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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

O Islão, um projecto político de conquista do poder

 

Quando se começam a instalar num país, os muçulmanos adoptam uma postura submissa e fazem de conta que estão integrados na sociedade, nomeadamente no que toca às leis desse país. Numa segunda fase, tomam conta do terreno - isto é, fazem questão de ter uma visibilidade e uma agressividade que não correspondem à sua percentagem populacional. Exemplo disso são as rezas colectivas no Martim Moniz, na Alameda Afonso Henriques ou diante da catedral de Westminster, em Inglaterra. No Reino Unido há cerca de 3 mesquitas para cada 100 mil habitantes na população total (67 milhões). Se o cálculo for baseado apenas na população muçulmana (cerca de 4 milhões em 2021), o número será muito maior, refletindo a concentração das estruturas religiosas dentro da própria comunidade muçulmana - cerca de 47 mesquitas por 100.000 muçulmanos. Em França, as ruas são bloqueadas por muçulmanos, à hora das rezas. Em Inglaterra é comum ver manifestações de muçulmanos com cartazes onde se lê "Democracia não, Islão Sim" ou slogans semelhantes.

A ocupação do terreno passa pela construção de guetos islâmicos, zonas onde os muçulmanos se concentram, geralmente em redor de uma mesquita, criando "no-go zones" sobretudo para as mulheres ocidentais, 
pelas suas atitudes de intimidação e assédio, e para os não-islâmicos, em geral. A sua actividade política começa pela conquista de alguns lugares, nas eleições autárquicas, integrados em listas dos partidos políticos laicos, numa obsessão de conseguirem mais uns votos - o que já aconteceu, nestas últimas eleições. Em lugar da tradicional dispersão de votos por vários partidos políticos, os muçulmanos concentram os seus votos num único candidato. Foi assim que elegeram o presidente câmara de Londres, Sadiq Khan. Foi assim que elegeram os presidentes das câmaras de Manchester, Oxford, Rotherham, Camden, Tameside, entre outros. Nas eleições de 2024, foram eleitos 24 deputados muçulmanos. Na câmara dos Lordes, há 19 membros muçulmanos. 

Esta presença política, que é reforçada e crescente, permite aos muçulmanos interferir em questões relacionadas com os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, sempre com a mesma alegação: determinadas práticas da sociedade são contrárias à sua fé e às suas tradições religiosas. Por exemplo, a direcção dos serviços de Educação de Inglaterra determinou, há alguns anos, que os livros infantis com a história dos três porquinhos deviam ser retirados das bibliotecas escolares, a fim de não "ofenderem" os alunos muçulmanos. Um passo importante é o seguinte: a construção de um sistema educacional e judicial muçulmano. Nos guetos que constroem, os muçulmano incluem sempre escolas islâmicas, com o argumento de que as escolas laicas destroem a fé islâmica. Da mesma forma, criam tribunais islâmicos que aplicam a Sharia, ignorando a legislação do país onde se instalaram.

Sir Trevor Phillips

Até hoje, não se chegou ainda à conquista total de um país ocidental por grupos muçulmanos. Mas a não integração e a criação de "estados dentro do Estado", como disse Sir Trevor Phillips (*), constituem já uma realidade. O exercício do crescente poder e influência, por parte dos muçulmanos estabelecidos nos países ocidentais, na área política, tem como objectivo principal atingir uma "massa crítica" que lhes permita impôr uma separação total da comunidade em que estão falsamente inseridos. Esta conquista do poder é facilitada pela atitude complacente e submissa da maioria dos políticos dos países ocidentais para com as exigências dos muçulmanos. O receio de serem acusados de islamofobia leva os políticos e autoridades a ignorarem a prática de crimes quando estão em causa membros de minorias étnicas, muçulmanas, na sua maioria. 

O caso de Roterham é significativo. Cerca de 1.400 jovens raparigas em situação de fragilidade e provenientes de famílias disfuncionais foram aliciadas por grupos maioritariamente de muçulmanos paquistaneses, para depois acabarem por ser violadas durante meses e até, nalguns casos, durante anos, por gangues de dezenas de homens. Os assistentes sociais e a polícia estiveram ao corrente do que se vinha a passar, durante bastante tempo. No entanto, recusaram-se a agir com o receio de serem considerados islamófobos. A atitude das sociedades ocidentais que, na sua maioria, aceita as exigências dos muçulmanos é encarada como uma posição de fraqueza, da parte desses mesmos muçulmanos. Aquilo que o Ocidente entende como sendo um comportamento correcto e amigável no acolhimento e na concessão de benefícios para a integração dos imigrantes muçulmanos é considerado por esses mesmos imigrantes como uma oportunidade para impôr as suas regras, dada a falta de coragem dos cidadãos e políticos desses países a resistirem a essas imposições. 

Portugal está na fase da construção de guetos, com cerca de 80 mesquitas e locais de culto, bem como sete escolas islâmicas, algumas ainda em construção, espalhadas pelo país. Ao mesmo tempo, assiste-se, desde há alguns anos, à ocupação do terreno, com as "manifestações" das preces finais do Ramadão na praça do Martim Moniz e na Alameda Afonso Henriques. Não é por acaso que esses dois locais foram escolhidos. A toponímia de ambos remete para a conquista aos muçulmanos da cidade de Lisboa. A concentração de milhares de imigrantes, nesses locais e nessa data levanta uma questão: porque razão têm que ocupar aquele espaço? Onde fazem eles as suas preces, nos dias normais? De destacar também outro passo que já foi dado pelos muçulmanos portugueses: a criação de tribunais islâmicos, que funcionam à margem da lei, neste país, em tribunais ilegais e que já deveriam ter merecido a intervenção do Ministério Público - que nestes casos, faz como as assistentes sociais e a polícia de Roterham - ignora o assunto, para não serem acusados de islamófobos. 

Há mais de quinze anos que funciona um tribunal islâmico na mesquita de Lisboa, presidido pelo Xeque Munir. Nesse tribunal são emitidas sentenças em casos que violam frontalmente a Constituição da República Portuguesa e as leis em geral, nomeadamente o Código Civil e o Código Penal. Exemplo disso é uma passagem de uma entrevista do Xeque Munir ao jornal Público, onde ele explica a sentença passada em relação a um caso que é uma violação óbvia da legislação em matéria de heranças e partilhas: "É também com a "necessidade de o homem sustentar a família" que David Munir justifica a norma da Sharia de que o homem "tem direito ao dobro da herança"' se um parente morrer, "porque ele é obrigado a ajudar, e a mulher não". Outro aspecto que separa a lei de um país ocidental é a questão do direito do marido bater na mulher. O Xeque Munir admite que no Corão se diz que "quando uma mulher é desobediente", o marido "pode repreendê-la", embora considere que teólogos misóginos, com uma interpretação mais radical, considerem "ser legítimo bater depois de admoestar". Esse direito é explícito na Sura 4, Versículo 34 (An-Nisā'): "Quanto àquelas, de quem temeis deslealdade (ou desobediência), admoestai-as (na primeira vez), abandonai os seus leitos (na segunda vez) e batei-lhes (na terceira vez); porém, se vos obedecerem, não procureis meios contra elas. Sabei que Deus é Excelso, Magnânimo."

Nenhum muçulmano será, nunca, português. O Corão e a Sharia são incompatíveis com a Constituição da República. Ser português ou não, nada tem a ver com genes, mas sim com o tempo de permanência em Portugal, disse recentemente o almirante Gouveia e Melo, ao afirmar que um imigrante que viva em Portugal dez anos "é tão português como nós" - o que é falso. Ser português tem a ver com a cultura, tradições, princípios e leis. Bater na mulher é crime, em Portugal mas é autorizado pelo Islão. Trata-se de um entre centenas de exemplos. A atitude dos muçulmanos em relação à homossexualidade é outro exemplo concreto. A condenação religiosa baseia-se principalmente na história do Profeta Ló (Lot) e do seu povo, em Sodoma, mencionada em várias Suras do Alcorão (por exemplo, Sura 7:80-81; Sura 26:165-166). Estes versículos condenam especificamente a prática de "ir aos homens com desejo, em vez de ir às mulheres". O facto é que na maioria dos países islâmicos a homossexualidade é criminalizada e em diversos casos, punida com a pena de morte. Irão, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen — entre outras nações islâmicas — contemplam a pena de morte como punição pela homossexualidade. No total, 69 países-membros das Nações Unidas têm leis que criminalizam a homossexualidade. O Iêmen, a Nigéria, o Uganda, o Afeganistão, o Qatar, a Somália, e os Emirados Árabes Unidos também aplicam a pena de morte aos casos de homossexualidade.

O projecto político de conquista do poder que o Islão constitui, camuflado numa falsa atitude de integração e inserção nos países ocidentais, terá resultados negativos, em Portugal, a curto prazo. Segundo o próprio Xeque Munir, o número de muçulmanos no país já ultrapassa os 100 mil. Portugal não escapará a essa estratégia de domínio, cujos primeiros sinais já se vislumbram: escolas islâmicas, onde os rapazes e as raparigas se sentam separados, na sala de aulas; ocupação do terreno, com a construção de cada vez mais mesquitas, exigindo, inclusive, a construção de uma mesquita na Mouraria, o que iria descaracterizar completamente aquele espaço turístico; manifestações de força, como são as duas as preces colectivas do final do Ramadão; fornecimento, em escolas públicas em Odivelas, de comida "halal" (comida islâmica preparada de acordo com os seus rituais), e domínio da comunidade muçulmana por um grupo fundamentalista, os Tablighi Jamaat, para além de outros detalhes.

(*) Sir Trevor Phillips, ex-deputado trabalhista e ex-presidente da "Commission for Racial Equality (CRE)" e ex-chairman da "Equality and Human Rights Commission (EHRC)", filho de pais imigrantes das Caraíbas
 

sábado, 18 de outubro de 2025

A falsa liberdade que apaga o rosto das mulheres e o discurso cúmplice do Sheik David Munir (WHISTLEBLOWER.Pt)

 


O FALSO DEBATE SOBRE LIBERDADE
O Parlamento português decidiu restringir o uso da burca em espaços públicos, e imediatamente surgiu o coro previsível: “a mulher tem o direito de vestir o que quiser”.
É um argumento bonito, mas intelectualmente desonesto.
A liberdade de escolha pressupõe ausência de coação.
E ninguém pode, em consciência, afirmar que a burca — um símbolo nascido do medo e da submissão — é resultado de livre escolha.
Na maioria dos casos, o que se apresenta como “autodeterminação feminina” é pressão social, familiar ou religiosa.

Mesmo em países europeus, muitas mulheres usam a burca porque temem o julgamento da comunidade, o isolamento ou o castigo.
O Islão, nos seus textos fundadores, não impõe a burca.
Fala em modéstia e recato, mas a cobertura total do corpo e do rosto é uma interpretação cultural e patriarcal, não uma ordem divina.
O próprio Sheik David Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, reconheceu isso publicamente.

Ora, se não é mandamento religioso, o que significa o seu uso?
Significa submissão simbólica e social.
É a presença visível de uma ideologia que coloca a mulher abaixo do homem e a transforma num corpo a esconder, num sujeito a calar.
O DISCURSO DO SHEIK: NORMALIZAÇÃO DO RETROCESSO
O Sheik David Munir — figura mediática e bem tratada pela imprensa nacional — afirmou que “a burca não é obrigatória, mas deve ser respeitada enquanto escolha individual”.

À primeira vista, parece um discurso moderado e conciliador.
Na prática, é profundamente político.
Ao relativizar o significado da burca, o imã promove a aceitação cultural de um símbolo de opressão, transformando-o num simples elemento de “identidade”.
E ao fazê-lo, introduz no espaço público português a ideia de que qualquer prática religiosa — mesmo que anule direitos universais — merece respeito automático.
O problema é que essa “moderação” não defende o direito das mulheres, defende a imunidade cultural de sistemas patriarcais.
O Sheik Munir é inteligente: sabe que o Islão não impõe o véu integral, mas usa o discurso da tolerância para ganhar espaço e legitimidade política.
Cada vez que uma figura religiosa é amplificada pelos media sem contraditório, o país cede um pedaço da sua laicidade.

O que ele promove, em última análise, é a aceitação gradual de uma exceção permanente: a ideia de que certas comunidades podem viver segundo regras próprias, acima das leis da República.
PORQUE ALGUMAS MULHERES AINDA A DEFENDEM
Algumas mulheres muçulmanas afirmam usar a burca “por vontade própria”.
Mas a psicologia social explica: quando uma norma de submissão é interiorizada desde a infância, a obediência passa a ser confundida com fé, e o medo com virtude.
É o mesmo mecanismo que leva vítimas de regimes autoritários a defender os seus algozes — a chamada submissão interiorizada.
Outras veem na burca um ato de identidade cultural — uma forma de se distinguir num mundo ocidental que as julga.
Mas o resultado é o mesmo: o corpo torna-se bandeira e a mulher desaparece por detrás de uma causa que não é dela, mas de quem a formou para servir.
A verdadeira liberdade não é poder tapar o rosto.
É poder mostrá-lo sem medo de ninguém.

O FEMINISMO QUE ABANDONOU AS MULHERES
O maior paradoxo é ver feministas e organizações ditas progressistas a defender o uso da burca como “expressão da autonomia feminina”.
O feminismo clássico combatia o véu como símbolo de submissão.
O feminismo contemporâneo, capturado pelo identitarismo, passou a desculpá-lo em nome da diversidade cultural.
A Amnistia Internacional é o exemplo perfeito dessa hipocrisia:
denuncia o uso obrigatório da burca no Irão, mas defende o direito de usá-la na Europa — como se o mesmo ato pudesse ser opressão lá e liberdade cá.
Se é opressão quando imposta, não deixa de o ser quando normalizada.
A diferença está apenas na forma, não na essência.
Este duplo padrão é o retrato de uma esquerda que prefere parecer tolerante a ser coerente.
Teme ser acusada de islamofobia e, por isso, aceita a desigualdade quando ela vem “do outro”.
É o triunfo do relativismo sobre o universalismo dos direitos humanos.

A CONTRADIÇÃO IMPOSSÍVEL: ISLAMISMO E MOVIMENTO LGBTQIA+
A esquerda progressista construiu uma coligação de minorias onde tudo cabe: feministas, ambientalistas, ativistas LGBTQIA+ e defensores do multiculturalismo islâmico.
Mas essa aliança é ideologicamente impossível.
O islamismo tradicional condena a homossexualidade como pecado grave — e, em dezenas de países, como crime punível com prisão ou morte.
Em nenhum Estado islâmico há igualdade de género ou liberdade sexual plena.
Mesmo em comunidades islâmicas europeias, a hostilidade ao movimento LGBTQIA+ é aberta e frequente.
O progressismo europeu, contudo, finge não ver.
Tenta proteger todas as minorias ao mesmo tempo, mesmo quando uma destrói a outra.

É o “multiculturalismo esquizofrénico”: um sistema que exige aceitação de valores mutuamente excludentes e depois culpa o Ocidente quando a convivência falha.
O CONFRONTO COM A IGUALDADE DE GÉNERO
O princípio universal da igualdade de género — base do direito europeu — é inconciliável com o islamismo tradicional.
A sharia define hierarquia entre homem e mulher: o homem herda o dobro, o testemunho feminino vale metade, a mulher precisa de autorização para viajar, casar ou trabalhar.
Isto não é exceção cultural, é lei religiosa.
Defender igualdade e ao mesmo tempo proteger a expansão dessas normas é autodestruição moral.
A esquerda tolera em nome da diversidade aquilo que, na sua própria lógica, deveria denunciar como violência estrutural.
O resultado é visível: bairros onde a separação de género reaparece, escolas onde meninas são retiradas das aulas de educação sexual, mulheres que já evitam circular sozinhas.
A Europa que dizia “nunca mais” começa a ceder terreno ao regresso do mesmo patriarcado, só que agora importado.

A ILUSÃO DO MULTICULTURALISMO
O multiculturalismo não trouxe integração; trouxe comunidades paralelas.
Em nome da “inclusão”, o Estado laico começou a recuar.
Proibiu o crucifixo, mas aceita a burca.
Critica a Igreja Católica, mas teme questionar o Islão.
As elites progressistas criaram um sistema onde as leis universais se aplicam apenas aos ocidentais.
As minorias religiosas ganham imunidade moral — não por mérito, mas por medo político.
É o novo dogma europeu: “respeitar todas as culturas, mesmo as que não respeitam ninguém”.

A LIBERDADE SEM ADJETIVOS
Mostrar o rosto não é um gesto político, é um gesto humano.
É dizer “eu existo”, “sou reconhecida”, “sou igual”.
Quando o Estado permite que a mulher se apague por trás de um pano em nome da fé, abdica da igualdade em troca da aparência de tolerância.
Portugal é um Estado laico.
E num Estado laico, nenhuma religião tem o direito de transformar o corpo humano num símbolo ideológico.
A burca não é um adereço de moda — é a negação visível da identidade feminina.
O QUE ESTÁ REALMENTE EM CAUSA
A polémica sobre a burca não é sobre vestuário — é sobre valores civilizacionais.
É sobre se o Ocidente ainda acredita nos seus próprios princípios ou se vai continuar a destruí-los para não ser acusado de intolerância.
É sobre se queremos viver numa sociedade de pessoas visíveis, livres e iguais, ou numa de guetos culturais onde cada um responde apenas às suas tradições.
Quando figuras como o Sheik David Munir falam de “respeito” e “diversidade”, não estão a defender o pluralismo.
Estão a testar os limites da submissão cultural europeia.
Sabem que o medo de ofender é hoje mais forte do que a vontade de defender.
E cada vez que os media lhes dão palco sem contraditório, Portugal cede mais um metro à fragmentação da sua própria soberania moral.

CONCLUSÃO
A burca é o espelho perfeito do que o progressismo europeu se tornou:
um sistema que confunde liberdade com rendição, diversidade com relativismo e tolerância com medo.
O discurso do Sheik David Munir não promove o diálogo — promove a aceitação do recuo civilizacional.
Apresenta-se como voz de moderação, mas o seu efeito é o da normalização do desigual.
Cada frase aparentemente pacífica é uma peça na lenta desmontagem do princípio da igualdade.
Portugal precisa de líderes que defendam a liberdade sem vergonha e a igualdade sem exceções.
Porque quem relativiza a opressão em nome da tolerância não é progressista — é cúmplice.
A mulher livre mostra o rosto.
A sociedade livre reconhece-o.
E o Estado livre não pede desculpa por o defender.
WHISTLEBLOWER.Pt

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

DAESH: Seis "sintomas" e uma razão para a destruição do mundo ocidental

 

"É também com a 'necessidade de o homem sustentar a família' que o xeque David Munir justifica a norma da Sharia de que o homem 'tem direito ao dobro da herança' se um parente morrer, 'porque ele é obrigado a ajudar, e a mulher não". Trata-se apenas de um caso, entre muitos outros, que define bem a diferença entre a Sharia e a lei portuguesa. Neste exemplo, os processos de herança estão vinculados a uma igualdade entre herdeiros, legislação que consta do Código Civil Para além disso, a própria Constituição da República Portuguesa proíbe qualquer discriminação com base no sexo. Este pequeno excerto de uma longa reportagem do Público sobre o funcionamento de um tribunal islâmico na Mesquita de Lisboa mostra como se utiliza uma das seis razões táticas do combate do DAESH, o Estado Islâmico: a destruição da prevalência da legalidade constitucional e do secularismo, com a sua óbvia substituição pela Sharia.

Numa edição da revista de propaganda em inglês do DAESH, Dabiq, o grupo deixa clara a sua posição sobre o papel da política externa Ocidental no Médio Oriente: é um fator "secundário". Num artigo intitulado "Why We Hate You & Why We Fight You" (Porque Vos Odiamos e Porque Lutamos Contra Vocês), o grupo apresenta seis pontos de ordem prática que caracterizam os seus objectivos tácticos para a guerra contra o Ocidente. Menciona, por esta ordem, a descrença do Ocidente no Islão, a prevalência do secularismo, o ateísmo, as 'transgressões' contra o Islão, as operações militares e as incursões territoriais.

Embora este conjunto de orientações, por si só, demonstre o que o DAESH considera as razões mais significativas para as suas ações, o grupo insiste que é "importante compreender" que as "políticas externas" ocupam apenas uma posição secundária, de ordem meramente táctica. O objectivo estratégico do DAESH, como o artigo da Dabiq refere, é o domínio mundial do Islão. No texto afirma-se que, "mesmo que ("o Ocidente") parasse de nos bombardear, de nos prender, de nos torturar, de nos difamar e de usurpar as nossas terras, continuaríamos a odiar-vos porque a nossa razão principal para vos odiar não deixará de existir até que abracem o Islão."

A existência, em Portugal, de células da Irmandade Muçulmana e o crescente domínio dos Tablighi Jamaat na comunidade muçulmana, são dois detalhes importantes na análise da ameaça islâmica à organização do Estado. De salientar que a Irmandade Muçulmana tem como único objectivo a destruição das sociedades ocidentais e a implantação do Islamismo, através de uma discreta, silenciosa e gradual erosão dos valores seculares, de acordo com um relatório confidencial do Governo francês, revelado no princípio deste ano. O domínio de espaços públicos, por exemplo, denotando uma manifestação de força, é visível na concentração organizada no largo do Martim Moniz e na Alameda Afonso Henriques por grupos muçulmanos, para a última oração do Ramadão, ao longo dos últimos anos.

O movimento da Irmandade Muçulmana é uma "ameaça à coesão nacional" em França e devem ser tomadas medidas para travar a propagação do "islamismo político", de acordo com o citado relatório, apresentado ao Presidente Emmanuel Macron, no princípio deste ano. "A realidade desta ameaça, mesmo sendo a longo prazo e não implicando ações violentas, representa um risco de danos para o tecido social e para as instituições republicanas (...) e, de forma mais ampla, para a coesão nacional", referiu o jornal "Le Monde", a propósito do relatório.

A organização-mãe da Irmandade Muçulmana, fundada no Egito em 1928, opera em vários países europeus, normalmente através de organizações muçulmanas alegadamente bem integradas, que estabelecem relações discretas com o movimento e lhe permitem actuar sem ser detectado, junto da sociedade ocidental em que estão inseridos. Os principais países onde a Irmandade Muçulmana (ou os seus braços políticos) foi proibida ou designada como organização terrorista incluem o Egipto, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e a Rússia. Na Síria, durante o regime de Assad, também foi proibida. Em vários países europeus, como a Itália e a Áustria, há a intenção de ilegalizar também a Irmandade Muçulmana.    

Quanto aos Tablighi Jamaat, o próprio filho de Abdul Karim Vakil, professor no King's College, alerta para o seu perigo. O  grupo "representa, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal. Por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", afirma Abdool Karim Vakil (filho do ex-presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa e investigador do prestigiado King'College em Londres) num estudo intitulado “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades."

 O "combate" entre o laicismo e a implantação de "guetos islâmicos" foi algo salientado, já em 2016, pelo antigo presidente da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos (EHRC) do Reino Unido, Sir Trevor Phillips, que admitiu ter "errado em quase tudo" em relação à imigração, alegando que os muçulmanos estão a criar "nações dentro de nações" no OcidenteTrevor Phillips afirma que os seguidores do Islão detêm valores muito diferentes do resto da sociedade e que muitos desejam levar vidas separadas. O ex-chefe da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos do Reino Unido também defendeu a monitorização das populações de minorias étnicas em bairros sociais para evitar que se tornem "aldeias-gueto", de acordo com uma entrevista à "Newsweek".

Trevor Phillips sugeriu que as escolas poderiam ter de considerar um limite de 50% para alunos muçulmanos ou de outras minorias, para encorajar a integração social e afirmou que dados de inquéritos recentes apontam para um fosso crescente entre as atitudes de muitos muçulmanos britânicos e os seus compatriotas. Numa outra entrevista ao Daily Mail, também em 2016, Trevor Phillips alertou para a existência de 'guetos muçulmanos no Reino Unido' que
o antigo responsável pela Comissão de Igualdade e Direitos Humanos classificou como "sendo a construção de nações dentro de uma nação". Trevor Phillips afirmou ainda que muitos muçulmanos detêm valores bastante diferentes do resto da sociedade e querem levar vidas separadas. "O mais preocupante é que aqueles com visões separatistas são muito mais propensos a apoiar o terrorismo", adiantou. 

Trevor Phillips alertou, na mesma entrevista, para uma "luta de vida ou morte pela alma do Islão britânico: A razão pela qual os nossos concidadãos britânicos parecem tão desalinhados com a opinião maioritária é que demasiados vivem num Reino Unido diferente do resto de nós."
 

 

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Um presidente taralhoco: "Cria corvos que eles te comerão os olhos."

 

 

Nunca vi o xeque Munir participar numa cerimónia ecuménica. As comemorações do 10 de Junho não são ecuménicas, não ocorrem num espaço religioso. Já vi o taralhoco do Presidente da República, ajoelhado, numa cerimónia na Mesquita de Lisboa e a imitar os gestos dos muçulmanos em oração

Nunca vi o xeque Munir ser convidado - e aceitar o convite - para uma cerimónia religiosa numa igreja. "Se começarmos a dividir uma nação em vários sistemas jurídicos étnicos e tribais, deixará de haver uma nação unificada. 

Este é mais um exemplo do multiculturalismo a correr mal – e muito mal. Como Margaret Thatcher disse em 2002: 'Acolhemos aqueles que nos odiavam, tolerámos aqueles que nos ameaçavam e fomos indulgentes com aqueles que nos enfraqueciam.'

Os espanhóis têm um provérbio que se aplica a este tipo de situação e comportamentos: "Cria corbs i et menjaran els ulls", em catalão - "Cria corvos que eles te comerão os olhos."

Winston Churchill foi ainda mais contundente: "Individual Muslims may show splendid qualities, but the influence of the religion paralyses the social development of those who follow it. No stronger retrograde force exists in the world. Far from being moribund, Mohammedanism is a militant and proselytizing faith."

 

 

 

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Tribunal Islâmico funciona há mais de 17 anos na Mesquita de Lisboa

 


A sala da Mesquita Central de Lisboa está fria e quase vazia. Não já juízes nem advogados, mas aqui costumam reunir-se "sábios" que deliberam, sobre questões familiares ou sociais, como se estivessem num tribunal. A sua lei não é civil, mas islâmica - a Sharia.É nesta sala que nos recebe um afável e sorridente Xeque David Munir. Tentando dissipar dúvidas e medos, o imã (guia religioso) fala pausadamente enquanto acalma o seu telemóvel, que não pára de tocar. Começa logo por clarificar que a exigência de a mulher "ser submissa" ao homem "não passa de uma metáfora".
"O que é ser submissa? É o homem dizer "levanta-te!" e ela levantar-se? Ou ele dizer "senta-te!" e ela sentar-se? Isso não é submissão, é ser escrava. Não tem nada a ver com a Sharia", frisa David Munir. "O facto de em algumas sociedades a mulher ainda ser considerada inferior, não tem nada a ver com a Sharia, mas com a tradição e a cultura" dos países.
Do mesmo modo, o facto de haver maridos que proíbem as mulheres de exercerem profissões é incompreensível para o Xeque. "Já tivemos de decidir num caso em que uma jovem licenciada que queria ter o seu emprego e o marido, por ciúmes ou machismo, não autorizava, mas conseguimos que ele mudasse de ideias."
David Munir admite, todavia, que se os homens "ganharem o suficiente, as mulheres podem - se consentirem - ficar em casa a tratar da família", porque o sustento não é obrigação delas. Outra recomendação que ele faz às mulheres é que "não gastem mais do que os maridos ganham", se elas não contribuírem para as despesas.

É também com a "necessidade de o homem sustentar a família" que David Munir justifica a norma da Sharia de que o homem "tem direito ao dobro da herança" se um parente morrer, "porque ele é obrigado a ajudar, e a mulher não". No entanto, quando se trata de partilhas, ressalva, "cabe à família decidir se quer um acordo segundo a lei islâmica ou os tribunais civis". Também pode haver testamentos com cláusulas específicas que não sigam o que a Sharia determina, adianta.
O poder do divórcio
Quanto a separações, o Xeque lembra-se de um caso em que um membro da comunidade se mostrava tão renitente em conceder o divórcio à mulher que os teólogos tiveram de tomar uma decisão "segundo a Sharia". O casamento era apenas religioso e a deliberação foi "a favor da esposa, que tinha o direito de refazer a sua vida, mesmo que o marido não aceitasse".
Uma interpretação rígida da Sharia dá ao homem o direito unilateral de se divorciar, sem causa (basta dizer três vezes, no decurso de três meses, "eu divorcio-me de ti"), enquanto a mulher tem de alegar "razões fortes", como infertilidade, distúrbios mentais, doenças contagiosas ou não apoio financeiro por parte do marido para que o seu pedido seja aceite. Esta não é interpretação do Xeque de Lisboa, que esclarece: "De acordo com a Sharia, a mulher pode pedir o divórcio sem nenhuma razão acima mencionada - chama-se Khula."
David Munir clarifica ainda o que até alguns muçulmanos desconhecem: que antes de um contrato de casamento, a mulher pode exigir "o poder do divórcio". Assim sendo, "é ela quem dá e é ele quem pede". A ignorância leva a que os pais dos noivos às vezes recusem esta opção, porque questionam a validade da sua existência.
O imã aconselha "muita prudência" aos maridos que, num assomo de fúria, renegam as esposas três vezes (em três períodos), porque, uma vez declarado o divórcio, mesmo que depois se arrependam, terão de esperar que a sua mulher volte a casar-se com outro e se separe deste para voltar a unir-se a ela.

Os teólogos em Portugal, acrescenta o Xeque, aconselham sempre a que o casamento religioso islâmico (ainda não contemplado na lei portuguesa) seja em simultâneo com o civil. Obter a documentação necessária é, contudo, um processo moroso (sobretudo quando se é imigrante ilegal), e as pessoas vêm à mesquita "porque querem regularizar a sua situação familiar para não viverem em pecado".
Uma coisa é certa, embora alguns orientadores religiosos digam que o islão permite aos rapazes e raparigas casarem assim que cheguem à puberdade, 14-15 anos, na comunidade islâmica portuguesa - criada há precisamente 40 anos e agora com 40 mil membros - segue-se à risca a lei que exige autorização dos pais para quem quiser casar antes dos 18. "Não queremos que nos acusem de casar menores nas mesquitas", defende-se o Xeque.

"A Sharia não é uma lei bárbara e ultrapassada como alguns pensam. Trata todos como iguais. Não nos interessa agradar aos homens ou às mulheres, mas apenas fazer o que é justo de acordo com a lei", enfatiza o Xeque. Em situações de separação de um casal, "damos até três meses para ambos pensarem. Tentamos sempre obter o consentimento mútuo, mas quando não há essa possibilidade, o que ficou decidido está decidido. Se uma das partes não gostou, paciência."
Mas, perguntamos nós, e quando há violência doméstica, a mulher terá de suportar os abusos do marido até os teólogos concluírem que a solução é o divórcio? Responde David Munir: "O marido tem de sair de casa e ela fica. Se já não houver convivência pacífica, ele vai para a rua. E isto é Sharia! Ela não tem de suportar um marido violento."
Bater ou repreender?
O Xeque admite que no Corão se diz que "quando uma mulher é desobediente", o marido "pode repreendê-la", embora teólogos misóginos, com uma interpretação mais radical, considerem "ser legítimo bater depois de admoestar".
David Munir frisa: "O Profeta [Maomé] nunca levantou a mão a nenhuma das suas esposas, e até chamou a atenção de vários maridos para que não batessem nas suas mulheres. Se vivemos numa sociedade onde é comum os homens baterem nas mulheres, não podemos dizer que isso é islâmico. É usar o islão erradamente. Eu defendo que não se deve bater, que não se deve levantar a mão. E, se por acaso, numa disputa, numa azeda troca de palavras, o homem for violento, que de imediato peça desculpas. Mas se persistir, e a mulher já não o conseguir aturar, ela tem o direito de pedir o divórcio, e o divórcio ser-lhe-á dado. Se ela se justificar, com provas, ele será obrigado a divorciar-se."

O imã reconhece que algumas mulheres preferem sofrer em silêncio do que denunciar os maus tratos a que são sujeitas pelos maridos. "Para a comunidade, estes são uns santos, pessoas exemplares, e elas temem não ser levadas a sério." O que faz o Xeque? "Eu tento encorajar as mulheres a pedirem ajuda a instituições que as protejam, a si e aos seus filhos, ou que me deixem falar directamente" com os abusadores.
Tutela dos filhos
Já aconteceu a David Munir ser, "surpreendentemente", chamado pela Comissão de Protecção de Menores, "porque envolveu até a polícia", para dar o seu parecer numa disputa de tutela de filhos por um casal.
Nestas situações, ele aconselha de acordo com a Sharia, mas a palavra final cabe aos tribunais civis - aliás, faz questão de sublinhar que todos os casamentos litigiosos são encaminhados por si e pelos seus colegas imãs para as instâncias do Estado. Eles só tratam de separações amigáveis, e assevera que nunca tiveram de decidir sobre quem tinha direito à custódia das crianças.
Se ele tivesse de o fazer, não tem dúvidas de que avaliaria "o que seria melhor" para os filhos. "Há pessoas que dizem que os filhos, após um divórcio, pertencem ao pai, mas não é bem assim", explica. "Se a criança for menor, nos primeiros dois anos, fica com a mãe por causa do aleitamento."

"O que a natureza nos diz é que a criança precisa mais da mãe. O pai é obrigado a dar o sustento. A criança só tem de ficar com o pai se a mãe não tiver condições, físicas, mentais ou financeiras, de a criar. Há teólogos que defendem uma tutela conjunta. Até agora, nunca fomos solicitados a decidir em termos de tutela, mas houve casos em que a questão se colocou, por exemplo, se um pai que passa o tempo fora de casa está em condições de manter os filhos."
Casos mais comuns que são submetidos à apreciação dos teólogos são os relacionados com dívidas. "Alguém vem à comunidade e queixa-se: "Aquele fulano, que vocês conhecem, deve-me dinheiro e não me paga." Então, chamamos a pessoa acusada, conversamos com ela, vemos como foi feito o contrato de empréstimo, se foi verbal ou por escrito, se passou ou não pelo notário, e as pessoas envolvidas acabam por aceitar as nossas decisões. É que o devedor, se não pagar, está a desrespeitar a sua crença, e fica numa situação desconfortável perante a comunidade."

Conselhos sobre poligamia

Nota final: no site myciw.org (Comunidade Islâmica da Web), uma senhora apenas identificada como Patrícia pergunta: "Sou cristã e busco respostas sobre casamento muçulmano - direitos e deveres. Meu marido deseja converter-se em muçulmano. Uma das principais razões é o facto de desejar ter outra mulher, por sua vez muçulmana, que conhece há pouco tempo. Acontece que amo o meu marido e desejo a sua felicidade mas seu comportamento mudou comigo. Pretende que eu abdique do nosso quarto para estar com ela. Pretende que eu continue a trabalhar, enquanto ela fica em casa à espera dele. Até falou em arranjar empregada para ela não fazer nada em casa. Amo o meu marido mas sinto seu coração injusto. E se meu marido deseja ser muçulmano, eu só desejo conhecer a lei muçulmana para saber se ele está sendo correcto comigo ou não. Dentro de 15 dias essa mulher muçulmana chega a nossa casa."
O Xeque Munir vai lendo em voz alta a mensagem à sua frente, linha a linha, e começa a dar respostas, sabendo que a poligamia é permitida pelo islão mas proibida em Portugal (e também em países muçulmanos de regimes laicos como a Tunísia e a Turquia).

"Se o homem for muçulmano, para casar com outra não pode dar a esta o quarto da primeira mulher", sentencia. "Já está a começar mal. Isto não é Sharia. Se uma das mulheres trabalhar, a outra tem de trabalhar. Isto é Sharia. Se ele arranjar empregada para uma, tem de arranjar para outra. Se ele já está a ser injusto, então não justifica ter outra mulher, porque vai manter a injustiça. O Alcorão diz: "Se tiver receio de não ser justo [com as suas mulheres, que podem ser quatro], fique só com uma."
"Eu aconselharia esta senhora [Patrícia] a divorciar-se do marido, para ele casar com a outra. Vai custar, porque ela diz que gosta dele, mas é melhor ela sofrer durante seis meses ou um ano do que viver em permanente instabilidade.

Jornal "Público" 13 de Março de 2008 

 

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A estranha (e suicida) aliança entre esquerdistas e imigrantes muçulmanos

 


A forma mais visível de nos apercebermos da distorção mental do Esquerdismo é a sua posição em relação à imigração. Slogans como o que este cidadão indiano, de religião Sikh, ostentava numa das recentes manifestações de imigrantes, aqui em Lisboa, são uma cópia perfeita do elucidário da dita Esquerda: não há ilegais, somos todos ilegais, bem-vindos refugiados e o supra-sumo de todos os cartazes já paridos por esses seres dementes:

 

A política de António Costa, ao abrir completamente as portas à imigração, transformou este país, para as próximas décadas. O largo número de brasileiros é mais do que bem-vindo. Têm a mesma cultura, falam a mesma língua e integram-se com toda a facilidade.

O maior problema da imigração autorizada pelo homem demitido por um parágrafo terá a ver, em pouco mais de cinco anos, com a imigração indostânica, uma fatia substancial da imigração. Na sua larga maioria provenientes do Bangladesh e do Paquistão, são muçulmanos na quase totalidade. As mudanças que esses imigrantes trarão ao tecido social deste país já começam a ser visíveis. Sinais do que estará para vir são os escândalos das residências onde estão registados 600 moradores ou as empresas de vão-de-escada que têm 700 ou 800 trabalhadores. 

O "modus operandi" dos muçulmanos, na "conquista" dos países ocidentais, tem duas fases distintas: uma primeira implantação, aparentemente pacífica e com a integração como objectivo externo - para inglês ver, como se diz. À medida que o seu número aumenta, têm a tendência de "colonizar" bairros específicos, quase sempre zonas onde já existam lugares de culto ou mesquitas (Martim Moniz é o melhor exemplo) ou localidades onde funcionem empresas de mão-de-obra intensiva, como as zonas de estufas no Sudoeste Alentejano. 

 


Mal o seu número atinja um "valor crítico", alteram a sua política e passam à segunda fase: a conquista e o domínio, nas zonas onde se concentram. A cidade de Londres é um exemplo claro dessa estratégia. Embora os muçulmanos sejam apenas 15 % dos habitantes da capital inglesa, conseguiram eleger para presidente da câmara um muçulmano - graças à concentração de votos no seu candidato. 

Por cá, a principal campanha de domínio dos muçulmanos passa actualmente pela construção de uma mesquita na zona do Martim Moniz - que será seguramente rejeitada, por contribuir para uma completa descaracterização daquela zona turística, uma das mais tradicionais de Lisboa e que já sofre com a proliferação de lojas de souvenirs, sem clientes e com rendas de 5 mil euros.

A atitude dos portugueses, especialmente da classe política (*), é aquilo que se designa pela aceitação da condição de dhimmi, pagando uma taxa chamada jizya. Em termos concretos, é a aceitação, por parte dos muçulmanos, que os cristão e judeus vivam em territórios por eles dominados, pagando essa taxa e usufruindo de menos direitos do que os muçulmanos.  

A ocupação da praça do Martim Moniz, na oração de fecho do Ramadão, é o principal símbolo, hoje em dia, daquilo que é já uma demonstrações de força dos muçulmanos. Uma questão óbvia, aqui, é muito simples: onde rezam os milhares de muçulmanos que usam a praça Martim Moniz, nas outras sextas-feiras do ano? Porque razão utilizam aquela praça, quando poderiam - se fosse uma questão de espaço, utilizar o Terreiro do Paço? 

A explicação é simples: Martim Moniz é um herói - mítico ou não - da conquista do castelo de S.Jorge aos mouros. Que melhor demonstração de força do que ocupar essa praça com aqueles que professam a mesma religião dos que foram derrotados em 1147? Por todo o país, nesta segunda fase de conquista, estão a surgir escolas islâmicas e madrassas, escolas religiosas. As tentativas de construção de mesquitas têm sofrido alguns percalços, como aconteceu em Samora Correia, onde a população em peso se manifestou contra essa hipótese.

Mas em Odivelas, por exemplo, um número substancial de escolas já serve refeições "halal", confeccionadas à maneira islâmica, por exigência dos pais dos alunos e submissão das autarquias, mais acentuada com a época de eleições que se aproxima. A pouco e pouco, nas zonas dominadas por muçulmanos ter-se-á a sensação de estar não em Portugal, mas no Paquistão ou no Bangladesh. Essas zonas passarão a ser "no-go" zones para as mulheres ocidentais, por exemplo, um fenómeno que já hoje é comum nas principais capitais europeias. 

Discretamente, outras forças islâmicas se movem em Portugal: os Tablighi Jaamat e as células da Irmandade Muçulmana. Os primeiros são uma espécie de "testemunhas de Jeová" do islamismo, visitando a casa dos crentes, para estarem certos de que seguem à risca os princípios da doutrina islâmica. Por exemplo, verificam se há ou não uma televisão nessas casas - algo que é completamente proibido. 

Mas o "rigoroso tradicionalismo, dos Tablighi Jaamat, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa (...) um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", salienta Abdool Karim Vakil (Filho), numa investigação intitulada “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades. Hoje em dia, ainda segundo Abdul Karim Vakil, os Tablighi Jaamat são "a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal".

 Em alguns países, as organizações filiadas na Irmandade Muçulmana são vistas como atores legítimos e parceiras do governo, no diálogo sobre as comunidades muçulmanas. No entanto, muitos serviços de secretos e governos (em países como a França, a Alemanha e a Áustria) veem a Irmandade com desconfiança. As críticas focam-se em acusações de a Irmandade Muçulmana ter uma agenda oculta e que a sua fachada de "moderação" esconde uma ideologia mais radical, com o objetivo final de promover uma separação social e política em vez de uma verdadeira integração. A Irmandade Muçulmana, que luta para estabelecer a "sharia" como base dos estados e das sociedades, é considerada a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, que, a partir de cisões, deu origem a grupos mais violentos como o Hamas e a al-Qaeda.

A Irmandade Muçulmana promove uma ideologia  com uma interpretação conservadora e por vezes fundamentalista do Islão, o que pode entrar em conflito com os valores europeus, como a igualdade de género e a liberdade individual. É ponto assente que a Irmandade Muçulmana, em países europeus, funciona como uma rede de influência social e política, operando dentro do quadro legal e democrático. No entanto, a sua presença e os seus objetivos a longo prazo continuam a ser um ponto de discórdia entre os defensores da integração e os que alertam para os riscos de uma ideologia vista como separatista e antagónica aos valores liberais europeus.

Com "Gemini" 


(*) Uma das chamadas "cerimónias ecuménicas" mais ridículas foi protagonizada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que se ajoelhou como se estivesse a rezar, numa visita à Mesquita de Lisboa. Curiosamente, embora haja notícias várias de cerimónias deste género, até hoje nunca houve uma "cerimónia ecuménica" que tivesse lugar numa igreja, com a presença do xeque David Munir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O lento (mas seguro) caminhar da Sharia e da Irmandade Muçulmana em Portugal e na Europa


segunda-feira, 23 de junho de 2025

O tribunal islâmico da Mesquita de Lisboa

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Divórcio muçulmano, feito ao abrigo da Sharia, reconhecido por tribunal português 

sábado, 15 de junho de 2024

Tribunal só para casos de imigração pode ser inconstitucional 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

"Muitas reticências” do sheik Munir sobre símbolos religiosos proibidos pela UE 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Xeque Munir contra "valores portugueses" de Pedro Nuno Santos 

domingo, 24 de agosto de 2025

Austrian court allows use of Islamic Sharia law in private contracts 

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Os muçulmanos "estão a criar nações dentro de nações" 

domingo, 8 de junho de 2025

quarta-feira, 4 de junho de 2025

A ingenuidade do ministro Leitão Amaro em relação aos imigrantes islâmicos

terça-feira, 5 de março de 2024

Ex-líder da Irmandade Muçulmana condenado à morte por enforcamento 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Os valores do Xeque Munir e da Ana Catarina Mendes 

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

"Muitas reticências” do sheik Munir sobre símbolos religiosos proibidos pela UE

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

"Muitas reticências” do sheik Munir sobre símbolos religiosos proibidos pela UE

Líder religioso não considera que o lenço, ou véu, seja um símbolo muçulmano e teme que a medida hoje tomada pelo Tribunal Europeu de Justiça abra portas a mais discriminação nas empresas O sheik David Munir vê a medida tomada esta manhã pelo Tribunal Europeu de Justiça – que considera “legal” que as empresas proíbam os seus empregados de usarem símbolos religiosos, políticos ou filosóficos visíveis – com "muitas reticências".

É irónico que um praticante da mais violenta repressão em relação a outras confissões religiosas, venha, lacrimejando, lamentar decisões tomadas por um tribunal europeu - o mesmo tribunal que lhe permite exercer a sua religião, em paz, na Europa - tirando, é claro, os inúmeros atentados suicidas que os muçulmanos já trouxeram a este continente. Não há igrejas na Arábia Saudita nem se pode possuir uma Bíblia. O lobo com pele de cordeiro, Xeque Munir, não perde uma oportunidade de se vitimizar, como se a religião dele não fosse a maior intolerante de todas as crenças à face da terra. 

Teme "O líder religioso teme que se abra portas "a uma maior discriminação" contra as mulheres muçulmanas, já que na prática uma empresa pode exigir que uma trabalhadora deixe de ir trabalhar ou não seja admitida por usar um lenço ou véu."

Exactamente. Tal como não se autoriza uma trabalhadora a ir trabalhar de cara completamente tapada, ignorando-se quem está por detrás daquele pano preto. E quando a PSP manda uma muçulmana ortodoxa parar num controle de trânsito? Como confirmar que aquela face está no documento de identificação?  

 Será difícil uma maior discriminação, sobretudo na Sharia, em relação aos direitos das mulheres. Por exemplo, como explicou o próprio Xeque Munir ao jornal Público, em matéria de herança, o homem tem sempre direito a dois terços e a mulher a um terço.

Munir lembra que o lenço não é um símbolo religioso e é também usado por mulheres que não são muçulmanas. "Compreendo a medida do Tribunal Europeu se esta não considerar que o lenço como um símbolo religioso", adianta ao Expresso. E faz uma distinção entre o lenço (ou véu), que faz parte do vestuário de uma mulher muçulmana e deixa a cara descoberta; e o niqab e a burca, que cobrem o rosto e são considerados símbolos religiosos.

O sheik David Munir lembra que esta medida do tribunal "deixa muita coisa em aberto" e surge numa conjuntura em que estão marcadas eleições em vários países europeus, em que alguns candidatos populistas dominam a agenda. Adianta no entanto que as empresas são livres de admitir os funcionários e as suas políticas têm de ser respeitadas - uma ameaça velada do líder espiritual da Comunidade Islâmica de Lisboa. O mesmo líder que gostaria imenso de ver os seus alunos de árabe escrever um dia da direita para a esquerda. E muito provavelmente ver as crianças submetidas a mutilação genital feminina.

De salientar que o "Tribunal Europeu de Justiça ditou esta terça-feira de manhã que as empresas a operar na União Europeia podem proibir as suas funcionárias muçulmanas de usarem o véu islâmico e todos os funcionários de usarem quaisquer outros "símbolos religiosos, políticos ou filosóficos visíveis" desde que os seus regulamentos internos exijam a todos os trabalhadores que se vistam "de forma neutra".

Esta é a primeira vez que a mais alta instância judicial europeia se pronuncia sobre querelas judiciais relacionadas com o direito de trabalhadoras muçulmanas a usarem o hijab nos seus locais de trabalho. "Um regulamento interno que proíba o uso de quaisquer símbolos políticos, filosóficos ou religiosos visíveis não constitui uma discriminação direta", avança o ECJ em comunicado.

HUGO FRANCO 14 DE MARÇO DE 2017

PS: Felizmente, ainda há vozes dissonantes da maioria acéfala: Ayaan Hirsi Ali

domingo, 17 de agosto de 2025

Marcelo Rebelo de Sousa, um presidente "flexível"

 

Marcelo Rebelo de Sousa visitou a Escola Islâmica de Palmela, em Julho de 2019. Como sempre, posou para a fotografia e disse muitas coisas bonitas sobre uma escola islâmica que é controlada pelos Tabligh Jaamat, uma organização fundamentalista. Aliás, são visíveis, na foto, vários dos responsáveis da escola vestidos a preceito, de acordo com as mais estritas leis islâmicas, barbudos e com a cabeça coberta - obedecendo ao seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário.

A maioria dos imigrantes paquistaneses e indianos que residem em Portugal têm ligações aos Tablighi Jamaat, incluindo a Escola Islâmica de Palmela. O próprio filho de Abdul Karim Vakil, professor no King's College, alerta para o perigo dos Tablighi Jamaat, que já constituem a maioria da comunidade muçulmana portuguesa: O Grupo extremista Tabligh Jamaat "representa, por um lado, e incontestavelmente, a força de maior dinamização do Islão entre os muçulmanos em Portugal. Por outro, o seu rigoroso tradicionalismo, traduzido na prescrição do próprio vestuário, na estrita separação entre os sexos, numa atitude de distanciamento em relação à sociedade exterior, representa, como já referi, um factor de ruptura na tendência histórica para a integração na atitude dos muçulmanos em Portugal", afirma Abdool Karim Vakil (filho do ex-presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa e investigador do prestigiado King'College em Londres) numa investigação intitulada “Do Outro ao Diverso – Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades”.

Os Tabligh Jamaat foram, recentemente, banidos da Arábia Saudita, que classificou o grupo como sendo "uma 'porta' para o terrorismo." Os Tabligh Jamaat são os responsáveis pela organização anual do maior encontro de muçulmanos, depois da peregrinação a Meca. Cerca de quatro milhões de elementos reúnem-se na cidade paquistanesa de Raiwind, havendo encontros semelhantes e de dimensão idêntica no Bangladesh e na Índia.

Outros países que baniram os Tablighi Jamaat: Irão, Uzbekistão, Tajikistão, Kazakhstão e Russia.  

 PS: Em nome do ecumenismo, já vimos o Presidente da República ajoelhado, na mesquita central de Lisboa. Nunca vimos uma atitude idêntica por parte do xeque David Munir ou do xeque Daud Ismael - visitando uma igreja, por exemplo, para concelebrar com cristãos, tal como Marcelo Rebelo de Sousa, um presidente submisso, fez em relação a muçulmanos. O que é normal. O Islão não é uma religião, é um projecto político de conquista do poder e gente como o presidente da República nasceu para serem obedientes a extremistas, tanto é o medo que deles têm...

Failed integration and the fall of multiculturalismo

  For decades, the debate in Denmark around  problems with mass immigration was stuck in a self-loathing blame game of " failed integra...