domingo, 9 de junho de 2024

Assassinatos: mandantes, executantes e cúmplices

  

Em 2009, uma jovem de 29 anos foi assassinada por um homem com quem tinha tido uma relação amorosa. O assassino deu-lhe 23 facadas. O tribunal, mansinho e generoso, achou que a vida da jovem não valia mais do que 16 anos de cadeia. Teoricamente, porque o tarado do assassino foi libertado, pelo tribunal, sem que cumprisse sequer dois terços da pena – ou seja, saiu da cadeia antes de ter cumprido 10 anos, em liberdade condicional.

Há poucos dias, o mesmo tarado matou outra mulher, com quem também tinha tido uma relação amorosa, atropelando-a e passando com o carro por cima dela três vezes. No terceiro atropelamento, passou com a roda por cima da cabeça da jovem, para estar certo que de a matava.

Antes desta segunda morte, a jovem já tinha apresentado sete queixas por violência doméstica, na polícia, devido a agressões do então já ex-namorado.

Temos, assim, uma polícia aparentemente amedrontada que deixa um homem bater sete vezes numa mulher. Já que a maioria dos juízes, mansinhos e generosos, não colocam esta gente em prisão preventiva, a polícia devia fazer as coisas à moda antiga: levar o tarado para um sítio esconso e enchê-lo de pancada até ficar sem dentes – deixando o aviso de que, da próxima vez, levava com um ferro nos joelhos, para passar o resto da vida numa cadeira de rodas.

É um remédio duro, discutível, talvez, mas de certeza que salvava a vida a uma jovem. E partir os ossos a um cadastrado que já tinha morto uma rapariga com 23 facadas não me parece castigo por aí além. A prisão perpétua, isso sim, apoio-a completamente, num caso destes. Mas o problema é sempre o facto de os/as magistradas, o/as psicólogas, o/as assistentes sociais, os/as criminologistas, os/as sociólogas de Esquerda (não há sociólogos de Direita...) os/as políticas e outros intervenientes num processo judicial, quer directa, quer indirectamente, sejam, genericamente, mansinhos, generosos e defensores da regeneração dos criminosos, por piores que eles sejam.

A tese de que a cadeia deve servir para regenerar os criminosos é uma das “conquistas” da Esquerda, que considera os assassinos como vítimas inocentes de uma sociedade repressiva. Essa teoria conspurcou todo o sistema penal e judicial português.

A cadeia deve servir, essencialmente, como uma forma de proteger a sociedade, os cidadãos comuns, da violência dos criminosos. E quanto mais graves forem os crimes, maior deve ser a pena, sob risco de permitir que esses criminosos saiam, ainda relativamente jovens, nos seus 35, 40 anos e voltem às suas práticas criminosas. Regressando ao início deste comentário, quanto vale uma vida? Quanto vale a vida do jovem polícia, morto ao pontapé, à saída de uma discoteca? 

Os assassinos andam na casa dos vinte anos. Terão 35, 37 anos, quando forem libertados – isto caso não lhes cortem a pena, por bom comportamento e não os ponham cá fora, em liberdade condicional. Vale pouco, de facto, a vida de uma pessoa honesta, perante este sistema distorcido que é o sistema judicial português e seus apoiantes políticos, produtores de leis e códigos que pouca eficácia têm, no combate ao crime.


Opinião (João Tavira)
 
PS: Quem terá sido o juiz que mandou este assassino sair da cadeia, em liberdade condicional, sem ter cumprido sequer dois terços da pena? Se eu fosse familiar da jovem agora assassinada gostaria de ter uma conversa com ele...

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