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Miguel Prata Roque, candidato às autárquicas pelo PS e Rana Taslim Uddim, dirigente da comunidade do Bangladesh |
Líder da comunidade do Bangladesh em Portugal explica que rixa opôs “grupo do Martim Moniz” a outro de “Vila Nova de Milfontes” que estava a passar o fim de semana na zona terá a ver com política. O líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa explicou que a rixa entre imigrantes, no domingo, no Martim Moniz teve como origem “desavenças políticas”, que são “normais no Bangladesh”. “Estes conflitos acontecem em quase todos os distritos, é natural lá. Na Europa e em Portugal, não”, disse ao Observador Rana Taslim Uddin.
O dirigente da comunidade do Bangladesh, em Lisboa, responsabiliza a atuação das forças de segurança para o aumento do racismo e da xenofobia em Portugal para com os imigrantes provenientes do subcontinente indiano, particularmente do Bangladesh, Nepal e Índia.
Num discurso recente, durante uma reunião da direcção da associação dos imigrantes do Bangladesh, Rana Taslim Uddin ameaçou com a destruição da sociedade portuguesa, caso ela não vá "para o caminho certo" - ou seja, caso não se converta ao islamismo.
A destruição da
sociedade portuguesa, nas palavras de Rana Taslim Uddin, líder da
comunidade do Bangladesh e a conclusão distorcida do Polígrafo, sobre um discurso proferido por esse dirigente:
"Se
Deus (Alá) ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade
(portuguesa) e conduzirá esta sociedade (portuguesa) para o caminho
certo. Se Deus (Alá) não ficar feliz, então destruirá esta sociedade (portuguesa)."
"(...) Em resposta ao Polígrafo, fonte oficial da Embaixada do Bangladesh em Portugal confirmou que o protagonista do vídeo é mesmo Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh em Lisboa. O discurso terá sido proferido na cidade de Lisboa, em abril de 2023.
Quanto à tradução, Jayanti Dutta, docente e investigadora do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Universidade de Lisboa, explicou ao Polígrafo o que foi realmente dito por Rana Taslim Uddin naquela intervenção:
“Aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade. Por isso tentamos agradar a Deus e ao mesmo tempo construir uma amizade com as pessoas desta sociedade.”
Torna-se assim evidente que o protagonista do vídeo não ameaçou “destruir esta sociedade” que o acolheu. A ideia que expressou é claramente diferente. A tradução nas legendas está errada, difundindo assim uma falsidade, é a conclusão do Polígrafo."
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