quinta-feira, 27 de junho de 2024

Comunidade do Bangladesh alerta que ilegais em Portugal vão aumentar com novas regras


A população imigrante do Bangladesh em Portugal queixa-se de falta de apoio à comunidade e assume-se preocupada com as novas regras para as migrações. O líder da Comunidade do Bangladesh em Lisboa avisa que o número de ilegais no país vai aumentar com as novas regras para as migrações. Acusa as autoridades de ignorarem uma população com mais de 40 mil residentes e exposta a muitas situações de risco, de acordo com a Sic Notícias.

As filas preenchem as ruas do Martim Moniz, a freguesia mais multicultural do país, com 92 nacionalidades. A mesquita é, todos os dias, o ponto de encontro de 2 mil muçulmanos. Há muito que deixou de oferecer condições de segurança. “A mesquita não tem uma saída de emergência(...). Se houver algum problema, como um incêndio, ninguém consegue sair. É um grande perigo”, expõe Rana Taslim Uddin, líder da comunidade do Bangladesh.

Acusa as autoridades de ignorarem o problema há 14 anos e de sucessivas promessas falhadas para a construção de um novo lugar de culto. Queixa-se de falta de apoio a uma comunidade que, em Portugal, já soma quase 50 mil pessoas. Preocupado com as novas regras para as migrações, o líder da comunidade do Bangladesh avisa que o número de ilegais no país vai aumentar.

 “Estamos preocupados”, assume. “As pessoas migrantes que já estão cá, mas ainda não fizeram a manifestação de interesse na AIMA, para onde vão?”, questiona. “Não vão voltar, vão ficar aqui.” Segundo as novas regras, a manifestação de interesse é extinta e os imigrantes que querem trabalhar em Portugal têm de pedir nos consulados portugueses um visto de trabalho antes de entrarem no país.

De salientar que Rana Taslim Uddin foi notícia, no Polígrafo da SIC, quando surgiu nas redes sociais uma alegada tradução de um discurso seu, onde teria afirmado "que Alá poderá destruir a sociedade portuguesa: Aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

O Polígrafo pediu uma tradução do texto inicial, que circulava na Internet e que "considera a firmação falsa e adianta uma tradução mais correcta: ""(...) aqueles que encontraram aqui uma sociedade nova, aqueles que estão aqui presentes hoje, perguntam-me o que eu fiz para a sociedade. Irmãos, fi-lo para fazer o meu Deus feliz, não para a sociedade. Se Deus ficar feliz, ele trará uma solução para a sociedade e conduzirá esta sociedade para o caminho certo. Se não ficar feliz, então destruirá esta sociedade."

No entanto, o texto que circula na Internet, refere que "aqueles que encontraram uma nova sociedade, aqueles que estão aqui hoje, o que é que fizeram por esta sociedade? Não o fiz pela sociedade. Fi-lo para fazer os do meu sangue felizes. Vou fazer o meu sangue feliz. Vou tornar esta sociedade numa realidade. E se as pessoas não estiverem felizes com isso, destruirei esta sociedade. Farei a nossa sociedade feliz."

Qual é a diferença entre os dois textos? Ambos ameaçam com a destruição da nossa sociedade…

Sem comentários:

Enviar um comentário

Fraudes no reagrupamento familiar de imigrantes vão continuar

  Uma simulação de um pedido de reagrupamento familiar, numa família composta por residente em Portugal, mulher e filho menor, alvo do pedid...