"Gostava de chegar ao dia em que os meus alunos escrevessem da direita para a esquerda em Português", conta Sheikh David Munir". E não gostava também de os ver a rezar cinco vezes por dia? E também gostaria de lhes ensinar que os judeus "não são seres humanos", como escreveu, em 1988, na revista islâmica Al-Furqán, o conselheiro espiritual da Mesquita de Lisboa, o Xeque Aminuddin Mohamad?
Segundo o Sheikh David Munir, o ensino árabe em Portugal é ainda «órfão e pobre». O ensino árabe é uma opção do curso académico. Fora das mesquitas as aulas são pagas. «O sistema foi comercializado. Mesmo que se tenha vontade de aprender, os custos fazem com que os alunos optem por aprender outras línguas». No entanto, para nota uma maior adesão às suas aulas. «Nos dias de hoje debate-se muito a questão do Islão como cultura e religião. Desde o 11 de Setembro de 2001 que sentimos a necessidade de desmistificar a religião através de colóquios, que de certa forma interessou muitos a ingressarem» diz.
A simpatia e cooperação entre os alunos e professores permite que se trave relações de amizades dentro da mesquita. «Sou amigo de muitos dos meus alunos. Às vezes psicólogo» diz Sheikh David Munir. As turmas fazem também anualmente execuções. «Já fomos ao Egipto, Córdoba, Granada».
PS: Foto dos muçulmanos a rezar no largo do Martim Moniz, no último dia do Ramadão - uma demonstração de força. A última vez que por lá passei recebi imediatamente "ordens" de um paquistanês para me afastar e não atravessar o largo, usando antes o passeio, porque um grupo deles estava ali a jogar críquete...
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