segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Rui Rocha acusa Luís Neves de ter usado “dados truncados de criminalidade para lançar confusão”, frisando que "a política de segurança tem de ser construída sobre factos

 

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) acusou hoje o diretor nacional da PJ, Luís Neves, de ter usado "dados truncados" sobre o fenómeno da criminalidade em Portugal e adiantou que vai requerer a sua presença no parlamento.

"O diretor nacional da PJ, Luís Neves, afirma que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação. Mas usou ele próprio dados truncados de criminalidade para lançar confusão", escreveu Rui Rocha na rede social X (antigo Twitter).

Na mesma mensagem, Rui Rocha acrescenta que a IL "vai chamar Luís Neves à Assembleia da República para prestar esclarecimentos", frisando depois que "a política de segurança tem de ser construída sobre factos".

Na sexta-feira, numa conferência sobre os 160 anos do Diário de Notícias, o diretor nacional da PJ afirmou que o sentimento de insegurança é gerado pelo aumento da desinformação e ameaças híbridas e defendeu que os números de criminalidade violenta desmentem essa ideia.

"Estamos a assistir a um momento de desinformação e ameaças hibridas, e é isso tudo que leva a fundamentar a perceção de insegurança", considerou.

Depois, avançou com exemplos em concreto para sustentar a sua tese.

"Alguém se recorda dos anos 80 e 90 do consumo de heroína em que não havia família que não tivesse um familiar que tivesse sofrido? Ou Arroios e Intendente [em Lisboa] em que não se podia lá entrar? Querem comparar esses períodos com o período em que hoje vivemos e dizer que hoje é que é mau?", perguntou.

Luís Neves aludiu a números de 2009, quando se verificaram 888 ataques a carrinhas de segurança e transportes de valores, bancos ou postos de combustíveis.

"Hoje não temos 4% desses ataques", contrapôs.

Sobre estrangeiros e criminalidade, Luís Neves distinguiu os casos que estão relacionados com "organizações criminosas transnacionais, cibercrime ou estupefacientes", bem como "criminalidade contra o património" que tem conexões internacionais.

(Continua)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Fraudes no reagrupamento familiar de imigrantes vão continuar

  Uma simulação de um pedido de reagrupamento familiar, numa família composta por residente em Portugal, mulher e filho menor, alvo do pedid...