que é enviada de forma explícita e firme, aos portugueses em geral: estamos aqui e vocês têm medo de nós. Medo ao ponto de nos permitirem usar, por motivos religiosos, um local com o nome de um herói, um mártir da conquista de Lisboa aos muçulmanos.
Para juntar à habitual demonstração de cobardia, na festa do final do Ramadão, aqueles a quem cabe cumprir a lei e a Constituição proibiram, neste 25 de Abril, uma série de actividades organizadas por um "grupo de extrema-direita". Primeiro foi dada autorização à celebração no Martim Moniz, que incluía o movimento 1143, o partido Ergue-te e o movimento Habeas Corpus. Depois, a autorização foi negada, com a desculpa de estar em causa "garantir a ordem e tranquilidade públicas", devido ao facto da existência próxima de manifestações, «com marcação para a mesma hora, algumas com desfile e com objetivos antagónicos» -
O evento previsto para o Martim Moniz, zona de forte presença imigrante, tinha sido anunciado como uma manifestação nacionalista «com porco no espeto» e atuação de um rancho folclórico minhoto, sob o lema Portugal desce ao Califado. E agora uma simples pergunta: porque razão são sempre os mesmos a quem se coloca o labéu de extremistas perigosos e se impede o direito à manifestação? As autoridades não existem para serem imparciais? O problema, desta vez, teria sido a possibilidade de confrontos com elementos que participam na tradicional descida da avenida, no dia 25 de Abril, que termina na Praça dos Restauradores, a alguma distância do Martim Moniz.
A Constituição, no seu artigo 46.º, sobre a liberdade de associação, e o seu n.º 4 estabelece: "Não são permitidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista." Que se saiba, até agora nenhuma das associações envolvidas foram alvo de um processo legal que as colocasse fora da lei, com os argumentos que constam do artigo atrás referido.
A alega proximidade com outras manifestações, nomeadamente ligadas ao 25 de Abril é uma desculpa esfarrapada. O que está aqui em jogo é o pavor dos políticos de virem a ser chamados racistas ou xenófobos, por garantirem a uma minoria de cidadãos (os muçulmanos) o que não garantem a outros cidadãos portugueses. E se calhar também não gostam de porco no espeto nem de danças folclóricas do Minho... Trata-se, acima de tudo, de um triunfo das comunidades de imigrantes industânicos, que dominam, hoje em dia, a zona do Martim Moniz e arredores. Isto porque a desculpa de poder haver confrontos com os manifestantes do 25 de Abril é uma desculpa cobarde e falsa.
Se há riscos de confrontos entre dois grupos politicamente separados, e com actividades simultâneas a curta distância, seria obrigação das autoridades montar um dispositivo de segurança suficiente para mantê-los à distância, respeitando o facto de cada um deles, à luz da Constituição, ter o sagrado direito de se manifestar publicamente em defesa das suas ideias. De certeza que precisavam de menos polícias do que aqueles que são destacados para um jogo Benfica-Sporting.
Talvez seja também boa ideia colocar elementos da PSP a vigiar a zona da Praça do Martim Moniz, de forma a permitir que cidadãos portugueses passem por esse espaço. A última vez que o tentei fazer fui afastado por um grupo de industânicos, que estavam a jogar críquete, no centro da praça. Falando num inglês mascavado, colocaram-se à minha frente, impedindo que eu continuasse e apontaram-me para a rua, dizendo-me para seguir por ali...
sábado, 19 de abril de 2025
O movimento islâmico Tabligh Jamaat: um factor de ruptura na integração dos muçulmanos em Portugal
O Grupo extremista Tabligh Jamaat "representa, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal. Por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", afirma Abdool Karim Vakil (filho do ex-presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa e investigador do prestigiado King'College em Londres) numa investigação intitulada “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades”
Os Tabligh Jamaat foram, recentemente, banidos da Arábia Saudita, que classificou o grupo como sendo "uma 'porta' para o terrorismo." Os Tabligh Jamaat são os responsáveis pela organização anual do maior encontro de muçulmanos, depois da peregrinação a Meca. Cerca de quatro milhões de elementos reúnem-se na cidade paquistanesa de Raiwind, havendo encontros semelhantes e de dimensão idêntica no Bangladesh e na Índia.
Os Tablighi Jamaat, que significa "o partido dos pregadores do Islão" foi fundado em 1926 pelo clérigo indiano Muhammad Ilyas al-Kandhlawi com o objetivo de espalhar o Islão para os não-muçulmanos e também para purgar a fé das influências de outras religiões, mais notavelmente as influências hindu e cristã na Índia Britânica na época.
A organização é um remanescente do movimento Deobandi do Islão, que surgiu na cidade indiana de Deoband, como resposta à suposta deterioração dos valores islâmicos na Índia. Antes um movimento local, os Tablighi Jamaat espalharam-se por diversos países. O grupo também organiza reuniões anuais semelhantes à que tem lugar na cidade de Raiwind, na Índia e também no Bangladesh. Media locais consideram que o encontro de Bangladesh tem a mesma dimensão do organizado no Paquistão.
O movimento islâmico Tabligh Jamaat também reúne anualmente na Mesquita de Lisboa, num encontro internacional que decorre num ambiente aparentemente calma e descontraído, de acordo com Lusa. No entanto, num recente encontro, os membros do movimento recusaram falar à Comunicação Social, alegando que apenas que Esmael Loonat (um dos líderes do Tabligh Jamaat em Portugal) podia falar. Para além de Esmael Loonat, vários responsáveis da Comunidade Islâmica do Sul do Tejo e da Escola Islâmica de Palmela são membros do movimento.
De acordo com Esmael Loonat, em declarações ao jornal Público afirmou que, da parte dos Tabligh Jamaat "não existe rejeição dos valores ocidentais (…) os pregadores do Tabligh também não têm como objectivo a conversão dos não-muçulmanos (…) Só desenvolvemos a nossa actividade junto dos muçulmanos", acrescentou.
Estas declarações, no entanto, são completamente contraditórias em relação à análise feita por Abool Karim Vakil, que salienta, no estudo acima referido, que os Tabligh Jamaat "representam, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal." Abool Karim Vakil destaca, " (…) por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal"
A rejeição dos valores ocidentais, por parte dos Tabligh Jamaat, é revelada de forma clara num artigo publicado em 2001, na revista islâmica Al-Madinah, editada pela Comunidade Islâmica do Sul do Tejo. De acordo com esse artigo da revista Al-Madinah, "nas escolas comuns (...) torna-se impossível salvaguardar a fé. A solução disto passa pela criação de instituições islâmicas, onde as crianças possam crescer num ambiente islâmico" - sendo a Escola Islâmica de Palmela um exemplo dessa estratégia.
Em 2004 os Tabligh Jamaat editaram uma tradução portuguesa daquilo que é a sua "bíblia", um livro intitulado "Fazail-E-Amaal", “As virtudes das acções”, que esteve à venda na Mesquita de Lisboa apenas durante algumas horas. A publicação no semanário O Independente, de duas páginas sobre o movimento em Portugal e o conteúdo de "As Virtudes das Acções" (da minha autoria) atraiu a atenção de outros Órgãos de Comunicação Social e quando chegou à Mesquita de Lisboa uma carrinha da televisão, os elementos do grupo retiraram a publicação, rapidamente, dos escaparates.
No entanto, o próprio imã da Mesquita, David Munir, aconselhou a sua leitura durante a habitual oração de sexta-feira. O último capítulo do livro "As Virtudes das Acções" que tem como título: “A Degradação Muçulmana e a sua Única Solução” apela a um “forte contra-ataque”, no intuito de recuperar o domínio do Islão sobre o mundo, dentro dos limites e das directrizes da “Shariah”, de acordo com o blogue "O Carvalhadas".
O livro propõe ainda que, para atingir esses objectivos, sejam adoptados os “métodos e os meios demonstrados pelo Santíssimo Profeta de Alá, isto porque o profeta não só foi bem sucedido no seu objectivo, como foi capaz de eliminar todas as relações (religiosas) entre os seus seguidores e elementos de fora”, acrescenta "As Virtudes das Acções". Actualmente, há pelo menos seis comunidades islâmicas que estão a preparar a abertura de outras tantas escolas islâmicas, idênticas à Escola Islâmica de Palmela.
Para além disso, existem várias "madrassas" (escolas religiosas islâmicas) espalhadas pelo país - por exemplo, em Odivelas, onde funciona uma escola de apreciável dimensão. A acrescentar a isto, há o facto de, na maioria das comunidades muçulmanas existentes em Portugal funcionarem "tribunais islâmicos", onde os casos são julgados de acordo com a "Sharia", a lei islâmica. Um desses tribunais funciona, há mais de uma dezena de anos, na Mesquita de Lisboa e é presidido pelo xeque David Munir.
Para além da Mesquita de Lisboa há cerca de 50 mesquitas e locais de culto islâmicos, espalhados pelo país (incluindo até os Açores). Embora não haja números oficiais, calcula-se que existam cerca de 60 mil muçulmanos em Portugal, Há uma clara divisão, em termos de práticas religiosas e culturais, entre os muçulmanos provenientes da Guiné-Bissau - uma emigração mais antiga e bem integrada na sociedade portuguesa - e os muçulmanos provenientes do Paquistão, Bangladesh e Índia que, actualmente, são a maioria da comunidade islâmica.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
Xeque Munir contra "valores portugueses" de Pedro Nuno Santos
Há cerca de dez anos, o xeque Munir deu uma entrevista ao jornal Público, explicando como funcionava o "tribunal" islâmico, cujas sessões decorrem na Mesquita de Lisboa - e que, obviamente, segue as determinações da Sharia. Para exemplificar, citou um caso concreto, julgado por esse tribunal: uma mulher que protestou, num caso de distribuição de herança, devido ao facto de o irmão ficar com 2/3 e ela apenas com 1/3.
Com a maior candura e perante jornalistas "pé-de-microfone" (aqueles que se limitam a ouvir e não fazem perguntas) o xeque Munir explicou que a Sharia assim o determinava, porque o homem tinha a responsabilidade de tomar conta da família e mulher não tinha essa responsabilidade
De uma penada, o homem que é o líder religioso da comunidade islâmica de Portugal, espezinha princípios básicos da Constituição da República Portuguesa e do Código Civil. E ainda por cima, faz isto num "tribunal" que não tem qualquer legalidade nem poder para emitir sentenças - muito menos baseadas numa lei que não é a lei portuguesa.
Pedro Nuno Santos tem toda a razão ao afirmar que os imigrantes têm de "perceber que há uma partilha de um modo de vida, uma cultura que deve ser respeitada”. Para quem procura Portugal para viver “tem de perceber que há (...) uma cultura que deve ser respeitada”, acrescentando como exemplo "(…) a igualdade entre mulheres e homens (…) que é um imperativo da Constituição desta República (…)".
Temos então a voz que mais se faz ouvir - um lobo com pele de cordeiro - em afirmações frequentes, alegando que a comunidade islâmica de Portugal está bem integrada, a publicitar a forma como um "tribunal" islâmico, cujo funcionamento é ilegal, à luz da Constituição Portuguesa, ignora completamente os "valores portugueses" de que fala - e muito bem - o líder do Partido Sociaista.
Os muçulmanos argumentam que só vai ao "tribunal" islâmico quem quer e quem está disposto a submeter-se à sua jurisdição. A verdade é que um muçulmano ou muçulmana que recuse o "tribunal" islâmico é completamente marginalizada/o, alvo de ameaças e coação.
Deixando de lado esta questão séria - e em relação à qual não se percebe porque é que o Ministério Público não actua - vale a pena lembrar outra afirmação do xeque Munir, reveladora da sua própria integração na sociedade e valores portugueses.
"Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", conta o Sheikh David Munir, numa entrevista a um site de alunos portugueses de árabe. Ou seja, o Xeque Munir quer que os alunos portugueses deixem de escrever a sua língua da esquerda para a direita e passem a escrever como o fazem os muçulmanos. Porquê? Porque é que o Xeque Munir quer que os jovens portugueses adoptem práticas que não fazem parte dos seus valores?
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Os valores do Xeque Munir e da Ana Catarina Mendes
"Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", conta o Sheikh David Munir, numa entrevista a um site de alunos portugueses de árabe. Ou seja, o Xeque Munir quer que os alunos portugueses deixem de escrever a sua língua da esquerda para a direita e passem a escrever como o fazem os muçulmanos. Porquê? Porque é que o Xeque Munir quer que os jovens portugueses adoptem práticas que não fazem parte dos seus valores?
Porque Diabo quer o Xeque Munir que os seus alunos portugueses passem a escrever - em língua portuguesa! - da direita para a esquerda?
E que mais quer o Xeque Munir (esse lobo com pele de cordeiro) alterar? Mudar o Código Penal, para que não entre em contradição com a Sharia e sejam revogados os artigos que punem a violência doméstica?
Obrigar os judeus a usar uma estrela amarela? Não seria de espantar, quando a única revista portuguesa islâmica publica um artigo (em 1988) onde o conselheiro espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa conclui que "os judeus propriamente ditos não são seres humanos".
É preciso não esquecer que há mais de dez anos que funciona um tribunal islâmico na mesquita de Lisboa, onde se emitem "sentenças" baseadas na Sharia, que são pura e simplesmente uma violação das leis portuguesas.
Um dos "valores" do Xeque Munir é exactamente esse: a mulher tem uma posição inferior ao homem. Por isso é que, num caso julgado no seu tribunal islâmico, o Xeque Munir referiu a sentença, aos jornalistas do Público que o entrevistaram, esclarecendo, num processo de herança que o homem tinha direito a 2/3 e a mulher a 1/3 porque o homem tinha a responsabilidade de sustentar a família. A mulher também pode levar uma surra do marido, sem ter que se queixar. O Alcorão assim o autoriza.
E será que a Ana Catarina Mendes - que eu não sei se é casada ou não - considerará que a proibição de o marido bater na mulher é um "valor" da sociedade portuguesa.? Ou se a igualdade, na partição dos bens resultantes de uma herança é, obrigatória. Isso está no Código Civil. Mas, se calhar, a deputada Ana Catarina Mendes também quer alterar o Código Civil. Para ela, aparentemente, não há valores portugueses. Eu considero que há. A referida dirigente socialista diz que Pedro Nuno Santos fez uma "aproximação à direita". Eu diria que fez uma aproximação ao bom-senso.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Polémica. Quem são os 120 reclusos estrangeiros que levam a IL a chamar diretor da PJ ao Parlamento
Rui Rocha acusa Luís
Neves de "lançar confusão" com dados que utilizou numa intervenção
pública em que negou relação entre imigração e criminalidade. Partido
quer ouvir diretor da PJ no Parlamento. a sexta-feira, o diretor da Polícia Judiciária (PJ). Luís Neves, negou a tese que relaciona o aumento da imigração com o aumento da criminalidade e recorreu aos dados que caracterizam a população prisional em Portugal para marcar o seu ponto — referiu que “120 pessoas de outros países estão presas num universo de mais de 10 mil“. O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha veio, no domingo, acusá-lo de usar dados “truncados” para “lançar confusão” e anunciou, através das redes sociais, que vai chamar o diretor à Assembleia da República para prestar esclarecimentos. Mas afinal, quem são os 120 reclusos que lançaram a polémica? Nem todos os criminosos estrangeiros são imigrantes, diz Luís Neves.
“Entende a IL que deve o diretor da PJ prestar esclarecimentos sobre o real estado da criminalidade em Portugal, com o objetivo de combater as ameaças citadas, bem como sustentar a implementação de políticas públicas relacionadas com a segurança interna”, destaca-se no requerimento levado esta segunda-feira à Assembleia da República, a que o Observador teve acesso.
“A política de segurança tem de ser construída sobre factos”, defendeu o liberal na publicação que fez no X. No pedido de audição, que desce de tom em relação ao post do líder da IL, os factos enumerados por Luís Neves não são diretamente desmentidos.
Mas o partido liderado por Rui Rocha garante que carecem de explicação as “comparações temporais” de dados de criminalidade ao longo dos anos e a enumeração de vários factos, incluindo o que se refere à existência, em 2023, “de 120 reclusos de ‘outros países’, nomeadamente cidadãos originários da Índia e do Paquistão, num universo de mais de 12 mil reclusos”.
A declaração do diretor da PJ em relação às características da população prisional não surge isolada. Na conferência “O Portugal que temos e o que queremos ter”, promovida pelo Diário de Notícias, Luís Neves adiantou que hoje o grande motivo para a detenção — cumprimento de pena ou prisão preventiva — tem como crime mais comum o furto simples e qualificado, seguido da violência doméstica. E discordou da ideia de que os estrangeiros estejam relacionados com os níveis de criminalidade.
“Em 2009 tínhamos 631 estrangeiros num universo de 400 mil imigrantes” e no ano passado, com mais e um milhão de estrangeiros residentes em Portugal, o “rácio de detidos é o segundo mais baixo” desde que há registo, sublinhou.
Quando se referia aos tais 120 reclusos, mencionou um grupo que inclui países que não os de África, da América do Sul e da Europa. Nessa categoria — que incluirá países asiáticos, por exemplo — estão 120 reclusos e 5 reclusas, as últimas não mencionadas por Luís Neves.
Os dados apresentados pelo diretor são do relatório publicado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e pelo Ministério da Justiça que revela os dados mais recentes dos reclusos existentes em Portugal, em 31 de dezembro de 2023, segundo o escalão etário, sexo e nacionalidade.
Antes de chegar aos 120, Luís Neves mencionou as “organizações criminosas transnacionais de tráfico de estupefacientes” e a “criminalidade contra o património, que é designada como criminalidade itinerante, da América Latina e do Leste, “em que as pessoas acabam por ser presas em Portugal”. “Não são imigrantes, estamos a falar sobretudo do tráfico“, defendeu.
Destacou ainda a classificação por nacionais, dos “países de África e da América do Sul”, que são, essencialmente “mulas” — “pessoas pobres utilizadas por organizações criminosas para trazer droga in corpora que nós prendemos por ano às dezenas ou até às centenas”, descreveu. Excluindo todos estes fenómenos de criminalidade, com as nacionalidades de origem bem definidas, Luís Neves destacou de seguida os tais “outros países”, a categoria do relatório em que cabem 125 pessoas, contando com as reclusas.
Captura de ecrã dos dados de reclusos existentes em 31 de dezembro, segundo o escalão etário, sexo e nacionalidade
A IL quer que seja esclarecido este número, referente aos reclusos “originários da Índia e do Paquistão, num universo de mais de 12 mil reclusos”, bem como a alusão a “1.067 detidos pelo crime de furto simples e qualificado”, que, continua o comunicado, “representa a maior percentagem, quase 10% entre a população masculina, tratando-se sobretudo de ‘criminalidade itinerante’ não associada à imigração”.
“Ainda no início da sua intervenção, o Diretor Nacional da PJ alertou para um momento histórico em que sobressaem perceções de insegurança, ameaças híbridas, desinformação e fake news”, destacam ainda os liberais, que pretendem ser esclarecidos sobre esta e as restantes afirmações de Luís Neves.
Em março de 2024, o Instituto+Liberdade, fundado por Carlos Guimarães Pinto, atual deputado da IL, destacava numa publicação que o “significativo aumento da imigração nos últimos anos não se refletiu no aumento da criminalidade“.
“Nos últimos anos, especialmente a partir de 2017, houve um grande aumento da imigração em Portugal. Nesse ano havia cerca de 417 mil estrangeiros com estatuto legal de residente a viver em Portugal e cinco anos mais tarde, em 2022, já eram 781 mil. Quase o dobro”, escrevia o instituto.
Defendia que, analisada a “evolução do número de imigrantes e do número de crimes registados em Portugal desde 2008”, não se pode tirar a conclusão de um suposto aumento da insegurança e da criminalidade associado à imigração. “Nesse período, o número de estrangeiros cresceu 83%, ao mesmo tempo que o número de crimes registados baixou 20%”, refere.
“Mesmo após o início da grande vaga de imigração, a partir de 2017, a criminalidade manteve-se relativamente estável. É verdade que houve um aumento no número de crimes registados em 2022 face a 2021 e 2020, mas esses foram anos excecionais devido à pandemia”, ressalvava ainda o instituto.
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PS: O simples apuramento da nacionalidade não é suficiente. A comunidade africana de nacionalidade portuguesa, não será contabilizada, neste modelo proposto pelo Governo e pela IL, que se fica pela nacionalidade. Em 2021 o Governo tinha prometido estudar a questão de inserir mais um "item" nos dados que constam do Cartão de Cidadão, caracterizando o seu portador do ponto de vista étnico. A promessa não passou daí e até hoje nada foi feito. No entanto - e isso é visível para quem lida com a população reclusa, como os guardas prisionais - a percentagem de reclusos africanos com nacionalidade portuguesa ronda, em alguns estabelecimentos prisionais, mais de 60%.
Falta aqui um número, para que se tenha um retrato completo do que é a população prisional portuguesa, a etnicidade. Um exemplo:
"A lei portuguesa não permite fazer uma categorização etno-racial da população prisional que nos permita visibilizar, através de dados estatísticos, em que medida o sistema judicial e prisional português é permeado por discriminações raciais. A simples observação aponta, no entanto, para uma percentagem de negros e ciganos na população prisional muito superior à sua representação na população em geral - refere um debate organizado em 2020 (I Intersectional Conference 2020 - Encarceramento e sociedade) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra)"
O
que falta, realmente, é um registo dos dados sobre a origem étnica
dos reclusos. Mas fazê-lo (como o Governo prometeu em 2021) era levar a
Esquerda Caviar e a Esquerda Operária a dar saltos e bradar "Aqui d'el
Rei" que o governo está a ser racista. Não se esqueçam de que duas das
mais antigas democracias do mundo - os EUA e o Reino Unido - têm
estatísticas racializadas, que ambos consideram essenciais no combate ao
crime.
Um
exemplo concreto: Os ciganos são cerca de 52 mil em Portugal (0,5 % da
população total portuguesa) de acordo com dados do Conselho da Europa.
Portugal tem perto de 10 milhões de habitantes, segundo o Instituto
Nacional de Estatística. O número total de reclusos em Portugal é de
cerca de 12 mil, de acordo com o Relatório de Segurança Interna de 2023.
Segundo um estudo de Sílvia Gomes e Manuel Carlos Silva, da Universidade do Minho ("Condições e trajetórias de vida de reclusos e reclusas de etnia cigana em Portugal")
- a população prisional cigana ronda os 5 % - cerca de dez vezes mais
do que a sua percentagem na população portuguesa. Ou seja, a percentagem dos
reclusos ciganos na população prisional é 10 vezes maior do que a
sua percentagem na população portuguesa, que é de 0,5 %.
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Não falar de imigração é um tiro no pé, é o título de hoje de um artigo de opinião de Susana Peralta, no jornal Público. Aumento dos imigrantes "é uma ótima notícia" (…) traz-nos diversidade cultural", afirma Susana Peralta. Contesto completamente este ideário ingénuo e recomendo à Susana Peralta que leia com atenção as declarações de um senhor chamado Trevor Phillips (Sir Trevor Phillips…), negro, que imigrou para o Reino Unido ainda criança.
Foi
deputado e, durante alguns anos, presidente da "Equalities and Human
Rights Commission (EHRC)" do reino Unido. Em 2016, na sequência de uma sondagem alargada aos muçulmanos residentes no Reino Unido, transmitida pelo "Chennel 4",
Sir Trevor Phillips comentou os principais dados dessa sondagem e
acrescentou a sua opinião sobre muçulmanos e outras minorias étnicas.
Curiosamente, mais de 50 por cento dos muçulmanos questionados nessa
sondagem disseram que a homossexualidade devia ser criminalizada:
"(...) The former head of Britain's Equalities and Human Rights Commission (EHRC), Trevor Phillips, has admitted he "got almost everything wrong" regarding immigration in a new report, claiming Muslims are creating "nations within nations" in the West.
"Phillips says followers of Islam hold very different values from the rest of society and many want to lead separate lives. The former head of the U.K.'s equalities watchdog also advocates the monitoring of ethnic minority populations on housing estates to stop them becoming "ghetto villages (...) He says schools may have to consider a 50 per cent limit on Muslim, or other minority pupils, to encourage social integration. And he says disturbing survey findings point to a growing chasm between the attitudes of many British Muslims and their compatriots.
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Paulo Reis / Jornalista Freelancer / Carteira Profissional nº 351
domingo, 19 de janeiro de 2025
Vêm aí mais 400 mil imigrantes (a juntar ao milhão que já cá está...) todos à procura de casa e trabalho, a maioria do Bangladesh e do Paquistão
Agência para migrações dará oportunidade a todos os imigrantes que manifestaram interesse em viver em Portugal até 30 de abril de 2024, mas não receberam o chamado para a regularização dos documentos.
A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) atendeu aos apelos e lançou, nesta sexta-feira (17/01), um novo portal para os imigrantes que têm Manifestação de Interesse, mas não entraram na lista dos mais de 400 mil convocados para regularizar a situação documental em Portugal. Será mais uma chance para terem acesso à tão sonhada autorização de residência em Portugal.
Os imigrantes já são 10 por cento da população, em Portugal. A maioria vêm de países como o Bangladesh, Paquistão e Índia. Culturalmente não se integram na sociedade portuguesa. Nem querem, como salienta o Xeque Munir, da mesquita de Lisboa: "Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", salienta o Sheikh David Munir". Convém salientar que a "integração" do Sheikh Munir na sociedade portuguesa é tão forte, que ele preside a um tribunal islâmico, aplicando a Sharia e que reúne uma vez por semana na Mesquita de Lisboa. Por enquanto, esse tribunal ainda não passou uma sentença a decidir que um homossexual teria que ser atirado do 5º andar de um edifício. Mas já julgou um caso em que uma mulher exigia metade da herança do pai, recentemente falecido.
A decisão do tribunal, explicada pelo Sheik Munir ao jornalista do Público, era simples: primeiro, era o que a Sharia definia. Quanto ao "substracto legal" da sentença, o mesmo lobo em pele de cordeiro explicou que o homem, nos termos da Sharia, tem sempre a responsabilidade de tomar conta da família, por isso tem direito a ter 2/3 da herança - uma violação da lei, de acordo com o Código Civil Português.
Mas falando ainda da "desintegração" dos muçulmanos em Portugal, em 1988 o conselheiro espiritual da Mesquita de Lisboa escreveu um artigo numa revista islâmica onde considerava que os judeus não são seres humanos. Na altura era a única revista islâmica em língua portuguesa.
Entretanto - e ainda em relação ao facto de os imigrantes muçulmanos serem a maioria - um investigador do King's College, uma das mais prestigiadas instituições académicas do mundo, alertava Portugal para os riscos desta nova onda de imigração muçulmana.
Abdool Karim Vakil, filho do homem que foi durante muitos anos presidente da Comunidade islâmica de Lisboa, salientava que "o grupo extremista Tabligh Jamaat representa, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal. Por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal"
Para situar melhor as características deste grupo fundamentalista, foi expulso da Arábia Saudita, que o considerou como "uma porta para o terrismo"
Todos juntos, os imigrantes muçulmanos somam mais do que os brasileiros, que estão em primeiro lugar. A diferença é que esses imigrantes são muçulmanos. Querem a Sharia, praticam os chamados "honor crimes" e constróiem nações dentro de nações, segundo Sir Trevor Phillips (negro e nascido em Londres) ex-presidente da "Commission for Racial Equality (CRE)" da "Equality and Human Rights Commission". Além disso, onde é que irão arranjar casas para 400 mil imigrantes, quando os portugueses desesperam por uma habitação?
Portugal tem mais de um milhão de estrangeiros, o aumento em 2023 foi de um terço. Em seis anos, o número de estrangeiros em Portugal mais do que duplicou. São agora mais de um milhão a viver em Portugal. E vêm aí mais 400 mil. Números redondos, Portugal, com 10 milhões de habitantes, passará a ter 12 milhões de habitantes, dos quais 2 milhões serão imigrantes, a maioria muçulmanos.
A população portuguesa passará a ter cerca de 20 % de imigrantes. Só seremos ultrapassados pela Suécia, que ronda os 30 %. Em cada 5 portugueses, haverá 1 imigrante. Suécia que abriu a porta aos imigrantes e recebeu cerca de um milhão, está em segundo lugar, nos países europeus, em matéria de assassínios com armas de fogo. E em 2023, teve cerca de 130 incidentes em que foram utilizadas granadas, de acordo com as estatísticas da polícia.
E para os "cordeirinhos" que acham que imigração e crime não têm nada a ver um com outro, ficam aqui algumas estatísticas da polícia alemã e suíça.

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