O primeiro-ministro afirmou, na passada segunda-feira não haver nenhuma “relação direta entre imigração e o aumento de índices de criminalidade”, na apresentação do novo plano do Governo para as migrações.
“Não há nenhuma relação direta entre imigração e aumento de índices de criminalidade. Não vale a pena estigmatizar essas comunidades à boleia de episódios que são casuísticos. Há, naturalmente, pessoas que cometem crimes, uma são portuguesas e outras são estrangeiras”, disse Luís Montenegro.
Segundo os dados dos Censos 2011 (Instituto Nacional de Estatística), à data de 21 de Março em Portugal residiam 394.496 estrangeiros, representando 3,7% do total de residentes do país.
De acordo com um trabalho de investigação publicado na "Revista de Ciências Sociais", da autoria de Maria João Guia e João Pedroso ("Imigração e crime violento: um olhar a partir de reclusos condenados") também de 2011, adianta-se que "os dados nacionais disponibilizados sugerem a existência de uma percentagem inferior de crimes violentos entre os reclusos não nacionais, mas uma taxa de incidência superior. Verifica-se ainda uma sobrerrepresentação de reclusos não nacionais nas prisões (…)."
Como se pode ver no quadro estatístico aqui reproduzido, em 2011 os 3,7 por cento de não-nacionais representavam 20,8 por cento no total de reclusos condenados por "Crimes Contra as Pessoas", nas prisões portuguesas, de acordo com dados obtidos, pelos autores do estudo, junto da ex-DGSP e do Eurostat. Os mesmos dados referentes a cidadãos portugueses eram de 25.6 por cento, também no grupo "Crimes Contra as Pessoas."
De acordo com um trabalho de investigação publicado na "Revista de Ciências Sociais", da autoria de Maria João Guia e João Pedroso ("Imigração e crime violento: um olhar a partir de reclusos condenados") também de 2011, adianta-se que "os dados nacionais disponibilizados sugerem a existência de uma percentagem inferior de crimes violentos entre os reclusos não nacionais, mas uma taxa de incidência superior. Verifica-se ainda uma sobrerrepresentação de reclusos não nacionais nas prisões (…)."
Como se pode ver no quadro estatístico aqui reproduzido, em 2011 os 3,7 por cento de não-nacionais representavam 20,8 por cento no total de reclusos condenados por "Crimes Contra as Pessoas", nas prisões portuguesas, de acordo com dados obtidos, pelos autores do estudo, junto da ex-DGSP e do Eurostat. Os mesmos dados referentes a cidadãos portugueses eram de 25.6 por cento, também no grupo "Crimes Contra as Pessoas."
Emigração - Criminalidade / Paulo Reis
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