O resultado de décadas de políticas complacentes em relação à emigração vão ser visíveis, nestas próximas eleições europeias. Os partidos de esquerda e centro-esquerda defenderam, durante anos, uma política de migração baseada em boas intenções, com as portas abertas à entrada de refugiados de países cuja cultura os impede de se integrarem nos valores que são comuns à Europa. Nessa atitude complacente, o maior crime que se podia cometer era levantar a hipótese de a emigração estar ligada a uma taxa de crime crescente. Isso bastava para que qualquer conservador fosse imediatamente classificado como xenófobo e fascista.
A esquerda não contou, porém, com um pormenor: a realidade era algo incontornável e lá se caiu na história do elefante no meio da sala - elefante que todos sabem que lá está mas toda a gente faz de conta que não o vê. E foi assim que caímos em situações surrealistas como a inserção de educação sexual nos cursos de língua dinamarquesa que os migrantes frequentavam, em 2015.
Entre 2013 e 2014, 34,5% de todos os indivíduos condenados por violação eram imigrantes ou descendentes, apesar de esses grupos representarem apenas cerca de 12% da população total da Dinamarca. Os defensores desta estratégia argumentavam com os bons resultados obtidos pela Noruega, onde foram estabelecidas programas de ensino para que os migrantes soubessem que o facto de uma mulher vestir uma saia curta não significa que seja uma prostituta e possa ser violada sem problemas.
Os apoiantes destas propostas apontam para o êxito de um programa semelhante na Noruega, onde os residentes de centros de asilo recebem um curso voluntário de cinco horas destinado à prevenção de agressões sexuais. A aula ensina aos requerentes de asilo e refugiados que quando as mulheres beber álcool ou vestem roupas reveladoras, numa discoteca, não é um convite ao sexo.
Linda Hagen, responsável pela gestão de 34 centros de asilo para os refugiados noruegueses de refugiados - Hero Norge - afirmou ao jornal dinamarquês The Local que a decisão de introduzir as aulas especiais sobre sexo surgiu depois de se terem verificados uma série de crimes sexuais cometido por refugiados.
Hagen explicou que os homens de países sexualmente conservadores muitas vezes têm dificuldade em entender como interpretar o comportamento de jovens mulheres escandinavas. Mas mesmo com essa crua demonstração da realidade, a postura dos esquerdistas e adeptos das "portas abertas" para a emigração tende a desculpar esse tipo de comportamento.
Na Alemanha, em 2020, num episódio que encheu as páginas dos jornais, dez homens, a maioria refugiados sírios, foram considerados culpados pela violação colectiva de uma jovem de 18 anos, durante mais de duas horas, à saída em clube noturno, na cidade de Freiburg. As sentenças foram leves: o principal acusado foi condenado a cinco anos e meio de prisão, enquanto sete outros foram sentenciados a quatros anos. Dois dos violadores foram condenados a penas de prisão suspensa, por não terem prestado auxílio à jovem. Um deles foi absolvido. Oito dos de homens em julgamento eram refugiados da Síria, enquanto os restantes eram provenientes do Iraque, Afeganistão e Alemanha.
Não obstante a violência deste tipo de actos, a responsável pelos centros de abrigo para refugiados, Linda Hagen, tentou desculpar a violação, fazendo apelo ao problema das diferenças culturais: “É difícil se uma pessoa vem de um país onde as mulheres nunca saem”, disse. “Quando se vê uma jovem com uma saia curta, a dançar numa festa, à noite, que tipo de mensagem é que isso transmite?" afirmou ao jornal The Local, culpabilizando indirectamente o comportamento da jovem pela violação.
Na Alemanha, um relatório policial de 2019 sobre "Crime no contexto da imigração" mostrou um aumento de 102% no número de alemães que foram vítimas de um crime cometidos por imigrantes. Na categoria "Crimes contra a vida" houve 230 casos em que a vítima era alemã e o suspeito pertencente a um grupo de imigrantes.
A tentativa das forças de esquerda em desculpabilizarem uma realidade indesmentível alimentou o crescimento da extrema-direita, por toda a Europa. Os resultados desta atitude complacente vão ser agora visíveis, numa eleições europeias em que as sondagens apontam para o sucesso desses partidos. São partidos considerados de direita radical, extrema-direita ou nacionalistas conservadores, com discursos frequentemente qualificados pelos adversários como xenófobos e antieuropeístas, focados na imigração e no controlo de fronteiras, entre outros temas.
A realidade é que se tornou um crime, nos últimos anos, protestar contra o crime a a violência sexual praticadas por migrantes. É o tal elefante que teima em continuar na sala de estar dos esquerdistas, algo que não é aceitável pelo cidadão comum.
Migração e Crime / Paulo Reis
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