As duas primeira estrofes são de uma música de Chico Buarque
A saudade é arrumar
o quarto do filho que já morreu,
onde os brinquedos ainda esperam,
e o silêncio grita tudo o que não se pode ver.
É tocar nas paredes, com as mãos trémulas,
sentir o perfume que ficou no ar,
e tentar juntar os pedaços do passado
que a dor insiste em espalhar.
Cada livro aberto, cada desenho guardado,
um pedaço de vida que se perdeu no tempo.
A saudade é o espaço vazio,
que ecoa mais forte que o vento.
Arrumar o quarto, é um gesto de amor,
onde o adeus nunca tem fim,
pois em cada canto, ainda vive
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