O activista Mamadou Ba vai enfrentar um processo-crime, por tentar ”condicionar” a juíza do Juízo Local Criminal de Lisboa, de acordo com a revista Sábado. A magistrada mandou extrair certidões das alegações finais de Mamadou Ba, num julgamento por difamação, resultante de uma queixa do dirigente de extrema-direita Mário Machado. Mamadou Ba, em declarações à Imprensa, afirmou que Mário Machado era um “assassino” devido ao seu papel num confronto, no Bairro Alto, com um jovem africano, que morreu depois de ter sido espancado por um grupo de skinheads.
No julgamento desse caso, Mário Machado foi absolvido – argumento em que o líder do grupo 1143 baseia a sua queixa por difamação contra Mamadou Ba. O activista africano foi condenado, nesse processo por difamação, ao pagamento de uma indeminização de 2.400 euros ao activista, condenação que, recentemente, o Tribunal da Relação de Lisboa anulou por falta de fundamentação, mandando repetir o julgamento.
Nas suas alegações finais, Mamadou Ba chamou à acusação “uma das maiores borradas do juiz Carlos Alexandre”.Quanto à extracção de certidões, ordenada pela juíza Joana Ferrer, Mamadou Ba considerou tratar-se de uma “clara retaliação” da juíza.
Justiça / Paulo Reis
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