quarta-feira, 5 de junho de 2024

Crime, estrangeiros e imigrantes



O primeiro-ministro afirmou, na passada segunda-feira não haver nenhuma “relação direta entre imigração e o aumento de índices de criminalidade”, na apresentação do novo plano do Governo para as migrações.
“Não há nenhuma relação direta entre imigração e aumento de índices de criminalidade. Não vale a pena estigmatizar essas comunidades à boleia de episódios que são casuísticos. Há, naturalmente, pessoas que cometem crimes, uma são portuguesas e outras são estrangeiras”, disse Luís Montenegro.
 
Segundo os dados dos Censos 2011 (Instituto Nacional de Estatística), à data de 21 de Março em Portugal residiam 394.496 estrangeiros, representando 3,7% do total de residentes do país.

De acordo com um trabalho de investigação publicado na "Revista de Ciências Sociais", da autoria de Maria João Guia e João Pedroso ("Imigração e crime violento: um olhar a partir de reclusos condenados") também de 2011, adianta-se que "os dados nacionais disponibilizados sugerem a existência de uma percentagem inferior de crimes violentos entre os reclusos não nacionais, mas uma taxa de incidência superior. Verifica-se ainda uma sobrerrepresentação de reclusos não nacionais nas prisões (…)."

Como se pode ver no quadro estatístico aqui reproduzido, em 2011 os 3,7 por cento de não-nacionais representavam 20,8 por cento no total de reclusos condenados por "Crimes Contra as Pessoas", nas prisões portuguesas, de acordo com dados obtidos, pelos autores do estudo, junto da ex-DGSP e do Eurostat. Os mesmos dados referentes a cidadãos portugueses eram de 25.6 por cento, também no grupo "Crimes Contra as Pessoas."
 
Emigração - Criminalidade / Paulo Reis 


 

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